A minha primeira memória de… um jogo entre Atlético Madrid e Granada

Colchonero Falcao na luta com os defesas do Granada

Ainda não é um clássico do futebol espanhol, mas em 2012-13 eu fiz questão de acompanhar muitos jogos de La Liga, sobretudo das principais equipas, entre elas o rejuvenescido Atlético Madrid, que com Diego Simeone finalmente aliou o poder de fogo que vinha a ter, com homens como Fernando Torres, Simão, Reyes, Aguero, Forlán e Falcao no ataque, à consistência defensiva que faltava. De facto, essa consistência defensiva até ultrapassou o poder de fogo ofensivo desde a chegada do treinador argentino à capital espanhola, em dezembro de 2011.

 

A 18 de novembro de 2012, assisti à deslocação dos colchoneros ao terreno do Granada, a contar para a 12.ª jornada do campeonato, numa altura em que os rojiblancos eram os principais perseguidores do líder Barcelona e os andaluzes orientados por Juan Antonio Anquela estavam ligeiramente acima da zona de despromoção.

 

O Granada entrou bem no jogo, com El-Arabi muito ativo no ataque: cabeceou para fora aos 9 minutos, rematou para defesa de Courtois aos 30’ e serviu Torje para um remate ao poste aos 35’.

 

No início do segundo tempo, Simeone viu-se obrigado a operar duas substituições que viriam a revelar-se decisivas: saíram Adrián López e Raúl Garcia, entraram Diego Costa e Koke. E o avançado hispano-brasileiro e o médio espanhol construíram o único golo do encontro à passagem da hora de jogo, com Arda Turan a encarregar-se da finalização.

 

Até ao apito final o Atlético ficou reduzido a dez, devido à expulsão de Mario Suárez por acumulação de amarelos, o que levou Simeone a fazer entrar o médio português Tiago para compor o meio-campo, mas os colchoneros não passaram por qualquer momento de aflição para assegurar os três pontos.

 

Numa crónica redigida para este blogue, salientei o bom começo do Granada, com um “futebol dinâmico e ofensivo na primeira parte, tendo criado as principais oportunidades para marcar, incluindo um remate de Torje ao poste”. No segundo tempo, “a toada do encontro manteve-se”, mas a superior qualidade dos jogadores colchoneros acabou por fazer a diferença.

 

Individualmente, do lado do Granada destaquei as “várias intervenções complicadas” a que o guarda-redes Toño foi obrigado, o “impecável” e “autoritário no jogo aéreo” Diakhaté, a “propensão ofensiva” de Siqueira (que viria a jogar no Benfica na época seguinte), o “rotativo” Mikel Rico, os “desequilíbrios” criados por Brahimi (futuro jogador do FC Porto), a “velocidade” de Dani Benítez e o perigo causado por El-Arabi. Em relação aos jogadores do Atlético, realcei a dupla sólida composta por Miranda e Godín, o “empenhado” Arda Turan e um Diego Costa que “agitou o jogo”.