Terminada a edição 2011/2012 da Liga ZON Sagres, que coroou o FC Porto como campeão nacional, é altura de escolher o onze ideal.
Guarda-Redes:
Depois da desilusão que foi Roberto na temporada transata, o Benfica não perdeu tempo em ir ao mercado e contratar a custo-zero um dos bons guardiões do nosso campeonato, daqueles que valem pontos, e a escolha em Artur Moraes foi a mais acertada.
A sua segurança nas saídas e reflexos fizeram de si um dos pilares da equipa.
Defesas-Centrais:
Em 2010/2011, Maicon ganhou espaço no FC Porto, alternando com Otamendi um lugar no eixo da defesa ao lado de Rolando. Esta temporada, Vítor Pereira mexeu várias vezes em quase todas as peças do quarteto defensivo, o brasileiro até atuou boa parte da época como lateral, no entanto, quando regressou ao centro, revelou toda a sua qualidade e encostou mesmo o internacional português ao banco de suplentes. No chamado jogo do título, no Estádio da Luz, marcou o golo da vitória frente ao Benfica.
Muitas são as vezes que ouvimos falar em dificuldades de adaptação de um jogador a um novo clube, campeonato e país, no entanto, há sempre aqueles que chegam, veem, jogam e fazem-no com qualidade, e um exemplo disso é claramente Ezequiel Garay, que veio diretamente da Copa America, onde representou a Argentina, para o eixo defensivo encarnado, mostrando uma regularidade incrível e fazendo esquecer David Luiz.
Defesas-Laterais:
Provavelmente, a escolha que irá gerar mais controvérsia. Face às lesões no lado direito da defesa bracarense, Leonardo Jardim viu-se obrigado a inventar uma solução, que passou pela adaptação de Leandro Salino a lateral. Anteriormente, um box-to-box, as funções que passou a desempenhar não foram totalmente diferentes, afinal, continuou a subir e a descer pelo terreno, mas desta vez, pelo flanco, e partindo de uma posição mais recuada.
Foi um dos pilares do Sp. Braga, até à sua lesão, acabando bem rendido por Miguel Lopes.
Estas escolhas muitas vezes não dependem do jogador que é, mas sim do jogador que está, e Alvaro Pereira, não hajam dúvidas, é o melhor lateral-esquerdo em Portugal. No entanto, a cabeça do uruguaio deveria estar em Londres, onde chegou a ser apontado como reforço do Chelsea, e não conseguiu realizar uma época ao nível da anterior, terminando-a mesmo com um problema disciplinar interno.
Quem foi dando nas vistas, noutras paragens (leia-se Sporting), foi Insúa, vindo a custo-zero, depois de uma passagem pelo Liverpool, assumindo-se titular assim que chegou, assinando duas assistências e um golo nos dois primeiros jogos, repetindo passes decisivos e tentos durante a temporada, trazendo também mais agressividade e profundidade ao flanco esquerdo dos leões, tornando a equipa mais ampla.
Médios:
Muitos nem dão por ele, não lhe reconhecem a importância que tem, tão discreto que é, no entanto, reparando nas suas movimentações e na dos companheiros que sobem pelo terreno, nas zonas que pisa, repara-se que Fernando é um trinco com um sentido posicional muito evoluído, que está onde é preciso, liberta os médios interiores para outras funções (mais ofensivas) e ainda é um excelente recuperador de bolas e também muito bom a cortar linhas de passe, razões pelas quais lhe chamam “polvo”.
Para os que durante anos falaram da polivalência de Ruben Amorim do Benfica, o que dizer de Witsel que durante a temporada atuou em tantas posições, e mantendo uma qualidade técnica, intensidade e nível exibicional altíssimos? Foi lateral-direito, trinco, médio-ala, médio-interior e até atrás do(s) avançado(s), mas foi como box-to-box (8), que jogou a maioria dos jogos, fazendo a ponte entre o meio-campo defensivo (Javi Garcia) e o ofensivo (Aimar).
Dos melhores atletas do nosso campeonato, que será certamente muito difícil de segurar.
Hugo Viana já foi das maiores promessas do futebol português, já esteve no estrangeiro, já voltou, saiu novamente e quando regressou, até nem foi pela maior porta que poderia esperar, apareceu no Sp. Braga no Verão de 2009 depois de uma aventura falhada em Valência. Dotado de uma qualidade de passe e colocação de bola das melhores à escala nacional e de fazer inveja a muitos internacionalmente, foi das principais figuras dos bracarenses e do próprio campeonato, realizando das suas melhores temporadas de sempre. Como principal defeito, que lhe retirou o passaporte para o EURO 2012, está a pouca intensidade que tem para um nível de top, já que se lhe retirarem um pouco de espaço e tempo, já mostrou que não se consegue impor.
Avançados:
Andou apagado durante a primeira parte da época, provavelmente, também com a cabeça noutro clube que não o FC Porto, estando longe da forma que já tinha demonstrado, parecendo previsível e pesado, e só chamou à atenção pela permanente que fez ao cabelo.
A partir de Janeiro/Fevereiro, Hulk reinventou-se, mostrou por que razão muitos lhe atribuem o rótulo de melhor jogador do campeonato, marcou bastantes mais golos, incluindo nos jogos cruciais diante de Benfica e Sp. Braga.
No início da temporada prometeu 30 golos, é verdade que não conseguiu, mas parecendo uma meta quase impossível de alcançar (até pela pouca produtividade na fase inicial da temporada), Lima quase que cumpriu a promessa.
Marcou tantas vezes na Liga ZON Sagres como o melhor marcador da prova, perdendo apenas por ter atuado em mais uma partida, fator de desempate. Esteve apenas a um pequeno passo de ser o primeiro arsenalista a conseguir tal feito.
Nem sempre compreendida a sua indiscutível titularidade no onze encarnado, Cardozo respondeu com golos, e foram vinte, os que fizeram do paraguaio no melhor marcador do campeonato, portanto, por muitos que tenha falhado (fazendo querer que outros seriam melhor opção para o lugar), merece estar entre os eleitos para equipa ideal.
Treinador:
Vítor Pereira foi o treinador campeão, mas tendo em conta que liderou o FC Porto, clube que praticamente tem feito dos técnicos campeões e não o contrário, e até pela contestação de que foi alvo, sobretudo pela inconstância exibicional e eliminação precoce na Taça de Portugal.
Com Jorge Jesus a não conseguir gerir o esforço dos seus jogadores na reta final da temporada, Domingos Paciência/Sá Pinto a construírem o 4º lugar do Sporting, e Pedro Martins a realizar algo de ótimo com o Marítimo, mas nada do outro mundo, resta Leonardo Jardim, que pegou num Braga que viu sair muitos dos seus jogadores, viu muitos a não acreditarem em nova grande campanha dos bracarenses, que o ciclo de sucesso dos minhotos já tinha terminado, sobretudo com a renovação do Sporting, e até porque o técnico madeirense ainda não tinha feito nada de absolutamente extraordinário como treinador, no entanto, e apesar de ser alvo de assobiadelas na primeira volta do campeonato, conseguiu uma série incrível de 13 vitórias consecutivas, chegou a liderar a Liga a poucas jornadas no final, mas duas derrotas seguidas frente a Benfica e FC Porto roubaram-lhe o sono. Ainda assim, terminou em 3º, segunda melhor classificação de sempre dos bracarenses.
em antes de publicar coisas destas faz coisas de útil para a sociedade e vê se aprendes algumas coisas de futebol que vê-se que não percebes nada
ResponderEliminarEnquanto senhores do futebol como Paulo Futre me derem força, enquanto outros de divisões inferiores virem e gostarem do meu trabalho, tal como outros anónimos... cada crítica não construtiva não passa de isso mesmo.
EliminarAchei o Rui Patricio o melhor Guarda Redes, Leandro Salino não concordo achei que o Maxi foi o unico jogador que se aproveitou esta epoca no Benfica e por fim apesar do Cardozo ter sido o melhor marcador não me diz muito no seu lugar punha o Hugo Vieira
ResponderEliminarO Rui Patrício brilhou mais que Artur, sem dúvida, mas também falhou mais, por isso, escolhi o brasileiro pela maior regularidade.
EliminarO Maxi Pereira apesar de muito intenso, técnica e tacticamente é fraco, e foram muitas as vezes que as suas subidas proporcionaram autênticos buracos defensivos e daí muitos golos sofridos. Aliás, os golos que o Benfica sofreu foi mais por falhas nas laterais do que no centro da defesa.
Quanto à questão do Cardozo, creio que um melhor marcador tem de estar sempre presente neste tipo de eleições, faz todo o sentido. Mas compreendo a sua posição...
Joao pereira a lateral direito
ResponderEliminarEstive em dúvida entre ele e o Salino até final, mas a sua inconstância disciplinar acabou por marcar a diferença, até porque ao Salino poucas são as falhas a lhe atribuir enquanto ocupou essa posição.
EliminarSó que não quer ver é que não mete nem Rui Patricio, nem João Pereira nem Wolswinkel.
ResponderEliminarWolfswinkel? Talvez para o ano.
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