Vilafranquense compete na II Liga desde 2019-20 |
Fundado a 12 de abril de 1957,
a União
Desportiva Vilafranquense resultou da fusão de quatro coletividades
existentes em Vila Franca de Xira: Operário, Águia, Hóquei e Ginásio. O intuito
passava por criar um clube maior e mais representativo, que tem tido o ponto
mais alto da sua história desde 2019, com a subida à II
Liga.
Em termos futebolísticos, a União
Desportiva Vilafranquense acabou por suceder ao Grupo Futebol Operário Vilafranquense,
nascido a 6 de março de 1913 e que no final da década de 1930 e nos anos 1940
participou na II Divisão Nacional; e ao Águia Sport Clube Vilafranquense,
clube satélite do Belenenses,
fundado a 3 de maio de 1924 e que também competiu na II Divisão durante a
década de 1940.
Até à ascensão às ligas
profissionais o mais significativo que as Piranhas
do Tejo tinham alcançado foram duas presenças nos oitavos de final
da Taça
de Portugal, em 2003-04 e 2016-17, quando foram eliminadas por FC
Porto e Vitória
de Guimarães, respetivamente.
Em termos de II Divisão B
acumulou oito presenças, uma em 1995-96 e as outras sete entre 1998 e 2005,
tendo alcançado o 2.º lugar na Zona Centro em 1999-00.
A competir presentemente na II
Liga pela quarta época consecutiva, o conjunto
de Vila Franca de Xira tem sido forçado a jogar em Rio Maior devido à falta
de condições do Campo do Cevadeiro para receber jogos das ligas profissionais.
Entretanto, o Vilafranquense
tornou-se protagonista de mais uma rutura entre clube e SAD, tendo os sócios do
clube aprovado em dezembro de 2022 a venda dos 10 por cento da SAD que ainda estavam
na posse da União
Desportiva Vilafranquense. Nessa mesma assembleia-geral, os associados
expressaram o desejo de findar parte da atividade do clube que será assumida
por uma “nova associação desportiva, herdeira da União
Desportiva Vilafranquense”, criada já em 2023 e cuja equipa de futebol sénior
arrancará na III Divisão Distrital da Associação
de Futebol de Lisboa, devido a uma dívida superior a um milhão de euros
considerada “impagável”.
Paralelamente, a SAD do Vilafranquense
já mostrou intenção de se fundir com o Sp. Espinho.
10. Marco Grilo (36 jogos)
Marco Grilo |
Lateral direito ribatejano,
natural de Alpiarça, fez grande parte da formação no Benfica
ao lado de jogadores como João Cancelo, Ivan Cavaleiro e Hélder Costa, mas
concluiu-a na União
de Leiria, tendo depois passado pelos seniores de Carregado,
Tourizense, Alcanenense,
Eléctrico,
Vitória
de Sernache e Sertanense
antes de ingressar no Vilafranquense
no verão de 2018.
Na primeira época em Vila Franca
de Xira contribuiu para a promoção à II
Liga, patamar em que amealhou 36 jogos (30 a titular) e um golo entre 2019
e 2021, ajudando a manter a equipa nas ligas profissionais.
No verão de 2021 transferiu-se
para o Lusitânia
de Lourosa. “Três épocas depois chegou a hora do adeus. Quero agradecer por
todos os momentos de aprendizagem e pelas conquistas que me proporcionaram.
Sai-o de cabeça erguida e com sentimento de total entrega e dedicação a esta
que foi também a minha casa. Obrigado a todos os que se cruzaram comigo neste
clube e tornaram o meu percurso ainda mais fantástico. Aos meus colegas e
treinadores, por todo o trabalho, ajuda e respeito com que sempre trabalhámos e
que sem dúvida me tornaram melhor jogador e homem! Aos Piranhas do Tejo quero
agradecer por todo o apoio e carinho, vocês têm uma força e garra que se faz
sentir para lá das quatro linhas! Mostraram-me o que é União, amor à camisola e
a vossa raça! Baixar os braços ou virar a cara por mais dificuldades ou
desafios que surgissem não é possível pois, como se diz por aí, encaramos os
toiros de frente! Obrigada por me passarem toda essa mística que guardarei para
sempre. Todo o sucesso a este clube, foi um prazer. Levo no coração todos os
bons momentos e uma gratidão profunda por tudo o que passei aqui”, escreveu o jogador
no Instagram,
na hora da despedida.
9. Bernardo Martins (41 jogos)
Bernardo Martins |
Médio ofensivo nascido no Porto e
que passou pelas camadas jovens do FC
Porto, despontou no Leixões,
que o chegou a emprestar a Pedras
Rubras e Trofense,
antes de se transferir para o Benfica
em janeiro de 2019. Após meio ano na equipa
B dos encarnados, transferiu-se para o Paços
de Ferreira, que o cedeu a Desp.
Chaves e Sp.
Covilhã antes de o emprestar ao Vilafranquense
no verão de 2021.
Desde então que o centrocampista,
que acabou por assinar a título definitivo pelos ribatejanos
no verão de 2022, soma 41 encontros (21 a titular) e dois golos na II
Liga.
8. Idrissa Dioh (45 jogos)
Idrissa Dioh |
Médio defensivo francês de
elevada estatura (1,87 m), foi recrutado pelo Vilafranquense
ao Brest no verão de 2021.
Em quase duas temporadas ao
serviço dos ribatejanos
soma já 45 partidas (32 a titular) e dois golos na II
Liga.
Em outubro de 2022 assinou a
renovação de contrato até junho de 2024.
7. Gabriel Pereira (46 jogos)
Gabriel Pereira |
Defesa central brasileiro de
elevada estatura (1,88 m), chegou inicialmente ao Vilafranquense
no verão de 2021 por empréstimo do clube da cidade de onde é natural, o Volta
Redonda, mas acabou por assinar a título definitivo um ano depois.
Em época e meia ao serviço dos ribatejanos
totalizou 46 encontros (42 a titular) na II
Liga.
Os bons desempenhos permitiram-lhe
dar o salto para o Gil
Vicente em janeiro de 2023.
6. Diogo Izata (47 jogos)
Diogo Izata |
Jogador polivalente, capaz de
atuar em quase todas as posições da defesa e do meio-campo, Diogo Izata chegou
a Vila Franca de Xira na primeira época de sénior, 2016-17, mas com um currículo
bastante interessante na formação. Afinal, era internacional português pelas
camadas jovens, tendo marcado Europeu de sub-17 em 2014 ao lado de Rúben Dias,
Ferro, Rúben Neves e Renato
Sanches; e passou pelas camadas jovens de União
de Leiria, FC
Porto e Sp.
Braga.
Desde cedo que este futebolista
natural de Alvaiázere se estabeleceu como titular indiscutível no Cevadeiro,
tendo contribuído para a promoção à II
Liga em 2018-19, já depois de na temporada anterior ajudado os ribatejanos
a atingir o playoff de subida ao segundo
escalão.
Entre 2019 e 2021 amealhou 47
encontros (35 a titular) na II
Liga, tendo rumado depois aos romenos do Gaz Metan. “Foram cinco anos,
cinco temporadas a carregar ao peito o maior
do Ribatejo, clube que me acolheu com grande carinho do primeiro ao último
dia, que me fez crescer muito em vários aspetos tanto dentro como fora do campo
e não terei palavras para conseguir agradecer num simples texto. Será sempre um
clube especial no meu coração depois de tudo o que vivi enquanto o representei.
Quero deixar uma palavra de agradecimento aos Piranhas do Tejo que tudo fizeram
e sempre foram carinhosos para comigo durante todo o meu percurso nos bons e
maus momentos. Está na hora de fechar um ciclo e abraçar um novo projeto com
novos desafios. Aproveito também para deixar um abraço a todos os
simpatizantes. Muito obrigado”, afirmou, na hora da despedida.
5. Menaour Belkheir (49 jogos)
Menaour Belkheir |
Avançado franco-argelino que
jogou ao lado de Nicolò Zaniolo nas camadas jovens do Inter
de Milão, entrou no futebol português em 2019-20 pela porta da Sanjoanense,
na altura por empréstimo do Torino, tendo ainda passado pelo Leixões
antes de ingressar no Vilafranquense
no verão de 2021.
Em quase duas temporadas no emblema
ribatejano soma já 48 jogos (30 a titular) e dez golos na II
Liga, contribuindo para a boa campanha na presente temporada.
“A equipa é muito boa, temos
muita qualidade e muito bons jogadores. Sabíamos disso, mas acho que não
acreditávamos tanto. Agora é diferente. Queremos fazer ver a toda a gente que
estamos aqui e queremos mais. Acredito que é possível mais do que aquilo que
temos feito e estamos todos em busca de mais”, afirmou ao zerozero em março.
4. André Ceitil (51 jogos)
André Ceitil |
Médio defensivo natural de
Almada, passou pelas camadas jovens de Benfica,
Vitória
de Setúbal e Rio
Ave e pelos seniores de Cova
da Piedade, Sintrense,
Farense
e Leixões,
assim como pelos romenos do Universitatea Cluj, antes de ingressar no Vilafranquense
em janeiro de 2020, seguindo assim as pisadas de quatro familiares.
“Foi uma sensação extraordinária,
fiquei muito contente. O meu pai, tio, avô e primo já tinham jogado no Vilafranquense.
É um clube onde vários familiares meus já tinham jogado. Fiquei com aquele bichinho
de também querer jogar no Vilafranquense.
Joguei contra o clube quando ainda estava ao serviço do Farense
e fiquei com aquele sentimento de estar a jogar contra a equipa da minha
família”, contou ao Record
em dezembro de 2021.
Desde então que soma já 51 encontros (38 a titular) e dois golos na II
Liga, ajudando a estabilizar os ribatejanos
no segundo
escalão. Pelo meio sofreu uma lesão grave no joelho que o afastou dos
relvados durante 14 meses.
3. Nenê (52 jogos)
Nenê |
Veterano avançado brasileiro que
em 2008-09 se sagrou melhor marcador da I
Liga ao serviço do Nacional,
passou pelos italianos de Cagliari, Hellas Verona, Spezia e Bari, assim como
por Moreirense
e Leixões,
antes de assinar pelo Vilafranquense
no verão de 2021, quando já tinha 38 anos.
Em quase duas temporadas no emblema
ribatejano tem provado que ainda não está preparado para a reforma, somando
já 52 encontros (51 a titular) e 27 remates certeiros na II
Liga. Na presente temporada é o segundo melhor marcador do segundo
escalão, sendo apenas superado por André Clóvis, do Académico
de Viseu, que leva 20.
Tendo em conta o que ainda vai
rendendo em campo, o Vilafranquense
já se antecipou e renovou com o goleador natural de São Paulo até junho de
2024. Quando terminar o contrato, terá quase 41 anos.
“O Nenê parece que tem 20 anos. É
um grande jogador e um gajo muito experiente, que fala muito connosco”, descreveu
o companheiro de equipa Menaour Belkheir ao zerozero.
2. Léo Cordeiro (56 jogos)
Léo Cordeiro |
Médio ofensivo brasileiro, entrou
no futebol português pela porta do Sp. Espinho em 2017-18, tendo ainda passado
por Gil
Vicente e Lusitânia
de Lourosa antes de ingressar no Vilafranquense
no verão de 2020.
Em duas temporadas no emblema
ribatejano totalizou 56 partidas (46 a titular) e dois golos na II
Liga, ajudando a estabilizar a equipa nas ligas profissionais.
No verão de 2022 transferiu-se
para o Mafra.
1. Eric Veiga (60 jogos)
Eric Veiga |
Lateral esquerdo luso-luxemburguês
internacional jovem português e internacional A pelo Luxemburgo, jogou ao lado
do atual internacional alemão Benjamin Henrichs nas camadas jovens do Bayer
Leverkusen, entrou no futebol português pela porta do Desp.
Aves, de onde saiu para o Vilafranquense
no verão de 2020.
Em quase três temporadas no emblema
ribatejano soma já 58 partidas (37 a titular) e um golo na II
Liga, ajudando a estabilizar a equipa no segundo
escalão.
Os bons desempenhos
permitiram-lhe voltar à seleção principal do Luxemburgo em 2021.
“Sinto, claramente, uma grande
paixão entre os adeptos e o clube. Tenho pena de, neste momento, só ter feito
um jogo no Cevadeiro, que foi para a Taça
de Portugal. Deu para sentir o que é jogar mesmo em casa”, afirmou ao Record
em maio de 2022.
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