domingo, 1 de dezembro de 2019

A minha primeira memória de... um jogo entre Sporting e Gil Vicente

César Prates, autor do golo inaugural, vigiado por Nuno Amaro
A minha primeira memória de um jogo entre o Sporting e o Gil Vicente remonta à época 2000-01, a primeira que acompanhei de fio a pavio. Porém, confesso que me recordo mal dos duelos entre as duas equipas.


Do encontro da primeira volta, no velhinho e carismático Estádio Adelino Ribeiro Novo, nem com recurso a vídeo do resumo consigo lembrar-me de algo. No entanto, olhando para a ficha de jogo, consigo recordar-me de uma incidência da segunda partida entre leões e gilistas para o campeonato: um golo de César Prates de livre direto. Foi o único remate certeiro do lateral brasileiro nessa temporada e, puxando a cassete-atrás, tenho uma vaga ideia de ter assistido à transmissão do jogo num café nesse final de tarde ou início de noite de 24 de fevereiro de 2001.

Esse golo de bola parada abriu mesmo o ativo desse desafio realizado no velhinho Estádio José Alvalade, embora já tivessem decorridos 72 minutos. Beto Acosta, com tempo para tudo tal a passividade da defesa dos barcelenses, fez o 2-0 aos 81', após cruzamento de Pedro Barbosa, numa fase em que o Gil Vicente já estava reduzido a dez, devido à expulsão de Nuno Assis, que estava emprestado pelo... Sporting.


Entretanto, Acosta também viu o segundo cartão amarelo e deixou os verde e brancos também a jogar com apenas dez homens, e Carlos André reduziu para os gilistas no minuto seguinte (89'), num remate de ressaca à entrada da área. Porém, João Pinto marcou o golo da tranquilidade já em tempo de compensação, numa finalização não muito complicada após mais uma assistência de Pedro Barbosa.

“A sombra que assusta o leão. 'Proibido de perder pontos' - a frase de Manuel Fernandes proferida extraordinariamente a meio da semana não podia ser mais clara, o Sporting precisou de 72 minutos para conseguir ultrapassar (literalmente) a barreira defensiva do Gil Vicente e, com isso, chegar ao golo que abriu o caminho para a vitória. Uma vitória, como já se vê, suada, esforçada e muito trabalhada. Mas também, por isso, justificada. O Sporting foi quem mais se empenhou pela conquista dos três pontos, até porque a guerra dos homens de Barcelos era outra. Todavia, o 3-1 acaba por parecer gordo, menos pelo ascendente dos leões sobre os gilistas (esse nunca foi posto em causa), muito mais pela produção global do conjunto verde e branco, que podia e devia ter feito mais e melhor em, pelo menos, dois terços do encontro”, resumiu o jornal O Jogo no dia seguinte.


A vitória por 3-1 permitiu ao Sporting subir ao quarto lugar, por troca com o Sp. Braga, e ficar a dois pontos do segundo classificado Benfica e a quatro do líder Boavista, que viria a ser campeão nessa época.

Na época a seguir, o resultado de Alvalade foi repetido logo em partida da 5.ª jornada da I Liga, mas com outros marcadores. Marius Niculae (11 e 59 minutos) e Mário Jardel de grande penalidade (50') faturaram para o Sporting, Lemos (90') para o Gil Vicente. O resultado permitiu aos leões retomar o rumo das vitórias, três jogos depois, e começar uma caminhada triunfante rumo ao título.

Na segunda volta, em Barcelos, houve empate a um golo, resultado que interrompeu um ciclo de três vitórias consecutivas do Sporting. Ivo Afonso na própria baliza inaugurou o marcador para a equipa de Laszlo Bölöni aos 29 minutos, o antigo avançado leonino Paulo Alves igualou o encontro aos 59'.
































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