sábado, 6 de outubro de 2018

A minha primeira memória de… um clássico entre Benfica e FC Porto

Pavlin e Calado numa disputa de bola a meio-campo
Recuemos novamente a 2000, como em tantas outras vezes nesta rubrica. Foi esse o ano em que me tornei verdadeiramente um adepto de futebol. Do 8 passei ao 80. Não havia jogo que passasse na televisão que eu falhasse.

Na altura, a RTP1 tinha uma oferta vasta no que a futebol diz respeito, transmitindo um jogo por jornada da I Liga, incluindo os principais clássicos. Quis o destino que a época 2000/01 tivesse um FC Porto–Benfica logo na ronda inaugural, em tempos em que não se sonhava com sorteios condicionados – na temporada seguinte, o campeonato arrancou com um Sporting–FC Porto.


Na tarde de verão de 19 de agosto (sábado), defrontavam-se dois rivais algo fragilizados. No espaço de poucos meses, os dragões de Fernando Santos tinham perdido o campeonato para o Sporting, viram sair o grande goleador Mário Jardel para os turcos do Galatasaray – Pena ainda não tinha sido contratado - e ficaram privados do lesionado Vítor Baía durante largos meses. O Benfica de Jupp Heynckes, por seu turno, estava há seis anos sem o título nacional, há quatro sem qualquer troféu e tinha ficado sem as estrelas João Vieira Pinto e Nuno Gomes nesse defeso.

Os azuis e brancos, porém, estavam alguns furos acima e resolveram o assunto ainda no decorrer da primeira parte. O médio russo Dmitri Alenichev, que uma semana antes tinha marcado ao Sporting na primeira mão da Supertaça, inaugurou o marcador aos 23 minutos, na execução de um livre que ainda desviou na barreira benfiquista (em Calado). Jorge Costa aumentou a vantagem aos 43’, ao cabecear certeiro ao primeiro poste em resposta a um livre lateral de Ljubinko Drulović pelo lado direito.


Pouco mais de um minuto depois do FC Porto ter chegado ao 2-0, ficou em vantagem também no que concerne a número de jogador, devido ao segundo amarelo do lateral paraguaio Ricardo Rojas, por falta sobre Capucho junto à área encarnada.

O contexto poderia ter propiciado um resultado ainda mais volumoso, mas a segunda parte não trouxe mais golos. Tenho de admitir que já não me recordava bem dos golos e de algumas das incidências da partida, mas tinha presente o resultado, a jornada, o cenário e de uma frase do narrador: “Capucho disse que não aguentava mais e Fernando Santos chamou imediatamente Cândido Costa.” Tantos anos depois, pude comprovar. Foi proferida aos 69 minutos.

Nessa já longínqua temporada, FC Porto e Benfica defrontaram-se por mais três vezes, curiosamente num espaço de seis dias, em janeiro, numa fase da época em que o Benfica estava na mó de cima e ia galgando alguns lugares na tabela classificativa, já com Toni como homem do leme – substituiu José Mourinho em dezembro. Nesses três jogos houve resultados para todos os gostos: empate na Luz para os oitavos de final da Taça de Portugal (1-1) a 17 de janeiro de 2001, vitória das águias na Luz para o campeonato (2-1) a 21 de janeiro e goleada do FC Porto nas Antas (4-0) no desempate da eliminatória da Taça a 23 de janeiro.


























E para o caro leitor, qual foi o primeiro clássicos entre Benfica e FC Porto de que tem memória? E quais foram os melhores e mais marcantes clássicos de sempre?

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