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| Ginásio participou no Campeonato de Portugal em 2016-17 |
Fundado a 1 de junho de 1946,
o Ginásio
Clube de Alcobaça resultou da fusão do Alcobaça Futebol Clube (fundado
em 1918) e do Clube Desportivo Comércio e Indústria de Alcobaça (1932) e
conheceu o ponto alto da sua história em 1982, quando subiu à I
Divisão e chegou às meias-finais da Taça
de Portugal.
Nesse ano, o Ginásio venceu
ao sprint uma corrida renhida com a Académica
de Coimbra – na altura com a designação de Académico –
pelo primeiro lugar da II Divisão – Zona Centro, terminando o campeonato com os
mesmos 46 pontos dos estudantes,
numa luta que se estendeu à secretária, devido a um jogo entre a briosa e
o Guarda que teve de ser repetido.
Numa primeira instância os
estudantes até beneficiaram da decisão da Federação Portuguesa de Futebol, mas
os alcobacenses venceram
o recurso que lhes permitiu uma presença inédita entre a elite do futebol
nacional. Pelo meio, houve um protesto da decisão inicial que interrompeu a
clássica de ciclismo Porto-Lisboa. “Em protesto com a decisão federativa os
nossos adeptos decidiram cortar a Estrada Nacional e interromper a corrida.
Ficou o pelotão ali parado em frente ao Mosteiro de Alcobaça. Lembro-me de o
falecido Rui Tovar, em reportagem para a RTP,
de microfone na mão, espantado com aquilo. Coisa inédita: uma corrida de
ciclismo ser interrompida por causa do futebol. Apesar da confusão, explicámos
com calma os motivos do nosso protesto aos ciclistas, eles perceberam e até
ficaram do nosso lado quando ouviram a história”, recordou ao Maisfutebol o
guarda-redes Horácio Luís.
Paralelamente, os ginasistas tiveram
um percurso brilhante na Taça
de Portugal, tendo eliminado os mais conceituados Atlético, Farense e Rio
Ave na caminhada até às meias-finais, etapa em que os azuis foram
eliminados com uma derrota tangencial diante do Sporting em Alvalade (1-2).
Em 1982-83, na única época
na I
Divisão, o Ginásio
de Alcobaça concluiu o campeonato na 16.ª e última posição, com 15
pontos – na altura em que a vitória valia dois pontos -, fruto de quatro
vitórias, sete empates e 19 derrotas, tendo marcado 20 golos e sofrido 56.
Três anos depois, o emblema
do distrito de Leiria desceu da II à III Divisão. Em 1990-91 participou na
edição inaugural da II Divisão B (Zona Centro) e desde 1997 que tem alternado
entre o último patamar nacionais e os campeonatos distritais, de onde não sai
desde 2017, após ter competido no Campeonato
de Portugal durante uma época (2016-17).
Vale por isso a pena recordar os
dez jogadores com mais jogos pelo Ginásio
de Alcobaça no Campeonato
de Portugal.
10. João Candeias (19 jogos)
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| João Candeias |
Defesa/médio natural de Alcobaça, fez grande parte da formação no Ginásio
de Alcobaça, tendo transitado para a equipa principal em 2012-13, na altura
para jogar na III Divisão Nacional.
Em 2015-16 sagrou-se campeão distrital da AF Leiria e alcançou a
consequente promoção ao Campeonato
de Portugal, patamar em que na época seguinte atuou em 19 jogos (13 a
titular), não conseguindo evitar a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu no clube até 2021, quando se mudou
para o Turquel.
9. Miguel Pinheiro (20 jogos)
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| Miguel Pinheiro |
Médio alcobacense internacional sub-20 que iniciou a formação no Ginásio
de Alcobaça e jogou ao lado de jogadores como Cristiano Ronaldo, José Fonte, Beto, Miguel Garcia, Paíto, Hugo Viana e Custódio nas camadas jovens e equipa B do Sporting, passou por clubes como Vilafranquense, Lixa, Mafra, Torreense e Igreja
Nova antes de ingressar na equipa sénior dos ginasistas
em 2012-13.
Em 2015-16 conquistou o título distrital da AF Leiria e obteve a
consequente promoção ao Campeonato
de Portugal, patamar em que na época que se seguiu participou em 20
encontros (18 a titular) e marcou dois golos, diante de Angrense e Gafetense,
insuficientes para evitar a descida de divisão.
8. Miguel Jacinto (21 jogos)
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| Miguel Jacinto |
Defesa central/lateral direito que concluiu a formação na União
de Leiria, surgiu na equipa principal do Ginásio
de Alcobaça na primeira época de sénior, em 2014-15.
Na temporada que se seguiu ajudou a formação
da região Oeste a conquistar o título distrital leiriense e a alcançar a
promoção ao Campeonato
de Portugal, patamar em que em 2016-17 disputou 21 jogos (20 a titular) e
apontou dois golos, frente a Benfica
Castelo Branco e Gafetense,
insuficientes para evitar a descida de divisão.
Após a despromoção fez uma pausa na carreira, retomando-a em 2018-19 para
a encerrar logo a seguir.
7. Ricardo Pontes (22 jogos)
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| Ricardo Pontes |
Defesa central filho do antigo guarda-redes e treinador Vítor Pontes e
irmão mais velho do antigo jogador ginasista
Vasco Pontes – já lá vamos… –, fez grande parte da formação da União
de Leiria e ingressou pela primeira vez no Ginásio
de Alcobaça em 2011-12, proveniente do Leiria e Marrazes.
Após passagens por GRAP, Vitória de Sernache e Castrense,
voltou ao emblema
alcobacense em 2016-17, temporada em que atuou em 22 partidas (21 a
titular) no Campeonato
de Portugal, mostrando-se impotente para evitar a descida aos distritais da
AF Leiria.
Após a despromoção permaneceu mais um ano no clube, rumando depois ao
Guiense.
6. Vasco Pontes (23 jogos)
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| Vasco Pontes |
Médio leiriense de características ofensivas irmão mais novo de Ricardo
Pontes (e filho de Vítor Pontes), fez quase toda a formação na União
de Leiria, mas também jogou nos infantis do Sporting
ao lado de Rafael
Barbosa.
Enquanto sénior passou por Ouriense
e Guiense antes de ingressar no Ginásio
de Alcobaça em 2016-17, época em que participou em 23 jogos (16 a titular),
não conseguindo impedir a despromoção aos distritais leirienses.
Após a descida de divisão transferiu-se para os lituanos do FC Stumbras.
5. Paulo Brites (23 jogos)
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| Paulo Brites |
Disputou o mesmo número de jogos de Vasco Pontes, mas amealhou mais 575
minutos em campo – 1963 contra 1388.
Lateral direito nascido na Nazaré e que concluiu a formação na Académica, passou pelos seniores de Torreense, Sertanense e Marinhense antes de assinar pelo Ginásio
de Alcobaça no verão de 2016.
Na única temporada que passou no clube disputou 23 jogos (todos a
titular) no Campeonato
de Portugal e marcou um golo ao Gafetense,
insuficiente para evitar a despromoção.
Precisamente na mesma altura, o pai, também ele Paulo Brites, orientava a
equipa júnior do emblema
alcobacense, enquanto o irmão mais novo, Marco Brites, jogava pelos juvenis
do clube.
Após a descida de divisão, Paulo Brites (Jr.) transferiu-se para o Peniche.
4. Ricardo Soares (27 jogos)
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| Ricardo Soares |
Lateral esquerdo que fez parte da formação na União
de Leiria, ingressou no Ginásio
de Alcobaça na segunda época de júnior, 2015-16, acabando também por se
estrear pela equipa principal nessa temporada, que ficou marcada pela conquista
do título distrital da AF Leiria e pela consequente promoção ao Campeonato
de Portugal.
Em 2016-17 atuou em 27 partidas (25 a titular) no anteriormente
denominado Campeonato
Nacional de Seniores e apontou dois golos, diante de Caldas
e Sp. Ideal, insuficientes para evitar a descida de divisão.
Após a despromoção transferiu-se para o Portomosense.
3. Rui Rodrigues (29 jogos)
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| Rui Rodrigues |
Defesa central/médio defensivo natural de Ourém, dividiu a formação entre
Fátima
e União
de Leiria, mas quando transitou para sénior assinou pelo Ginásio
de Alcobaça, em 2015-16, época marcada pela conquista do título distrital
da AF Leiria.
Na temporada seguinte atuou em 29 partidas (22 a titular) e marcou um
golo ao Praiense no Campeonato
de Portugal, mostrando-se impotente para evitar a descida de divisão.
Após a despromoção permaneceu mais um ano no clube, regressando depois ao
Fátima.
2. Vasco Gonçalves (31 jogos)
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| Vasco Gonçalves |
Extremo leiriense que se cruzou com André
Horta e Gonçalo Guedes nas camadas jovens do Benfica e também passou pela
formação da União
de Leiria, passou por GRAP e Fátima
antes de ingressar no Ginásio
de Alcobaça em 2016-17.
Na única temporada que passou no clube participou em 31 encontros (27 a
titular) no Campeonato
de Portugal e somou oito remates certeiros, apontados diante de Gafetense
(dois), Alcanenense, Mafra,
Sp. Ideal (três) e Lusitânia dos Açores, registo que lhe fez dele o melhor
marcador dos ginasistas
na competição, mas que se revelou insuficiente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o GRAP.
1. Sérgio Neves (31 jogos)
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| Sérgio Neves |
Disputou o mesmo número de jogos de Vasco Gonçalves, mas amealhou mais
499 minutos em campo – 2745 contra 2246.
Defesa com grande parte da formação feita na União
de Leiria, surgiu no Ginásio
de Alcobaça na primeira época de sénior, 2008-09, na altura para competir
nos distritais da AF Leiria, tendo conquistado o título da Divisão de Honra e
consequente subida à III Divisão Nacional em 2011.
Em 2013 não conseguiu evitar a descida aos distritais leirienses. No
entanto, três anos depois voltou a sagrar-se campeão distrital, alcançado desta
feita a promoção ao Campeonato
de Portugal, competição em que disputou 31 jogos (30 a titular), não
conseguindo evitar nova despromoção aos distritais da AF Leiria.
Sérgio Neves haveria de permanecer mais um ano no clube, rumando depois
ao Alqueidão da Serra.
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