Se José Mourinho passou a
temporada passada com um discurso que apontava para que o Chelsea não fosse
candidato a qualquer título, este ano o caso muda de figura.
O técnico português já formalizou
a candidatura à sua terceira Premier League e conta com uma série de reforços
que lhe aumentam a qualidade do plantel, mas também a exigência.
Quis um homem-golo, chegou Diego
Costa e ainda um dos seus meninos bonitos, Didier Drogba, que para além da
função de fazer balançar as redes, será, juntamente com Petr Cech e John Terry,
um dos donos das chaves do balneário.
A vinda do costa-marfinense,
nesse sentido, pode será fulcral, até porque Frank Lampard e Ashley Cole
abandonaram o clube e com o aval do treinador. Os dois atletas, históricos nos blues, estão em final de carreira e
foram substituídos pelo sangue novo de Cesc Fàbregas e Filipe Luis nas
respetivas posições.
José Mourinho quis e David Luiz,
com quem tinha mostrado algumas incompatibilidades no final da época passada, rumou
a outras paragens, fazendo os londrinos encaixar €50 milhões. A verba, para já,
ainda não foi utilizada na compra de um outro central, ou até de um
médio-defensivo, posição que o brasileiro ocupou em grande parte do tempo. Para
o eixo defensivo deverá mesmo chegar uma nova opção, até porque só há cinco
opções credíveis na defesa: Azpilicueta, Terry, Ivanovic, Cahill e Filipe Luis.
Depois, restam vários internacionais sub-21 mas pouco rodados ao mais alto
nível, como Zouma (França), Nathan Aké (Holanda), Andreas Christensen
(Dinamarca) e Todd Kane (Inglaterra).
Para o ataque abundam soluções,
tal como na baliza. Pela primeira vez em catorze anos de carreira, o special one poderá escolher entre dois
guarda-redes de topo: Petr Cech e Thibaut Courtois.
Com um plantel à imagem do que
sempre sonhou, aumenta a pressão para José Mourinho. Passou dois anos em
branco, está com uma imagem desgastada pelas constantes farpas que lança em
várias direções e tem o mais invejável dos currículos: duas Ligas dos Campeões,
às quais se juntam duas ligas em quatro anos e meio em Inglaterra. É verdade
que Arsène Wenger conseguiu três, mas está no Arsenal há quase duas décadas.
Seria necessária uma enorme dose
de criatividade para o setubalense justificar, em maio de 2015, nova travessia
no deserto. Acabaram-se as desculpas, Mou.
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