terça-feira, 28 de junho de 2022

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Fafe na II Liga

Fafe competiu na II Liga em 2016-17
Fundado a 28 de junho de 1958, a Associação Desportiva de Fafe nasceu da fusão de dois clubes do concelho, o Sporting Clube de Fafe e Futebol Clube de Fafe.
 
Após ter passado até ao início da década de 1970 entre a III Divisão Nacional e a I Distrital da AF Braga, o emblema minhoto estabeleceu-se na II Divisão – Zona Norte e, ao cabo de duas décadas, conseguiu uma inédia promoção à I Divisão em 1988.
 
Em 1987-88 o Fafe, orientado por José Rachão, beneficiou da regra que nessa temporada permitia a promoção dos dois primeiros classificados de cada uma das três zonas da II Divisão e da punição administrativa aplicada ao Famalicão, que alegadamente teria aliciado o Macedo de Cavaleiros, para ser promovido ao patamar maior do futebol português.
 
Seguiu-se uma época na I Divisão. Se os justiceiros beneficiaram dos regulamentos para subir, foram prejudicados pelos mesmos na única participação entre a elite nacional, uma vez que desciam cinco equipas e o Fafe terminou o campeonato precisamente como a primeira equipa abaixo da chamada linha de água. Antes já tinha tido protagonismo na Taça de Portugal ao chegar às meias-finais em 1976-77 e 1978-79.
 
Desde então que os fafenses têm andado pelas divisões secundárias do futebol português. Em 2016-17 participou na II Liga, mas não foi além de um 20.º lugar (em 22 equipas) que resultou na despromoção ao Campeonato de Portugal.
 
Durante essa única presença na II Liga, 40 futebolistas representaram o Fafe. Vale por isso a pena recordar os 10 que o fizeram por mais vezes.
 
 

10. Ricardo Fernandes (24 jogos)

Ricardo Fernandes
Guarda-redes de elevada estatura (1,93 m) natural de Anadia, viveu no Fafe o quinto empréstimo pelo Belenenses, já após ter rodado por Torreense, Eléctrico, AD Oliveirense e Anadia.
Ainda assim, foi nos justiceiros que teve a oportunidade de se estrear nas ligas profissionais, tendo atuado em 24 jogos e sofrido 34 golos na II Liga em 2016-17, tendo divido a titularidade com Marçal. Ainda assim, mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão regressou ao Belenenses e conseguiu mesmo estrear-se na I Liga.
 
 
 

9. Leandro Borges (29 jogos)

Leandro Borges
Extremo esquerdino natural de Sintra, concluiu a formação e iniciou a carreira como futebolista sénior no Estoril em 2011, mas nos anos seguintes foi sucessivamente emprestado pelos canarinhos a Trofense, Atlético, Feirense, Freamunde e Olhanense.
No verão de 2016 rompeu definitivamente o cordão umbilical com os estorilistas e assinou pelo Fafe, afirmando-se como uma arma secreta, uma vez que foi titular em apenas sete dos 29 encontros que disputou na II Liga. Ao longo do campeonato apontou três golos, diante de Sporting B, Benfica B e Vizela, ainda assim insuficientes para impedir a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Mafra.
 
 

8. Lytvyn (29 jogos)

Lytvyn
Disputou o mesmo número de jogos de Leandro Borges, mas amealhou mais 1375 minutos em campo – 2392 contra 1017.
Possante defesa central ucraniano (1,87 m), entrou no futebol português pela porta do Desp. Aves no verão de 2015.
Um ano depois ingressou no Fafe, clube pelo qual atuou em 29 encontros (27 a titular) e apontou dois golos na II Liga, diante de Varzim e Sporting B, insuficientes para evitar a despromoção.
Em maio de 2017 surgiu a notícia de que o Benfica estaria atento às exibições de Dmytro Lytvyn, mas o que é certo é que após a descida de divisão o jogador foi emprestado ao Real SC, tendo posteriormente regressado à Ucrânia.
 
 
 
 

7. Daniel Materazzi (29 jogos)

Daniel Materazzi
Disputou o mesmo número de jogos de Lytvyn e Leandro Borges, mas amealhou mais minutos em campo: 2507.
Possante defesa central (1,88 m) natural de Gondomar e que jogou ao lado de Fábio Espinho, Ivanildo e Vieirinha nas camadas jovens do FC Porto, concluiu a formação no Salgueiros – onde ganhou a alcunha de Materazzi, em alusão ao defesa central italiano Marco Materazzi – e jogou na II Liga ao serviço de Tondela, Leixões, Santa Clara e Olhanense antes de reforçar o Fafe no verão de 2016.
Na única temporada que passou nos justiceiros foi utilizado em 29 encontros (28 a titular) e marcou um golo ao Cova da Piedade, mas mostrou-se impotente para evitar a descida de divisão. “A minha passagem pelo Fafe, apesar de regular, não foi a mais feliz. Fiz bastantes jogos, mas desportivamente as coisas não nos correram bem. O Presidente foi impecável comigo, mas em Fafe, encontrei uma realidade diferente do que estava habituado. O clube tinha vindo do Campeonato de Portugal e não tinha os alicerces necessários para competir na II Liga. Representar o Fafe foi um orgulho, mas não senti o carinho e o entusiasmo que vivi noutros clubes. Descemos de divisão e sinceramente acho que não me valorizei no Fafe”, confessou, em declarações ao portal Jogo Direto.
Após a despromoção prosseguiu a carreira no Campeonato de Portugal, ao serviço de clubes como Olhanense, Leça e Trofense.
 
 

6. Pedro Pereira (35 jogos)

Pedro Pereira
Extremo natural de Braga, formado no Sp. Braga e já com alguma experiência de I Liga adquirida ao serviço dos bracarenses, do Estrela da Amadora e do Gil Vicente, representou ainda Vizela e Freamunde na II Liga antes de ingressar no Fafe no verão de 2016.
Na única época em que esteve ao serviço dos justiceiros disputou 35 jogos (10 a titular) na II Liga e apontou dois golos, frente a Freamunde e Leixões, insuficientes para evitar a descida de divisão.
Após a despromoção prosseguiu a carreira no Campeonato de Portugal com a camisola do Merelinense.
 
 
 

5. Landinho (35 jogos)

Landinho
Disputou o mesmo número de jogos de Pedro Pereira, mas amealhou mais 1138 minutos em campo – 2427 contra 1289.
Médio natural de Amarante e que passou pela formação do Boavista, representou Amarante, Portimonense e Felgueiras enquanto sénior antes de reforçar o Fafe no verão de 2015.
Na primeira época nos justiceiros contribuiu com o golo decisivo no playoff com o Casa Pia para a subida à II Liga, patamar em que em 2016-17 foi utilizado em 35 encontros (27 a titular) e marcou um golo ao Gil Vicente, ainda assim insuficiente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Bragança, mas ao fim de alguns meses voltou ao emblema minhoto para mais uma aventura, desta feita de ano e meio no Campeonato de Portugal.
Em 2019 deixou o Fafe e rumou ao Vizela.
 
 
 

4. Evandro Brandão (35 jogos)

Evandro Brandão
Disputou o mesmo número de jogos de Landinho e Pedro Pereira, mas amealhou mais minutos em campo: 2960.
Atacante internacional português nas seleções jovens e angolano na seleção principal, passou pelas camadas jovens de Manchester United e Benfica, representou clubes como Fátima, Olhanense, Tondela e Benfica Castelo Branco enquanto sénior e jogou nos campeonatos de Hungria e Angola antes de ingressar no Fafe no verão de 2016.
A única temporada em que esteve nos justiceiros foi a melhor da carreira de Evandro Brandão, que apontou dez golos em 35 encontros, todos na condição de titular. Sporting B, Sp. Covilhã, Famalicão, Desp. Aves, Sp. Braga (três), Santa Clara, Penafiel e Vitória de Guimarães B foram as vítimas do avançado luso-angolano, que ainda assim se mostrou impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Leixões.
 
 
 

3. André (38 jogos)

Ricardo André
Defesa central/médio defensivo internacional jovem português, sagrou-se campeão europeu de sub-16 em 2000 ao lado de Bruno Vale, Raul Meireles, Hugo Viana, Custódio e Quaresma. Produto da formação do Sp. Braga, chegou a ser convocado por Jesualdo Ferreira para a equipa principal dos bracarenses, mas acabou por não ir a jogo.
Sem espaço na Pedreira, passou dois anos no Maria da Fonte antes de iniciar, no verão de 2008, uma aventura de nove anos no Fafe. Depois de subir à II Divisão B em 2010, voltou a festejar uma promoção em 2016, mas à II Liga, patamar em que atuou 38 jogos (37 a titular) em 2016-17, tendo dessa forma feito a estreia nas ligas profissionais aos 33 anos.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Pedras Salgadas.
 
 

2. Alan Júnior (38 jogos)

Alan Júnior
Disputou o mesmo número de jogos de André, mas amealhou mais 226 minutos em campo – 3311 contra 3085.
Possante ponta de lança brasileiro (1,85 m), entrou no futebol português pela porta do Sp. Braga, mas jogou apenas na equipa B. Após um empréstimo ao Lusitânia Lourosa, assinou pelo Fafe no verão de 2015, tendo na época de estreia nos justiceiros apontado 14 golos que contribuíram para a subida à II Liga.
No segundo escalão foi titular nos 38 jogos que disputou e apontou 15 golos em 2016-17. Se por um lado foi o melhor marcador da equipa e um dos melhores do campeonato – apenas Pires (Portimonense, 23 golos), Paulinho (Gil Vicente, 19) e N’Sor (União da Madeira, 16) fizeram melhor –, por outro mostrou-se impotente para evitar a despromoção. Sp. Braga B, Freamunde, Sporting B, Olhanense (dois), Penafiel, Vitória de Guimarães B, Gil Vicente (três), Santa Clara (dois), Sp. Covilhã, FC Porto B e Cova da Piedade foram as vítimas de Alan Júnior.
Valorizado apesar da descida de divisão, assinou pelo Benfica no verão de 2017, mas apenas jogou na equipa B dos encarnados.
 
 
 

1. Vasco Cruz (38 jogos)

Vasco Cruz
Disputou o mesmo número de jogos de Alan Júnior e André, mas amealhou mais minutos em campo: 3401.
Lateral direito natural do concelho de Fafe, ingressou nos juvenis do Fafe em 2009-10 e transitou para a equipa principal em 2012-13, fazendo a estreia aos 18 anos e oito meses numa receção ao Mirandela.
Em 2016-17 foi um dos esteios da equipa que alcançou a promoção à II Liga, tendo cumprido a promessa, tal como João Nogueira, de percorrer 40 quilómetros a pé ao São Bentinho da Porta Aberta, um local emblemático para muitos peregrinos em Terras de Bouro, em caso de subida.
Na temporada seguinte atuou em 38 encontros (todos a titular) no segundo escalão, mas não conseguiu impedir a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Varzim, mas depois de uma passagem pelo Merelinense voltou a estar vinculado aos justiceiros em 2018-19, na altura para jogar no Campeonato de Portugal.
Depois mudou-se para o São Martinho.





 





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