terça-feira, 24 de maio de 2022

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Mafra no Campeonato de Portugal

Dez jogadores importantes na história recente do Mafra
Fundado a 24 de maio de 1965 por impulso dos mafrenses Artur Vicente da Silva e o Manuel Joaquim Alves Lopes Coelho, que no ano anterior se interrogaram sobre a não existência na sede do concelho de um clube onde se praticasse desporto, principalmente o futebol, o Clube Desportivo de Mafra tem vivido nos últimos anos os momentos altos da sua história, com a participação na II Liga.
 
Após ter passado praticamente as primeiras três décadas de existência nos campeonatos distritais, o emblema da zona saloia competiu pela primeira vez na III Divisão em 1992-93, chegando à II Divisão B três épocas depois. Voltou a cair nos distritais da AF Lisboa, mas levantou-se e foi alimentando o sonho de chegar às ligas profissionais.
 
Esse objetivo esteve perto de ser alcançado em 2002-03, 2004-05, 2010-11 e 2012-13, quando o Mafra terminou em 2.º lugar na sua série. Porém, foi preciso esperar até 2014-15 para deixar de ver a bola bater na trave, conciliando a promoção à II Liga com o título de campeão do Campeonato Nacional de Seniores, algo que se veio a repetir em 2017-18.
 
Antes de chegar às ligas profissionais, o clube do distrito de Lisboa consolidou-se na II Divisão B no princípio do século XXI. Depois de uma primeira presença em 1995-96, participou ininterruptamente na competição entre 2002-03 e 2012-13.
 
Paralelamente, os mafrenses chegaram às meias-finais da Taça de Portugal em 2021-22 e aos oitavos de final em 2009-10 e 2019-20.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Mafra no Campeonato de Portugal.
 

10. Luís Carlos (49 jogos)

Luís Carlos
Extremo de baixa estatura que jogou ao lado de Jorge Ribeiro nos iniciados e juvenis do Benfica e de Beto, José Fonte, Miguel Garcia, Custódio, Hugo Viana, Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma nos juniores do Sporting, jogou nas ligas profissionais ao serviço de Penafiel, Estoril, Vitória de Setúbal, Belenenses, Portimonense e Desp. Chaves antes de ingressar no Mafra no verão de 2014.
Na primeira época de convento ao peito atuou em 27 jogos (16 a titular) e marcou dois golos (ambos ao Atlético Riachense) no Campeonato de Portugal, ajudando a equipa a sagrar-se campeã nacional e alcançar a promoção à II Liga.
Após ter acompanhado os mafrenses no segundo escalão, não conseguindo evitar a despromoção, voltou ao Campeonato de Portugal em 2016-17 para participar em 22 encontros (nove a titular) pelo emblema da zona saloia.
No verão de 2017 transferiu-se para o Alta de Lisboa. “Chegou ao fim o meu ciclo no Mafra. Sentimento de tristeza, mas de consciência tranquila e de dever cumprido, pois tudo fiz e dei por este clube dentro e fora das quatro linhas, que como muitos sabem já o defendia como se fosse da minha terra”, escreveu no Facebook aquando da despedida, não escondendo alguma mágoa pela forma como saiu do clube.
 
 

9. Gui Ferreira (50 jogos)

Gui Ferreira
Lateral esquerdo formado no Alverca, passou por clubes como Vilafranquense, Real SC, Fátima, Benfica Castelo Branco, Santa Clara e Olhanense antes de assinar pelo Mafra no verão de 2016.
Nas duas primeiras temporadas de convento ao peito amealhou 50 partidas (47 a titular) e três golos no Campeonato de Portugal, contribuindo para a conquista do título nacional desse escalão e para a consequente promoção à II Liga em 2018.
Ainda ao serviço do clube, aos 31 anos, ajudou os mafrenses a chegar aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2019-20 e às meias-finais em 2021-22.
 
 
 

8. Vasco Varão (54 jogos)

Vasco Varão
Médio de características ofensivas, internacional jovem português e que jogou ao lado de Simão Sabrosa e Miguel nas camadas jovens do Sporting, passou por clubes como Atlético, Camacha, Olivais e Moscavide, Odivelas, Fátima, Vitória de Setúbal, Carregado e Sp. Covilhã antes de ingressar no Mafra no verão de 2014.
Na primeira época no clube atuou em 25 encontros (23 a titular) e marcou um golo ao Operário no Campeonato de Portugal, ajudando a equipa a sagrar-se campeã nacional e alcançar a promoção à II Liga.
Após ter acompanhado os mafrenses no segundo escalão, não conseguindo evitar a despromoção, voltou ao anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores em 2016-17 para participar em 29 partidas (todas a titular) de convento ao peito e apontar quatro golos, diante de Caldas (três) e Torreense.
No verão de 2017 transferiu-se para o Sintrense, mas um ano depois regressou ao Mafra para assumir as funções de diretor desportivo.
 
 
 

7. Lucas Morelatto (57 jogos)

Lucas Morelatto
Médio brasileiro de características ofensivas que passou pelas camadas jovens do Palmeiras, entrou no futebol português pela porta do Olhanense no verão de 2015, tendo rumado ao Mafra um ano depois, inicialmente por empréstimo do Estoril.
Nas duas épocas que passou no emblema da zona saloia totalizou 57 encontros (47 a titular) e dez golos no Campeonato de Portugal, contribuindo para a conquista do título nacional desse escalão e para a consequente promoção à II Liga em 2018.
Consumada a subida de divisão, mudou-se para o Vilafranquense.
 
 
 

6. Marcelo Campanholo (58 jogos)

Marcelo Campanholo
Ponta de lança brasileiro proveniente da equipa B da União da Madeira, assinou pelo Mafra no verão de 2016.
Nas duas épocas em que jogou de convento ao peito amealhou 58 encontros (42 a titular) e 24 golos no Campeonato de Portugal, ajudando os mafrenses a conquistar o título nacional desse escalão e, consequentemente, a subir à II Liga em 2018. Ainda assim, foi em 2016-17 que mais brilhou, ao somar 19 remates certeiros, tendo sido superado apenas por Pedro Rui (24 pelo Torcatense), Ângelo (23 pelo Sousense) e Amadu Turé (21 pelo Bragança).
Consumada a promoção, mudou-se para o Loures no verão de 2018.
 
 
 

5. Marco Baixinho (60 jogos)

Marco Baixinho
O elemento desta lista que teve mais projeção no futebol, uma vez que soma já mais de uma centena de jogos na I Liga e já se estreou nas competições europeias.
Defesa central natural de Arruda dos Vinhos que fez a maior parte na formação no Sporting, ao lado de jogadores como André Santos e Adrien Silva, mas passou ainda pelas camadas jovens do Benfica. Enquanto sénior passou pelo Carregado antes de ingressar no Mafra no verão de 2011.
Em 2012-13, na derradeira época de existência da II Divisão B, falhou por um ponto a promoção à II Liga.
Nas duas épocas que se seguiram amealhou 60 partidas (58 a titular) e um golo ao Alcanenense (em dezembro de 2013) no Campeonato de Portugal, ajudando os mafrenses a sagrarem-se campeãs nacional e alcançarem a primeira promoção de sempre à II Liga.
Valorizado pelas boas campanhas de convento ao peito, foi recrutado pelo Paços de Ferreira, então orientado por Jorge Simão, no verão de 2015.
 
 
 

4. Leo Tomé (63 jogos)

Leo Tomé

Médio baixa estatura (1,70 m) e características ofensivas, canhoto e sempre em alta rotação, nasceu em São Paulo, mas foi viver para o Algarve em tenra idade. Depois de representar vários clubes algarvios como Farense, Ferreiras, Almancilense, Campinense e Louletano, surgiu em Mafra no verão de 2012.
Logo na época de estreia esteve perto de contribuir para a subida dos mafrenses à II Liga, mas teve de esperar mais dois anos para o conseguir.
Entre 2013 e 2015 amealhou 63 partidas (50 a titular) e cinco golos no Campeonato de Portugal, ajudando a equipa a sagrar-se campeã nacional e alcançar a promoção à II Liga.
Em 2015-16 foi bastante utilizado no segundo escalão, mas mostrou-se impotente para evitar em despromoção. Após a descida de divisão, regressou ao Farense.
 
 
 

3. Bruninho (64 jogos)

Bruninho
O melhor marcador de sempre do Mafra no Campeonato de Portugal, com 31 golos.
Extremo que vinha a fazer praticamente todo o seu percurso como futebolista no norte do país, à exceção de dois anos passados no Vitória de Setúbal, ingressou no emblema da zona saloia no verão de 2016, na altura para relançar uma carreira marcada por algumas lesões.
Nas duas primeiras temporadas de convento ao peito amealhou 64 encontros (58 a titular) e 31 remates certeiros no Campeonato de Portugal, ajudando os mafrenses a conquistar o título nacional desse escalão e, consequentemente, a subir à II Liga em 2018.
Bruninho haveria de permanecer mais um ano no clube, no segundo escalão, tendo rumado ao Académico de Viseu no verão e 2019.
Numa altura em que não tinha clube, em no segundo semestre de 2021, frequentou as instalações do clube para recuperar de uma rotura do ligamento cruzado anterior e fratura do menisco externo.
 
 
 

2. João Godinho (91 jogos)

João Godinho
Guarda-redes formado no Benfica ao lado de jogadores como João Pereira, Fernando Alexandre, Hélio Pinto, Hélio Roque, Amoreirinha e Rúben Amorim, chegou ao Mafra no verão de 2012, já com uma vasta experiência nos campeonatos nacionais ao serviço de Benfica B, Vilafranquense, Torreense, Oriental, O Elvas, Odivelas e Carregado.
Logo na época de estreia esteve perto da promoção à II Liga, mas o Farense conseguiu a subida de divisão de forma tangencial. O sonho ficou adiado por apenas dois anos, quando o emblema da zona saloia se sagrou vencedor do Campeonato de Portugal, porém, João Godinho viveu essa temporada na sombra de Filipe Leão. Entre 2013 e 2015, amealhou 38 jogos e 32 golos sofridos no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores.
Na época seguinte, já na II Liga, patamar em que este guardião se estreou aos 30 anos, voltou a estar tapado, não só por Filipe Leão, mas também por Mory Diaw. 
Após despromoção ao terceiro escalão, João Godinho reconquistou o seu espaço, apesar da concorrência de André Caio, e em 2017-18 foi pedra basilar para nova subida à II Liga e mais um título de campeão do Campeonato de Portugal, tendo totalizado 53 partidas e 34 golos sofridos na prova entre 2016 e 2018.
Seguiram-se três temporadas no Mafra na II Liga, as duas primeiras e parte da terceira como titular, tendo nesse período contribuído para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2019-20.
No verão de 2021 transferiu-se para o Real SC.
“O mister [Elói Zeferino] levou-me para o Mafra, onde acabei por ficar nove anos. Foi onde estive mais tempo. Senti que ajudei bastante ao crescimento do clube, e isso dá um gozo diferente. Podia sentir que o clube tinha ficado na mesma, ou pior. Mas não. Senti que ajudei muito, como o clube me ajudou. Tirando o Benfica, que já era o clube do coração, o Mafra foi o clube que mais me marcou, e vai ficar para sempre”, afirmou ao Maisfutebol em dezembro de 2021.
 
 
 
 

1. Alisson (122 jogos)

Alisson
Extremo brasileiro de elevada estatura (1,89 m), entrou no futebol português pela porta do Olivais e Moscavide em 2008-09, mas ingressou no Mafra na época seguinte e por lá ficou durante uma década – a exceção foi a época 2011-12, passada ao serviço do Al-Mesaimeer, do Qatar.
Esteve por isso, na caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2019-20 e na campanha em que os mafrenses viram a subida à II Liga escapar por um triz para o Farense em 2012-13, mas dois anos depois foi decisivo na promoção ao segundo escalão, marcando o golo que deu a subida divisão na última jornada, frente ao Louletano. Entre 2013 e 2015 amealhou 61 partidas (53 a titular) e 12 golos no Campeonato de Portugal, prova que conquistou na época da subida, 2014-15.
Em estreia nas ligas profissionais em 2015-16, não conseguiu evitar a despromoção o regressou ao Campeonato de Portugal, patamar em que totalizou mais 61 encontros (30 a titular) e nove remates certeiros entre 2016 e 2018, ajudando o emblema da zona saloia a conquistar o título nacional desse escalão e, consequentemente, a subir à II Liga.
No regresso ao segundo escalão perdeu espaço no plantel, tendo deixado o Mafra no verão de 2019 para reforçar o Amora.
 






 





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