Lembra-se de Ricardo Oliveira? Brilhou
no Betis e também jogou no Valencia, AC Milan e Saragoça na primeira década do
século XXI e representou a seleção canarinha na Copa América 2004 e na Taça das
Confederações 2005. Parece que já foi há uma eternidade que o avançado
brasileiro passou pelo futebol europeu, mas a verdade é que ele ainda joga, ao
serviço do Atlético Mineiro, e está aí para as curvas.
Aos 38 anos – completa 39 em maio
-, leva nove golos em seis jogos disputados em 2019. É verdade que cinco em
três são no Campeonato Mineiro, mas os outros quatro remates certeiros em três
partidas são nas pré-eliminatórias da Taça Libertadores, dois bis aos uruguaios do Danubio. Mesmo com
o avançar da idade, a veia goleadora não o largou. Em pouco mais de um ano no Galo, faturou 31 vezes em 62 encontros.
Nas três épocas anteriores, no Santos, superou a fasquia dos 70 golos em 140
jogos, o que lhe valeu o regresso à seleção, com cinco jogos e dois golos entre
setembro de 2015 e março de 2016 – falhou a Copa América 2016 devido a lesão,
tendo sido substituído por Jonas. No Al Jazira, clube dos Emirados Árabes
Unidos para o qual se mudou à beira dos 30 anos, somou 75 bolas na rede em 102
desafios.
Além das estatísticas, importa
olhar para o que ainda faz em campo. Mesmo sem a velocidade de outrora,
continua a mostrar um grande poder de desmarcação, a dar profundidade e
mobilidade ao ataque do seu time, a não se fixar na área, a querer contornar
os guarda-redes adversários antes de atirar para a baliza e a morder os
calcanhares aos zagueiros contrários na hora de defender.
Com esta disponibilidade, vontade
e capacidade física, os golos acabam por aparecer com naturalidade. É um matador
que remate de qualquer lado e com qualquer pé e com o qual podem contar igualmente
para a conversão de livres diretos e grandes penalidades. E talvez só não faça
balançar mais as redes porque também gosta de servir os companheiros. Um
veterano que marca e brilha.
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