A minha primeira memória de… um jogo entre Benfica B e FC Porto B

Portista Fábio Martins e benfiquista Leandro Pimenta lutam pela bola

A minha primeira memória de um jogo entre FC Porto B e Benfica B é precisamente relativa ao primeiro jogo de sempre entre as duas equipas, disputado a 23 de dezembro de 2012 e a contar para a 19.ª jornada da II Liga.

 

Na altura, recordo-me que estava bastante interessado em seguir esta nova geração de jogadores que ia ter direito a uma transição mais segura para o futebol sénior, algo a que as anteriores não tiveram direito. Ainda por cima, tinha visto jogadores como os portistas Tiago Ferreira e Tozé – dos quais eu era grande admirador e que estranho não estarem a fazer uma carreira melhor – e os benfiquistas João Cancelo, Cafú e Ivan Cavaleiro em ação no Europeu de sub-19 uns meses antes.

 

À partida para esse encontro, disputado no Estádio Dr. Jorge Sampaio, em Vila Nova de Gaia, os dragões estavam a meio da tabela, ao passo que as águias estavam no 4.º lugar e tinham o melhor ataque da II Liga (35 golos marcados).

 

No culminar de uma melhor entrada no jogo, o FC Porto B abriu o ativo aos 12 minutos, por Dellatorre, na sequência de um cruzamento tenso e rasteiro de Sebá a partir da direita. Três minutos depois, surgiu o 2-0, mais uma vez no seguimento de um cruzamento de Sebá, desta feita com Fábio Martins a aparecer ao segundo poste para cabecear para o fundo das redes.

 

Contudo, o Benfica B não baixou os braços e acabou por conseguir rapidamente reduzir a desvantagem, graças um autogolo de Dellatorre, que desviou para a própria baliza uma bola cruzada por Luís Martins na execução de um livre (22’).

 

E, aos 35 minutos, uma perda de bola de Sérgio Oliveira perto da área portista originou o 2-2, com Leandro Pimenta a recuperar o esférico e a combinar bem com o peruano Carlos Ascues antes de bater Igor Stefanovic.

 

Depois de uma primeira parte frenética, o segundo tempo foi bastante morno. A maior nota de destaque foi a expulsão de Ascues, por duplo cartão amarelo, aos 72 minutos.

 

Numa crónica redigida para este blogue, realcei a entrada forte do FC Porto B, “com um futebol dinâmico” praticado por “muitas unidades que sabem tratar bem a bola”, que culminou na construção de uma vantagem de dois golos. “Com dois golos de vantagem, o conjunto orientado por Rui Gomes tirou um pouco o pé do acelerador, e fruto do demérito de alguns dos seus jogadores, primeiro Dellatorre, que fez um autogolo, e depois Sérgio Oliveira, que perdeu a bola que originou o 2-2, o Benfica conseguiu empatar”, acrescentei. “No segundo tempo, apesar de duas boas oportunidades nos minutos iniciais, uma para cada um dos lados, assistiu-se a um jogo mais morno, com algum conformismo com o resultado, e por isso, este não sofreu alterações”, concluí.

 

Individualmente destaquei a experiência e “capacidade no jogo aéreo” do veterano central portista Zé António, a serenidade do seu companheiro de eixo defensivo Tiago Ferreira, a ação do lateral direito (e depois esquerdo) David Bruo que “anulou Miguel Rosa na maior parte do encontro”, a “facilidade no remate de longa distância” de Sérgio Oliveira apesar do erro que originou o 2-2, o “muito dinâmico e empreendedor” Tozé, o “desequilibrador que esteve endiabrado” Sebá e a concentração e “os reflexos apurados” do guarda-redes benfiquista Mika, o único da sua equipa que elogiei.