segunda-feira, 10 de junho de 2019

Um poço de força chamado Sassá

Sassá tem contrato com o Cruzeiro até junho de 2020
Sassá não é um habitual titular no Cruzeiro, mas é um atacante com características especiais. Pouco ou nada nele é requintado, mas é isso que o torna único. Numa modalidade em que cada vez mais vão aparecendo avançados com qualidade técnica para participar na criação dos ataques, continuam a existir os que se fixam na área à espera da bola, mas ainda há espaço para os que levam tudo à frente, como Marega bem tem provado.


A fazer lembrar o maliano no Dragão, há Sassá no Mineirão. As comparações são sempre ingratas, mas os estilos são semelhantes: possantes, combativos, rápidos e algo desengonçados. Logicamente que Marega joga num patamar mais exigente a nível físico, técnico e tático e que é uma das figuras de uma equipa importante no futebol europeu como o FC Porto, mas para os seguidores do campeonato de português não há como não lembrar o africano quando vemos jogar o centroavante da raposa.

Na equipa de Belo Horizonte, quando Mano Menezes dá descanso ao mais experiente, versátil e eficaz Fred, é quase sempre Sassá quem salta para dentro de campo. Junto dos centrais adversários, procura insistentemente a oportunidade de se desmarcar nas costas deles e receber a bola no espaço, na cara do guarda-redes contrário - e que bom poder de desmarcação tem! Constantemente aos esticões, assim é o futebol do avançado nascido no Rio de Janeiro e formado no Botafogo.

Bastante robusto embora não muito alto (1,83 m), perde poucos duelos aéreos e faz da força o principal atributo. Além da força traduzida em velocidade, utiliza essa capacidade física para segurar a bola e jogar de costas para a baliza mesmo não sendo um portento técnico. Aguenta bem as cargas e consegue esperar alguns segundos pelo surgimento de uma linha de passe.


Logicamente que um avançado com estas características e que nunca atingiu sequer a média de meio golo por jogo não será propriamente um alvo para os principais clubes europeus, mas para equipas que não tenham a possibilidade de jogar instaladas nos meios-campos ofensivos e que se apresentem num bloco médio ou baixo, poderá estar aqui um reforço interessante e que, aos 25 anos, ainda tem alguma margem de progressão.



























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