sábado, 7 de agosto de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Real SC no Campeonato de Portugal

Dez jogadores que ficaram na história do Real SC
Fundado a 7 de agosto de 1995, o Real Sport Clube nasceu da fusão do Grupo Desportivo de Queluz com o Clube Desportivo e Recreativo de Massamá com o intuito de criar na cidade de Queluz um emblema eclético e mais representativo.
 
A escolha do nome está relacionada com o Palácio Real de Queluz, ex-libris da cidade, enquanto as cores do clube (azul claro, preto e amarelo) é uma junção dos clubes que lhe deram origem.
 
Apesar da fusão ter acontecido, o Real SC assume como data de fundação a do Grupo Desportivo de Queluz (25 de dezembro de 1951), porque era o clube que tinha a inscrição regularizada na Federação Portuguesa de Futebol e que tinha as instalações que viriam a ser utilizadas pela nova agremiação.
 
Ao longo dos tempos, tem vindo a ser conhecido como Real Massamá, uma designação incorreta, segundo os responsáveis. Embora a sede seja mesmo em Massamá, o campo é em Monte Abraão, na freguesia de Queluz, de onde são naturais os sócios mais antigos.
 
Logo um ano após a fusão em 1996, o Real SC conseguiu chegar pela primeira vez aos campeonatos nacionais, ao participar na III Divisão. Após várias épocas entre os distritais da AF Lisboa e a III Divisão, os realistas foram promovidos à II Divisão B em 2005 e por lá ficando em 2011. Em 2006-07 alcançaram o primeiro lugar na Série D, mas não lograram a subida à II Liga devido a uma derrota com o Fátima no playoff de promoção.
 
Em termos de Campeonato de Portugal, o emblema do concelho de Sintra soma cinco participações e um título de campeão nacional, em 2016-17. Nessa mesma época, a formação de Queluz conseguiu atingir os oitavos de final da Taça de Portugal, tendo sido eliminada pelo Benfica no Estádio do Restelo.
 
Paralelamente, o clube tem sido um autêntico viveiro de craques, uma vez que passaram pela sua formação nomes como Nani, Ivan Cavaleiro, Pedro Mendes, Rafael Camacho, Rodrigo Fernandes, Ricardo Vaz Tê, Florentino Luís, Garry Rodrigues, Miguel Cardoso, Rafael Ramos ou Abel Camará.
 
Vale por isso a pena recordar os dez futebolistas com mais jogos pelo Real Sport Clube no Campeonato de Portugal.
 
 

10. Rúben Marques (48 jogos)

Rúben Marques
Disputou o mesmo número de jogos de Ballack, mas amealhou mais 410 minutos em campo – 3835 contra 3425.
Médio defensivo natural de Camarate, concelho de Loures, passou pelas escolinhas do Belenenses e jogou ao lado de Eric Dier, Carlos Mané, Iuri Medeiros, Tobias Figueiredo, Francisco Geraldes, Edgar Ié e Bruma na formação do Sporting antes de ingressar nos juvenis do Real SC em 2009-10.
Em 2012-13 transitou para a equipa principal, tendo feito a estreia em março de 2013, aos 18 anos. Duas épocas depois, sagrou-se campeão distrital da AF Lisboa, ajudando os realistas a assegurar o regresso aos campeonatos nacionais.
Seguiram-se dois anos no Campeonato de Portugal, nos quais amealhou 48 jogos (43 a titular) e dois golos, tendo contribuído para a conquista do título nacional e consequente promoção à II Liga em 2017. “Lembro-me do ano em que fui campeão pelo Real SC e que subimos à II Liga. Alguns de nós comprometeram-se a, caso subíssemos à II Liga, jogar o jogo da final, na altura contra a Oliveirense, de cabelo e ou barba pintada. Subimos de divisão e lá fomos nós de cabeça pintada”, recordou ao portal Cem Oportunidades.
Após uma temporada de escassa utilização no segundo escalão, transferiu-se para o Oriental. No entanto, estará de regresso ao emblema de Queluz em 2021-22, após dois anos no Fafe.
 
 
 

9. Tiago Morgado (54 jogos)

Tiago Morgado
Médio lisboeta dotado de um potente remate de pé direito, jogou ao lado de Tiago Ilori, João Mário, Ricardo Esgaio, Ricardo Pereira e João Carlos Teixeira na formação do Sporting antes de ingressar nos juvenis do Real SC em 2009-10, numa altura em que o clube de Queluz tinha um protocolo de cedência de jogadores com os leões.
Tal como Rúben Marques, transitou para a equipa principal em 2012-13, uma temporada que culminou com a despromoção aos distritais da AF Lisboa.
No entanto, Tiago Morgado permaneceu na equipa e em 2014-15 sagrou-se campeão distrital e contribuiu para a consequente subida ao Campeonato de Portugal, patamar em que na época seguinte atuou em 30 encontros (todos a titular) e apontou quatro golos, diante de Torreense, Eléctrico, Sintrense e Malveira.
Valorizado, deu o salto para o Moreirense. Contudo, não se impôs em Moreira de Cónegos, embora tenha conquistado a Taça da Liga, pelo que voltou ao Real SC em 2017-18 para competir na II Liga.
Na temporada que se seguiu passou pelo Merelinense, tendo regressado ao emblema da Linha de Sintra em 2019-20 para disputar 24 jogos (20 a titular) e apontar dois golos, frente a Alverca e Mineiro Aljustrelense.
Entretanto transferiu-se para o Sp. Covilhã e passou pelo Alverca, mas em 2021-22 estará de regresso aos realistas.
 
 
 

8. Dinamite (55 jogos)

Dinamite
Lateral esquerdo natural de Porto Salvo, concelho de Oeiras, e formado maioritariamente no Estoril, foi obrigado a tentar a sorte noutras paragens quando ascendeu a sénior, tendo passado por Sintrense, Oeiras, Sacavenense e Praiense antes de reforçar o Real SC no verão de 2018.
Em duas temporadas no emblema de Queluz amealhou um total de 55 encontros (53 a titular) e sete golos no Campeonato de Portugal, ajudando os realistas a manterem-se sempre na luta pelos lugares cimeiros da Série D.
Após dois anos com a camisola tricolor mudou-se para o Alverca.
 
 
 

7. Érico Castro (60 jogos)

Érico Castro
Possante avançado luso-angolano, reforçou o Real SC no verão de 2015, após passagens por clubes como União de Tires, Oeiras, Fátima e Mineiro Aljustrelense.
Em apenas duas temporadas tornou-se no melhor marcador de sempre dos realistas no Campeonato de Portugal, com 20 golos em 60 encontros (44 a titular) – Dida tem o mesmo número de remates certeiros, mas com mais jogos disputados. Os seus golos contribuíram para a conquista do título nacional do terceiro escalão e consequente subida à II Liga – incluindo dois na final diante da Oliveirense – e para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2016-17.
“Não diria o ponto mais alto da minha carreira, mas sim da minha vida, porque foi o ano em que fui pai. Foi uma enorme alegria dentro e fora de campo, as recordações dessa época são todas maravilhosas: a festa de subida, o jogo da final em que fiz dois golos que deram o título de campeão do Campeonato de Portugal e ter sido o melhor marcador esse ano. Foi uma época muito especial sem dúvida”, recordou, em entrevista ao O Blog do David.
“Depois veio a parte menos boa, que foi a aposta do clube no ano seguinte em jogadores de fora, não nos jogadores que realizaram o feito histórico. Mas como lhe disse, nesse ano fui pai e aí tudo muda, a prioridade passa a ser o nosso filho, então não chegámos a acordo como alguns colegas chegaram e preferi não continuar no Real SC e abandonar o sonho de jogar na II Liga. Sinceramente, não me arrependo, porque muitos dos jogadores desse ano que lá ficaram mal jogaram e hoje em dia estão na Campeonato de Portugal e outros infelizmente já abandonaram o futebol”, acrescentou, a propósito dos motivos que o levaram a transferir-se para o Sintrense no verão de 2017.
 
 
 

6. Sandro (61 jogos)

Sandro Silva
Defesa central brasileiro que representou Leixões, Olhanense, Penafiel, Santa Clara e Mafra nas ligas profissionais portuguesas, reforçou o Real SC no verão de 2018, proveniente do Oriental, numa altura em que já tinha 35 anos.
Em Queluz, Sandro rapidamente se tornou num dos capitães de equipa, tendo em três temporadas amealhado um total de 61 encontros (59 a titular) e cinco golos com a camisola tricolor no Campeonato de Portugal, contribuindo para o apuramento para a Liga 3 em 2021.
Cumprida essa missão, deixou o clube. “Foram três anos de Real SC, de onde vou levar muitos amigos que fiz. Agradeço a todos pela oportunidade de representar esse grande clube”, escreveu nas redes sociais.
 
 
 

5. Filipe Mendes (61 jogos)

Filipe Mendes
Disputou o mesmo número de jogos de Sandro, mas amealhou mais 246 minutos em campo – 5490 contra 5244.
Guarda-redes de elevada estatura e com uma longa ligação ao Belenenses, surgiu pela primeira vez no Real SC no verão de 2016, por empréstimo do emblema da Cruz de Cristo. No entanto, após 12 jogos e apenas dois golos sofridos (!) no Campeonato de Portugal ganhou o bilhete de regresso ao Restelo em janeiro, não ficando no plantel realista para festejar a conquista do título nacional.
Em 2018-19 voltou a Queluz por cedência do Belenenses, tendo atuado em 33 encontros e sofrido 22 golos no terceiro escalão do futebol português, ficando perto do apuramento para o playoff de promoção à II Liga.
Entretanto voltou a Belém – ou melhor, ao Jamor… –, mas em 2020-21 vinculou-se em definitivo aos realistas, tendo nessa temporada participado em 16 partidas e encaixado 17 golos. Embora tenha perdido a titularidade para Van der Laan e depois para Hugo Cardoso na segunda metade da época, ajudou a garantir a qualificação para a Liga 3.
 
 
 

4. Marcos Barbeiro (68 jogos)

Marcos Barbeiro
Lateral/extremo internacional por São Tomé e Príncipe, entrou no futebol português precisamente pela porta da equipa de juniores do Real SC em 2012-13.
Entretanto saiu para o Sporting e mudou-se para o Marítimo, tendo regressado a Queluz em 2017-18 por empréstimo dos madeirenses e para jogar na II Liga.
Na temporada seguinte continuou cedido aos realistas, mas depois vinculou-se ao emblema da Linha de Sintra a título definitivo. Entre 2018 e 2021 disputou 68 jogos (55 a titular) e apontou três golos no Campeonato de Portugal, contribuindo para o apuramento para a edição inaugural da Liga 3.
 
 
 

3. Ibraim Cassamá (69 jogos)

Ibraim Cassamá
Possante médio defensivo internacional guineense, passou por clubes como Eléctrico, Praiense, Moura, Oriental, Cova da Piedade e Sintrense e ainda pelo futebol angolano antes de reforçar o Real SC no verão de 2018, quando já tinha 32 anos.
Ao longo de três temporadas em Queluz tornou-se num dos líderes do balneário, embora fosse perdendo espaço nas opções dos treinadores que foram passando pelos realistas, tendo amealhado um total de 69 encontros (49 a titular) e oito golos no Campeonato de Portugal entre 2018 e 2021.
Paralelamente, foi um dos fundadores da associação Do Futebol Para a Vida e candidatou-se à presidência do Sindicato dos Jogadores.
 
 
 

2. Dida (79 jogos)

Dida
Tem nome de guerra de guarda-redes, mas tem sido a principal ameaça para os guardiões adversários do Real SC ao longo dos últimos anos no Campeonato de Portugal.
Avançado internacional jovem português e com formação dividida por clubes como Sporting, Belenenses, Benfica e Estoril, passou pelos seniores do Sintra Football antes de dar o salto para o Real SC no verão de 2016. Após quatro jogos (apenas um a titular) no Campeonato de Portugal numa campanha que haveria de culminar na conquista do título e consequente subida à II Liga, transferiu-se para os lituanos do Stumbras.
Em 2017-18 regressou a Portugal pela porta do Oriental e na época que se seguiu regresso ao emblema de Queluz para mais três temporadas no Campeonato de Portugal, nas quais amealhou mais 75 encontros (45 a titular) e 20 golos, registo que faz dele um dos melhores marcadores dos realistas na competição – Érico lidera a lista com igual número de remates certeiros, mas menos 19 partidas.
“O Real SC é um clube com história e que tem objetivo de chegar à I Liga, é um clube que procura escrever o seu nome na história do futebol e que quer formar a ganhar, um clube que proporciona muitas condições de trabalho aos seus atletas e treinadores, apresenta ainda condições infraestruturais muita acima da média. Posso dar como exemplo o balneário dos seniores, que se compara a muitos de I Liga”, afirmou ao portal Futebol Épico em outubro de 2019.
 
 
 

1. Paulinho (107 jogos)

Paulinho
A alma e coração do Real SC, um lateral direito que chegou ao clube enquanto júnior de segundo ano em 2010-11, transitou para a equipa principal na época seguinte e desde então que tem sido titular indiscutível na defesa realista. Curiosamente, a exceção foi a época 2016-17, quando esteve ao serviço do Loures enquanto a formação de Queluz conquistou o título nacional do Campeonato de Portugal e alcançou a subida à II Liga.
Além de ter jogado com a camisola tricolor na III Divisão Nacional (2011-12 e 2012-13), na I Divisão Distrital da AF Lisboa (2013-14 e 2014-15) e na II Liga (2017-18), Paulinho competiu no Campeonato de Portugal ao longo de quatro temporadas (2015-16 e entre 2018-19 e 2020-21). Nesse período atuou num total de 107 encontros (105 a titular) e apontou quatro golos, tendo contribuído para o apuramento para a edição inaugural da Liga 3, competição em que continuará a vestir as cores do Real SC.
“A minha ideia desde o início foi ficar no Real SC, mas se tivesse uma proposta de campeonatos superiores poderia sair. Sempre disse que para sair do Real SC para uma equipa do mesmo campeonato tinha de ser uma proposta bastante boa, porque na minha opinião o Real SC neste campeonato oferece condições de topo em todos os níveis. O Real SC é um clube que merece estar num patamar superior no futebol português, por tudo aquilo que representa”, afirmou ao portal Cem Oportunidades.
 




 

 




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