sábado, 2 de fevereiro de 2013

CAN 2013 | Gana 2-0 Cabo Verde


Esta tarde, no Nelson Mandela Bay Stadium, em Port Elizabeth, o Gana venceu Cabo Verde por 2-0, num jogo a contar para os quartos-de-final da CAN 2013. Wakaso (2, um de grande penalidade) marcou ambos os golos.
                                      

Eis a constituição das equipas:


Gana



Os ganeses venceram o Grupo B, com sete pontos, fruto de duas vitórias e um empate, obtendo um “score” de 6-2 em golos.
John Boye, Christian Atsu, Emmanuel Badu, Kwadwo Asamoah, Wakaso Mubarak e Asamoah Gyan apontaram os tentos das “Estrelas Negras” na CAN 2013.


Cabo Verde



Cabo Verde (69º no Ranking FIFA) conseguiu o apuramento para os quartos-de-final ao ficar em 2º lugar no Grupo A, com cinco pontos, derivados de uma vitória e dois empates, tendo um saldo de 3-2 em golos.
Recorde-se que os cabo-verdianos eliminaram o Madagáscar (7-1 no agregado) e os Camarões (3-2) durante a qualificação.
Fernando Varela, Héldon e Platini apontaram os tentos dos “Tubarões Azuis” na CAN 2013.
Fernando Varela (ex-Trofense), Gegé e Héldon (ambos Marítimo), Nivaldo (Académica), Pecks (Gil Vicente), Carlitos (ex- Portimonense), Sténio Santos (Feirense), Babanco, Djaniny e David Silva (ambos Olhanense), Marco Soares (ex-União de Leiria), Platini (Santa Clara) e Rambé (Belenenses) integram a convocatória de Lúcio Antunes.



Cronómetro:

Gana assumiu a iniciativa nos minutos iniciais.

As “Estrelas Negras” apostavam muito no jogo aéreo de Asamoah Gyan.

22’ Héldon recebeu a bola na direita, e sem apoios, foi fletindo para o centro e rematou para fora.

Primeira parte equilibrada, com pouquíssimas situações de perigo e muito calculismo de ambas as equipas.

Intervalo.

47’ Wakaso rendeu Adomah.

51’ Ryan Mendes, lesionado, cedeu o seu lugar a Platini.

53’ Carlitos derrubou Asamoah Gyan na área cabo-verdiana, e foi assinalada uma grande penalidade, que Wakaso converteu em golo.


55’ Num lance de insistência, Héldon rematou para fora.

59’ Platini chutou muito forte, para grande intervenção de Dauda.

Depois de ter sofrido o golo, Cabo Verde foi atrás do prejuízo e estava a ser bastante perigoso no ataque.

66’ Héldon, de livre direto, não conseguiu acertar na baliza.

67’ Lúcio Antunes trocou Tony Varela por Djaniny.

78’ Christian Atsu foi rendido por Asante.

80’ Rambé entrou para o lugar de Júlio Tavares.

82’ Djaniny, à entrada da área, rematou forte para grande intervenção de Dauda.

84’ Derek Boateng substituiu Rabiu.

90+4’ Dauda travou com uma defesa extraordinária um livre cobrado por Héldon.

90+5’ Num lance de contra-ataque em que Vózinha estava na área adversária para tentar marcar na sequência de um canto, Wakaso progrediu em direção à baliza cabo-verdiana e fez o 2-0.


Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo dos ganeses.


Análise:

No primeiro tempo, assistiu-se a um jogo equilibrado, sem ocasiões de perigo, com duas equipas calculistas, que não quiseram arriscar muito, sobretudo o Gana a quem era atribuído favoritismo e não conseguiu assumir de forma explícita o controlo do encontro.
A segunda parte começou com dupla contrariedade para Cabo Verde, com a lesão de Ryan Mendes e logo a seguir o golo das “Estrelas Negras”, marcado por Wakaso, de grande penalidade.
A partir daí só deu “Tubarões Azuis”, que fizeram de tudo para chegar ao empate, construíram ocasiões de golo, mas o principal problema foi mesmo a finalização, onde houve falta de eficácia, mas também, diga-se de passagem, uma exibição extraordinária de Dauda, guarda-redes ganês que defendeu tudo.
No último minuto, na sequência de um canto favorável aos cabo-verdianos no qual o seu guardião, Vózinha, estava na área adversária, Wakaso aproveitou para conduzir um contra-ataque e fazer o 2-0 numa baliza deserta.


Analisando os atletas em campo, começando pelos do Gana
Dauda (Ashanti Gold) fez uma exibição extraordinária, com intervenções de elevado grau de dificuldade na segunda parte;
Paintsil (Hapoel Telavive) foi um lateral consistente; John Boye (Rennes) impôs o seu físico perante os atacantes cabo-verdianos; Vorsah (Red Bull Salzburgo) foi uma autêntica parede, que ía aparecendo em todo o lado para cortar lances de ataque adversários; e Afful (Espérance Tunis) deu profundidade ao seu flanco;
Rabiu (Évian) esteve muito nervoso; Badu (Udinese) e Asamoah (Juventus), ao contrário do que é habitual, deram pouca dinâmica ao miolo;
Adomah (Bristol City) apareceu pouco; Christian Atsu (FC Porto), ora à direita ora à esquerda, criou alguns desequilíbrios mas esteve longe de ter feito uma exibição consistente; e Asamoah Gyan (Al Ain) foi muito solicitado, nomeadamente no jogo aéreo, e conquistou a grande penalidade;
Wakaso (Espanhol) inaugurou o marcador na cobrança de um “penalty”, e marcou o golo da tranquilidade no último minuto; Asante (TP Mazembe) ajudou a segurar a bola longe da sua baliza; e Derek Boateng (Fulham) reforçou o miolo.


Quanto aos jogadores de Cabo Verde
Vózinha (Progresso) sofreu um golo de “penalty”, quando ainda não tinha efetuado nenhuma defesa, e no 2-0, estava na área adversária onde tentou marcar na sequência de um canto;
Carlitos (AEL Limassol) cometeu a grande penalidade que originou o 1-0 para os ganeses; Fernando Varela (FC Vaslui) nunca comprometeu; Nando (Châteauroux), muito experiente, impôs-se no eixo da defesa; e Nivaldo (Académica) foi um lateral consistente, com pouco pendor ofensivo;
Marco Soares (Omonia) apesar de ser o médio mais recuado, aventurou-se com frequência no ataque; Babanco (Olhanense) esteve forte na recuperação da bola e no passe, e cobrou livres venenosos para o interior da área; e Tony Varela (Sparta Roterdão) fez um jogo discreto, e foi sacrificado a meio do segundo tempo, quando era necessário dar maior pendor ofensivo à equipa;
Ryan Mendes (Lille) gosta de fazer movimentos diagonais a partir da esquerda para o meio, mas saiu lesionado no começo da segunda parte; Héldon (Marítimo) é tecnicamente e tacticamente dos jogadores mais evoluídos da sua seleção; e Júlio Tavares (Dijon) é um ponta-de-lança possante, que segura bem a bola;
Platini (Santa Clara) é muito veloz, tentou movimentos verticais pelo flanco esquerdo, perdeu com alguma frequência a luta corpo-a-corpo com os seus oponentes, mas também conseguiu criar desequilibrios e agitar com a equipa na reta final; e Djaniny (Olhanense) e Rambé (Belenenses) acrescentaram presença física na área adversária, mas nem eles conseguiram marcar.

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