A minha primeira memória de… um jogo entre Paris Saint-Germain e Rennes

Fértet marcou o golo da vitória do Rennes de livre direto

Não sendo o campeonato francês o mais apetecível dos campeonatos, comecei a prestar-lhe mais alguma atenção aquando do nascimento deste poderoso Paris Saint-Germain, que é como quem diz, desde que o qatari Nasser Al-Khelaifi passou a tomar conta do clube.

 

Após falhar a conquista da Ligue 1 em 2011-12, tendo perdido a corrida para o Montpellier, o emblema parisiense apareceu na época seguinte com um plantel fortalecido, tendo em conta que Thiago Silva, Lucas Moura, Ezequiel Lavezzi, Zlatan Ibrahimovic e Marco Verratti se juntaram a um grupo onde já constavam os nomes de Javier Pastore, Thiago Motta, Jérémy Ménez, Blaise Matuidi, Kévin Gameiro, Mohamed Sissoko, Alex, Salvatore Sirigu e Maxwell. O treinador era o conceituado Carlo Ancelotti.

 

Ainda assim, o PSG não estava propriamente a passear na liderança da tabela classificativa. À entrada para a 13.ª jornada, o conjunto da capital gaulesa era primeiro classificado, mas em igualdade pontual com o Marselha e tinha apenas mais um ponto do que o Lyon, equipas que até tinham um jogo a menos. A missão de conquistar o título nacional pela terceira vez, depois dos longínquos sucessos em 1985-86 e 1993-94, não parecia propriamente fácil.

 

Neste jogo concreto, a receção ao Rennes, o PSG não podia contar com os castigados Sakho, Van der Wiel e Zlatan Ibrahimovic (melhor marcador do campeonato na altura), assim como com os lesionados Bodmer, Thiago Motta e Jallet.

 

Do outro lado estava um Rennes que, em caso de triunfo, ficaria a apenas um ponto dos parisienses. Os nomes mais sonantes do plantel às ordens de Frédéric Antonetti eram o do guarda-redes francês Benoit Costil, os dos médios defensivos Yann M’Vila (francês) e Jean Makoun (camaronês), o do extremo burquinense Jonathan Pitroipa e o do ponta de lança turco Mevlut Erdinc.

 

Embora o jogo fosse no Parc des Princes, a primeira equipa a marcar foi o Rennes, por intermédio de Romain Alessandrini, a aproveitar as sobras de um passe de Julien Féret desviado por Zoumana Camara (13 minutos).

 

A resposta parisiense surgiu por parte de Nenê. Primeiro o médio ofensivo brasileiro para defesa de Costil para o poste (18’), depois marcou mesmo, através de um chapéu perfeito ao guarda-redes do Rennes.

 

Pouco depois do golo da igualdade, a missão ficou aparentemente mais facilitada para o PSG, com Costil a ser expulso com cartão vermelho direto após derrubar Ménez, que apareceu isolado ainda fora da área (25’).

 

Ainda assim, que se recolocou em vantagem foi o Rennes, através de um livre direto executado por Féret (34’).

 

No início do segundo tempo, a equipa visitante ficou inclusivamente reduzida a nove unidades, devido à expulsão por duplo cartão amarelo de Makoun (52’), mas nem com dois homens a mais o PSG se mostrou capaz de evitar a derrota.

 

Numa crónica redigida para este blogue, salientei o “início de jogo equilibrado e com um ritmo elevado” coroado com o golo de Alessandrini, que despertou o PSG. Também referi que o Rennes “praticamente abdicou de atacar” após ter ficado reduzido a nove, o que levou a “um jogo praticamente de sentido único até final”.

 

Individualmente elogiei o “ágil” e “quase sempre bem posicionado” Thiago Silva, a “visão de jogo e capacidade de passe” de Pastore, a “grande capacidade técnica” de Nenê” e o “muito veloz” Lavezzi do lado do PSG, e a “a qualidade de passe” de Féret, o “rápido e agressivo” Pitroipa e “desequilibrador” Alessandrini da parte do Rennes.