A minha primeira memória de… um jogo entre Belenenses e Sporting B

Rambé e Tiago Ilori disputam a bola no jogo aéreo

A minha primeira memória de um jogo entre Belenenses e Sporting B é referente, precisamente, ao primeiro encontro de sempre entre as duas equipas, a 9 de janeiro de 2013, um jogo em atraso da 14.ª jornada da II Liga.

 

Embora fosse uma partida do segundo escalão, era uma partida aliciante para assistir nessa quarta-feira à noite, pois opunha no Restelo os dois primeiros classificados da prova, mesmo tendo ambas as equipas menos um jogo que as demais. Os azuis, orientados por Mitchell van der Gaag e com o sangue novo de Filipe Ferreira, Tiago Silva e Fredy, lideravam o campeonato com nove pontos de vantagem (ao cabo de 20 rondas) sobre os bês leoninos de José Dominguez, que se apresentaram em Belém com jogadores como Santiago Arias, Tiago Ilori, João Mário, Carlos Mané, Iuri Medeiros e Bruma no onze inicial. Na altura sentia que estes e alguns outros futebolistas iam ser a estrelas do futuro, pelo que era sempre interessante acompanhar o seu crescimento.

 

O Belenenses, que contava por vitórias todos os jogos disputados no seu estádio até então e tinha a melhor defesa da II Liga, até se superiorizou ligeiramente na fase inicial da partida, mas acabou por ser o Sporting B a marcar primeiro. Na sequência de uma bonita combinação entre Arias e João Mário, o colombiano rematou para defesa de Matt Jones, mas na recarga Carlos Mané inaugurou o marcador. Estavam decorridos 42 minutos.

 

Após o intervalo, Arsénio rendeu o lesionado Fredy e entrou com todo o gás na partida, ao fazer a assistência para o golo do empate, apontado por Desmarets, aos 51’.

 

Depois de quase meia hora intensa, mas sem grandes oportunidades para marcar, Tiago Silva ganhou espaço pela direita e cruzou para o interior da área, onde o gigante avançado francês Mamadou Diawara (1,92 m) saltou mais alto do que toda a gente e cabeceou para o 2-1 final (77’).

 

Numa crónica redigida para este blogue, escrevi que a primeira parte foi “muito morna, com poucas oportunidades para marcar” e que no segundo tempo “o ritmo aumentou”, com o resultado a acabar por traduzir a superioridade demonstrada pelo conjunto orientado por Mitchell van der Gaag.

 

Individualmente, da parte do Belenenses destaquei a concentração de Matt Jones, a “dupla de centrais sólida e serena” composta por João Meira e Kay, o “critério” de Fernando Ferreira, o “desequilibrador” Fredy e “o possante” Rambé, que mostrou “capacidade para segurar a bola”. Do lado sportinguista salientei a “profundidade” dada ao corredor direito por Arias, a “classes” e os “passes precisos e com critério, mesmo em situações mais apertadas” de João Mário e a rapidez de Carlos Mané.