Barreirense e Juventude competem no Campeonato de Portugal |
O Barreirense
contabiliza mais de duas dezenas de participações na I
Divisão, enquanto o Juventude
de Évora nunca esteve no primeiro
escalão, mas desde o final da década de 1970 que ambos emblemas têm sido
por várias vezes concorrentes diretos no mesmo campeonato.
Rogério Contreiras (guarda-redes)
Rogério Contreiras |
Guarda-redes natural de Castro
Verde, iniciou-se no futebol nas camadas jovens do Barreirense,
tendo ainda feito parte da equipa sénior em 1941-42, época marcada pela
conquista do Campeonato de Setúbal e do 6.º lugar na I
Divisão, embora Rogério Contreiras não tivesse jogado no campeonato.
Depois mudou-se para Os Fósforos,
emblema lisboeta que anos mais tarde deu origem ao Oriental,
e passou pelo Vianense
antes de representar o Benfica
ao longo de três temporadas, tendo conquistado um título nacional e uma Taça
de Portugal.Já entre 1950-51 e 1957-58 defendeu a baliza do Juventude de Évora, tendo, logo na época de estreia, conquistado o título nacional da III Divisão. Pelo meio, em 1955-56, teve uma curta passagem pelo Académico de Viseu.
Haveria de falecer em março de 1990, aos 68 anos.
Monzelo (defesa central)
Monzelo |
Defesa central/médio defensivo
natural de Alcochete e formado e revelado pelo Montijo,
passou por Oriental e Imortal antes
de ingressar no Barreirense
durante o verão de 1998.
Maioritariamente titular no Dom
Manuel de Mello durante as seis temporadas que representou o clube na
II Divisão B, fez parte das equipas que em 1998-99 e 2003-04 estiveram bastante
perto da subida à II
Liga.Em 2004-05 fez uma pausa no futebol, mas voltou à atividade em 2005-06 para representar o Alcochetense, de onde saiu para o Juventude de Évora no verão de 2006, tendo contribuído para a subida à II Divisão B em 2006-07, ainda que não tivesse conseguido impedir a despromoção à III Divisão na temporada seguinte.
Depois de passagens por Lusitano Évora, Atlético Reguengos e Olímpico Montijo voltou ao Barreiro para encerrar a carreira em 2012-13, coroando a despedida com a subida ao recém-criado Campeonato de Portugal.
Diogo (defesa central)
Diogo |
Médio angolano
de características defensivas, surge neste onze ideal por uma questão de
conveniência, devido à falta de alternativas.
Formado no Barreirense,
transitou para a equipa principal em 1987-88, tendo feito parte da equipa que
em 1989-90 esteve quase a subir à I
Liga e que acabou por se apurar para a edição inaugural da II
Liga, em 1990-91.No verão de 1993 mudou-se para o Maia e nas épocas que se seguiu representou Sp. Espinho, novamente Maia, Feirense, União de Montemor, Amora e Operário Lagoa, tendo ingressado no Juventude de Évora a meio da temporada 1999-00, marcada pela despromoção à III Divisão Nacional. Pelo meio tornou-se internacional angolano e marcou presença na CAN 1996.
Entretanto emigrou para a Suíça, onde encerrou a carreira de futebolista e permaneceu a trabalhar noutras aéreas.
Farinha (lateral direito)
Farinha |
Lateral direito formado na Quimigal [atual Fabril],
passou ainda por Luso e Palmelense antes
de reforçar o Barreirense no
verão de 1997.
Titular indiscutível no lado
direito da defesa alvirrubra durante
a meia dúzia de épocas que passou no clube, disputou um total de 167 encontros
(161 a titular) e apontou três golos, tendo feito parte da equipa que em
1998-99 ficou a apenas um ponto de subir à II
Liga.Em 2003 deixou o Dom Manuel de Mello, tendo passado pelo Olivais e Moscavide antes de passar pela primeira vez pelo Juventude de Évora no início da época 2005-06, na altura para competir na III Divisão.
Na temporada seguinte, já depois de meio ano no Pinhalnovense, regressou ao emblema alentejano para contribuir para a promoção à II Divisão B. Em 2008-09, após mais uma passagem pelo Pinhalnovense, regressou novamente aos eborenses.
José Luís (lateral esquerdo)
José Luís |
Lateral/extremo nascido em Cabo
Verde, baixo (1,73 m), mas bastante potente e capaz de jogar nas duas alas,
entrou em Portugal como voluntário para a Marinha e começou a jogar futebol ao
serviço do União
de Montemor, de onde saltou para o Juventude
de Évora em 1975.
Ao serviço das águias
azuis fez parte da equipa que 1977-78 esteve a um pequeno passo da promoção
à I
Divisão.Valorizado, deu o salto para o Vitória de Setúbal e posteriormente para o FC Porto, tendo ainda passado por Sanjoanense, Lusitano de Évora e Farense antes de voltar a vestir a camisola do Juventude de Évora entre 1984 e 1986, tendo contribuído para a subida à II Divisão Nacional em 1984-85, ainda que não tivesse conseguido impedir a despromoção à III Divisão na temporada seguinte.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Barreirense, já com 35 anos, mas esteve no Dom Manuel de Mello apenas na época 1986-87, para competir na II Divisão Nacional.
Na época seguinte passou pela última vez pelo Juventude, contribuindo para mais uma promoção à II Divisão.
Paulo Barreto (médio centro)
Paulo Barreto |
Médio formado no Barreirense,
transitou para a equipa principal em 1979-80, época marcada pela surpreendente
despromoção à III Divisão. Porém, na época seguinte ajudou os alvirrubros
a regressar à II Divisão.
Seguiram-se passagens por Odivelas
e Beira-Mar
antes de mais dois anos no Dom
Manuel de Mello entre 1985 e 1987, em ambos a competir na II Divisão
Nacional.Já entre 1987 e 1991 vestiu a camisola do Juventude de Évora, tendo contribuído em 1987-88 para a subida à II Divisão, patamar no qual competiu nas três épocas seguintes.
Rui Pedro (médio ofensivo)
Rui Pedro |
Médio ofensivo natural de Almada
e internacional jovem por Portugal, jogou ao lado de Futre nos
juvenis do Sporting,
mas foi no Benfica que
conclui a formação e iniciou o seu trajeto enquanto sénior, tendo
inclusivamente saboreado a conquista de um campeonato, duas Taças
de Portugal e uma Supertaça.
No entanto, a falta de
oportunidades na Luz levou-o a empréstimos a Vitória
de Setúbal, Varzim
e O
Elvas, tendo ainda passado pelo Montijo
antes de representar o Juventude
de Évora em 1993-94, na altura para competir na II Divisão B.Depois de mais dois anos no Montijo, ingressou no Barreirense no verão de 1996, tendo deixado a sua marca no Dom Manuel de Mello ao longo de quatro anos, tendo feito parte da equipa que esteve a um pequeno passo de assegurar a promoção à II Liga em 1998-99. “Curiosamente, quando cheguei ao Barreiro pela primeira vez, nem gostei nada da cidade. Achei tudo muito confuso. Aprendi a gostar da terra e ainda mais do Barreirense”, afirmou ao zerozero em agosto de 2023.
Presentemente trabalha na Academia do Barreirense, depois de ter assumido a função de diretor desportivo assim que encerrou a carreira, em 2000. “Deixei de jogar no clube em 2000 e passei logo a ser diretor desportivo. Team manager, se preferirem. Num clube pequeno nós temos de fazer um bocado de tudo. Entretanto, o Barreirense desceu de divisão, não há dinheiro em lado nenhum e eu passei a trabalhar na academia de futebol infantil. Trato das inscrições dos miúdos na associação, na federação, trato também dos pagamentos das mensalidades, enfim, é esse o meu dia a dia. Estou no Barreirense desde 1996, sempre em full time, sou mesmo funcionário do clube”, explicou.
Mário Pinto (médio ofensivo)
Mário Pinto |
Médio/extremo esquerdo de baixa
estatura (1,63 m) natural de Peso da Régua e que chegou a ser convocado para a
seleção nacional de sub-21, concluiu a formação e iniciou o percurso como
sénior no União
de Tomar, clube pelo qual chegou a jogar na I
Divisão.
Dos nabantinos mudou-se para o Juventude
de Évora, tendo representado as águias
azuis apenas durante a temporada 1979-80, na II Divisão Nacional.Seguiram-se passagens por Amora, Vitória de Setúbal e Barreirense antes de ingressar no Barreirense no verão de 1986, tendo competido sempre na II Divisão.
Joaquim Afonso (avançado)
Joaquim Afonso |
Avançado nascido no Bairro das
Palmeiras, no concelho do Barreiro, tinha a alcunha de “Estola”.
Formado no Barreirense,
transitou para a equipa principal em 1949-50, tendo contribuído para a
conquista do título nacional da II Divisão na época seguinte e disputado um
jogo na I
Divisão em 1951-52.Em 1953-54 representou o Juventude de Évora, na II Divisão Nacional, mas depois voltou a vestir a camisola do Barreirense entre 1954 e 1958, tendo somado mais 30 jogos e dois golos no primeiro escalão ao longo desse período.
Bolota (avançado)
Bolota |
Ponta de lança possante e
aguerrido, antes de se notabilizar no futebol foi forcado amador em Alcochete,
sua terra natal.
Foi precisamente no Alcochetense
que começou a carreira e de onde se mudou para o Barreirense
no verão de 1966, tendo passado quatro épocas no emblema
alvirrubro, tendo contribuído para as conquistas dos títulos nacionais da
II Divisão em 1966-67 e 1968-69. Paralelamente, amealhou apenas três jogos na I
Divisão, tendo dado um pequeno contributo para a obtenção do quarto lugar
no primeiro
escalão em 1969-70, embora em 1967-68 não tenha conseguido impedir a
despromoção à II Divisão.Nas temporadas que se seguiram representou o Montijo (em três passagens distintas), o União de Tomar e os norte-americanos do Rochester Lancers antes de vestir a camisola do Juventude de Évora entre 1979 e 1981, tendo feito parte da equipa que esteve perto de alcançar a promoção à I Divisão em 1980-81.
Coentro Faria (avançado)
Coentro Faria |
Avançado natural de Pinhal Novo,
concelho de Palmela, concluiu a formação no Benfica,
mas quando subiu a sénior foi obrigado a procurar a sorte noutras paragens,
tendo representado Portimonense,
Gouveia,
Sp.
Covilhã, Montijo
e os angolanos do Moxico antes de ingressar no Barreirense
no verão de 1977.
Se na primeira época no Dom
Manuel de Mello contribuiu para a promoção à I
Divisão, na segunda disputou 23 jogos e marcou seis golos no primeiro
escalão, naquela que foi a última presença dos alvirrubros
no patamar
maior do futebol português, mas mostrou-se impotente para impedir a
despromoção à II Divisão.Seguiram-se passagens por Vitória de Guimarães e Vitória de Setúbal antes de vestir pela primeira vez a camisola do Juventude de Évora em 1980-81, época em que os eborenses estiveram a um pequeno passo de subir à I Divisão.
Depois de uma temporada no Estoril, regressou às águias azuis em 1982-83 para competir mais uma vez na II Divisão Nacional.
Pietra (treinador)
Pietra |
Não havia muito por onde
escolher. Ou Carlos Cardoso, que ao leme do Barreirense
desceu à III Divisão em 1979-80 e à II Divisão B em 1990-91 e que no comando
técnico do Juventude
de Évora foi despromovido à III Divisão em 1994-95, ou Pietra.
O antigo lateral direito
internacional português, que brilhou no Belenenses
e no Benfica,
passou pelo comando técnico das águias
azuis em 1992-93 e 1993-94, épocas em que foi assegurada a permanência na
II Divisão B, e foi um dos treinadores que o Barreirense
teve em 2000-01, temporada em que os alvirrubros
alcançaram um honroso 3.º lugar no campeonato da Zona Sul da II B.
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