Esta tarde, no Nelson Mandela Bay Stadium,
Eis a constituição das equipas:
Gana
Os ganeses venceram o Grupo B,
com sete pontos, fruto de duas vitórias e um empate, obtendo um “score” de 6-2
em golos.
John Boye, Christian Atsu, Emmanuel
Badu, Kwadwo Asamoah, Wakaso Mubarak e Asamoah Gyan apontaram os tentos das
“Estrelas Negras” na CAN 2013.
Cabo
Verde
Cabo Verde (69º no Ranking
FIFA) conseguiu o apuramento para os quartos-de-final ao ficar em 2º lugar no
Grupo A, com cinco pontos, derivados de uma vitória e dois empates, tendo um
saldo de 3-2 em golos.
Recorde-se que os
cabo-verdianos eliminaram o Madagáscar (7-1 no agregado) e os Camarões (3-2)
durante a qualificação.
Fernando Varela, Héldon e
Platini apontaram os tentos dos “Tubarões Azuis” na CAN 2013.
Fernando Varela
(ex-Trofense), Gegé e Héldon (ambos Marítimo), Nivaldo (Académica), Pecks (Gil
Vicente), Carlitos (ex- Portimonense), Sténio Santos (Feirense), Babanco,
Djaniny e David Silva (ambos Olhanense), Marco Soares (ex-União de Leiria),
Platini (Santa Clara) e Rambé (Belenenses) integram a convocatória de Lúcio
Antunes.
Cronómetro:
Gana assumiu a iniciativa nos minutos iniciais.
As “Estrelas Negras” apostavam muito no jogo aéreo de Asamoah Gyan.
Primeira parte equilibrada, com pouquíssimas situações de perigo e
muito calculismo de ambas as equipas.
Intervalo.
Depois de ter sofrido o golo, Cabo Verde foi atrás do prejuízo e
estava a ser bastante perigoso no ataque.
90+4’
Dauda travou com uma defesa extraordinária um livre cobrado por Héldon.
90+5’ Num lance de contra-ataque em que Vózinha estava na
área adversária para tentar marcar na sequência de um canto, Wakaso progrediu
em direção à baliza cabo-verdiana e fez o 2-0.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo dos ganeses.
Análise:
No primeiro tempo, assistiu-se a um jogo equilibrado, sem ocasiões de
perigo, com duas equipas calculistas, que não quiseram arriscar muito,
sobretudo o Gana a quem era atribuído favoritismo e não conseguiu assumir de
forma explícita o controlo do encontro.
A segunda parte começou com dupla contrariedade para Cabo Verde, com a
lesão de Ryan Mendes e logo a seguir o golo das “Estrelas Negras”, marcado por
Wakaso, de grande penalidade.
A partir daí só deu “Tubarões Azuis”, que fizeram de tudo para chegar
ao empate, construíram ocasiões de golo, mas o principal problema foi mesmo a
finalização, onde houve falta de eficácia, mas também, diga-se de passagem, uma
exibição extraordinária de Dauda, guarda-redes ganês que defendeu tudo.
No último minuto, na sequência de um canto favorável aos
cabo-verdianos no qual o seu guardião, Vózinha, estava na área adversária,
Wakaso aproveitou para conduzir um contra-ataque e fazer o 2-0 numa baliza
deserta.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Gana…
Dauda (Ashanti
Gold) fez uma exibição extraordinária, com intervenções de elevado grau de
dificuldade na segunda parte;
Paintsil (Hapoel
Telavive) foi um lateral consistente; John Boye (Rennes) impôs o seu
físico perante os atacantes cabo-verdianos; Vorsah (Red Bull Salzburgo)
foi uma autêntica parede, que ía aparecendo em todo o lado para cortar lances
de ataque adversários; e Afful (Espérance Tunis) deu profundidade ao seu
flanco;
Rabiu (Évian)
esteve muito nervoso; Badu (Udinese) e Asamoah (Juventus), ao
contrário do que é habitual, deram pouca dinâmica ao miolo;
Adomah (Bristol
City) apareceu pouco; Christian Atsu (FC Porto), ora à direita ora à
esquerda, criou alguns desequilíbrios mas esteve longe de ter feito uma
exibição consistente; e Asamoah Gyan (Al Ain) foi muito solicitado,
nomeadamente no jogo aéreo, e conquistou a grande penalidade;
Wakaso
(Espanhol) inaugurou o marcador na cobrança de um “penalty”, e marcou o golo da
tranquilidade no último minuto; Asante (TP Mazembe) ajudou a segurar a
bola longe da sua baliza; e Derek Boateng (Fulham) reforçou o miolo.
Quanto aos jogadores de Cabo
Verde…
Vózinha
(Progresso) sofreu um golo de “penalty”, quando ainda não tinha efetuado
nenhuma defesa, e no 2-0, estava na área adversária onde tentou marcar na
sequência de um canto;
Carlitos (AEL
Limassol) cometeu a grande penalidade que originou o 1-0 para os ganeses; Fernando
Varela (FC Vaslui) nunca comprometeu; Nando (Châteauroux), muito
experiente, impôs-se no eixo da defesa; e Nivaldo (Académica) foi um
lateral consistente, com pouco pendor ofensivo;
Marco Soares
(Omonia) apesar de ser o médio mais recuado, aventurou-se com frequência no
ataque; Babanco (Olhanense) esteve forte na recuperação da bola e no
passe, e cobrou livres venenosos para o interior da área; e Tony Varela
(Sparta Roterdão) fez um jogo discreto, e foi sacrificado a meio do segundo
tempo, quando era necessário dar maior pendor ofensivo à equipa;
Ryan Mendes
(Lille) gosta de fazer movimentos diagonais a partir da esquerda para o meio,
mas saiu lesionado no começo da segunda parte; Héldon (Marítimo) é
tecnicamente e tacticamente dos jogadores mais evoluídos da sua seleção; e Júlio
Tavares (Dijon) é um ponta-de-lança possante, que segura bem a bola;
Platini (Santa
Clara) é muito veloz, tentou movimentos verticais pelo flanco esquerdo, perdeu
com alguma frequência a luta corpo-a-corpo com os seus oponentes, mas também
conseguiu criar desequilibrios e agitar com a equipa na reta final; e Djaniny
(Olhanense) e Rambé (Belenenses) acrescentaram presença física na área
adversária, mas nem eles conseguiram marcar.
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