domingo, 7 de março de 2021

A minha primeira memória de… um dérbi de Manchester

Wayne Rooney deixou Old Trafford em delírio com golo extraordinário
Já via futebol desde 2000, mas verdade seja dita que até 2011 o dérbi de Manchester pouco ou mais me dizia. Aliás, em Portugal até se tinha o hábito de chamar Manchester ao United, quase que fazendo conta que não existia o Manchester City. Não era para menos, pois os citizens foram durante algumas décadas um clube modesto, afastado dos títulos em Inglaterra, enquanto os red devils levantavam troféu atrás de troféu, principalmente em solo britânico, mas também na Europa.
 
Porém, as coisas começaram a mudar no final da primeira década do século XXI, quando o City foi comprado pelo Abu Dhabi United Group e ganhou uma enorme pujança financeira. Ainda assim, a minha primeira memória de um dérbi de Manchester não é propriamente sobre um jogo decisivo, mas sim pelo extraordinário golo que deu a vitória à formação então orientada por Alex Ferguson – mas já lá vamos!
 
À entrada para esse jogo de 12 de fevereiro de 2011 em Old Trafford, o Manchester United liderava a Premier League com 54 pontos em 25 jogos, mais quatro do que o Arsenal e cinco do que o Manchester City (mais um jogo).
 
No final da primeira parte, um dos jogadores dos red devils em melhor forma na altura, o extremo português Nani, isolou-se e bateu Joe Hart (41’), mas a meio do segundo tempo David Silva empatou para os citizens, num lance às três tabelas (65’).
 
Porém, o melhor ficou guardado para o fim, quando Nani cruzou para o interior da área e Rooney foi ao encontro da bola através de um fantástico pontapé de bicicleta (78’). “Vi a bola a entrar na área e pensei: Porque não? Tentei colocar-me numa boa posição quando o Nani cruzou. Nove em cada des vezes [os pontapés de bicicleta] saem por cima da trave, mas hoje a bola entrou. Foi instinto, não se tem tempo de pensar”, confessou o internacional inglês à Sky Sports no final do encontro, assumindo que foi o primeiro golo de bicicleta desde que começou a jogar profissionalmente. Um ano depois, o fantástico remate de Rooney foi votado como o melhor golo dos 20 anos da Premier League.
 

“Rooney protagonizou um daqueles momentos que os adeptos do Manchester United, e do futebol em geral, não vão esquecer por mais anos que vivam. Corria o minuto 78’ quando, após um centro bem medido de Nani, decidiu arriscar um pontapé de bicicleta que se transformou naquele que poderá vir a ser o golo do ano em Inglaterra. Para além de ter dado a vitória ao United (2-1) no dérbi de Manchester, Rooney manteve a sua equipa no caminho do título o e destruiu o sonho do City. De facto, os oito pontos que separam agora os rivais podem chegar a onze, caso os red devils vençam o jogo que têm em atraso, e afigura-se muito difícil que a equipa de Mancini possa recuperar tamanha distância”, escreveu o jornal O Jogo.
 
 
Desse mesmo ano guardo na memória de mais dois duelos entre os rivais de Manchester. A 7 de agosto, em Wembley, o City esteve perto de vencer a Community Shield, uma vez que foi para intervalo a vencer por 2-0, com golos de Lescott (38’) e Dzeko (45+1’). No entanto, na segunda parte Smalling reduziu para o United (52’) e Nani fez os dois golos da reviravolta (58’ e 90+4’). Recordo-me perfeitamente do segundo remate certeiro do internacional português, que após uma corrida pelo meio-campo ofensivo contornou Joe Hart antes de atirar para o fundo das redes.
 
 
Dois meses e meio depois, as duas formações defrontaram-se em Old Trafford e o resultado foi simplesmente chocante: 1-6. Uma goleada história de um Manchester City arrasador, que foi para intervalo a ganhar por 1-0 e esmagou os anfitriões no segundo tempo. Bisaram Balotelli (22’ e 60’) e o substituto Dzeko (89 e 90+3’) e marcaram ainda Aguero (69’) e David Silva (90+1’), enquanto Fletcher apontou o tento de honra dos red devils (81’).
 











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