quarta-feira, 12 de abril de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Vilafranquense na II Liga

Vilafranquense compete na II Liga desde 2019-20
Fundado a 12 de abril de 1957, a União Desportiva Vilafranquense resultou da fusão de quatro coletividades existentes em Vila Franca de Xira: Operário, Águia, Hóquei e Ginásio. O intuito passava por criar um clube maior e mais representativo, que tem tido o ponto mais alto da sua história desde 2019, com a subida à II Liga.
 
Em termos futebolísticos, a União Desportiva Vilafranquense acabou por suceder ao Grupo Futebol Operário Vilafranquense, nascido a 6 de março de 1913 e que no final da década de 1930 e nos anos 1940 participou na II Divisão Nacional; e ao Águia Sport Clube Vilafranquense, clube satélite do Belenenses, fundado a 3 de maio de 1924 e que também competiu na II Divisão durante a década de 1940.
 
Até à ascensão às ligas profissionais o mais significativo que as Piranhas do Tejo tinham alcançado foram duas presenças nos oitavos de final da Taça de Portugal, em 2003-04 e 2016-17, quando foram eliminadas por FC Porto e Vitória de Guimarães, respetivamente.
 
Em termos de II Divisão B acumulou oito presenças, uma em 1995-96 e as outras sete entre 1998 e 2005, tendo alcançado o 2.º lugar na Zona Centro em 1999-00.
 
A competir presentemente na II Liga pela quarta época consecutiva, o conjunto de Vila Franca de Xira tem sido forçado a jogar em Rio Maior devido à falta de condições do Campo do Cevadeiro para receber jogos das ligas profissionais.
 
Entretanto, o Vilafranquense tornou-se protagonista de mais uma rutura entre clube e SAD, tendo os sócios do clube aprovado em dezembro de 2022 a venda dos 10 por cento da SAD que ainda estavam na posse da União Desportiva Vilafranquense. Nessa mesma assembleia-geral, os associados expressaram o desejo de findar parte da atividade do clube que será assumida por uma “nova associação desportiva, herdeira da União Desportiva Vilafranquense”, criada já em 2023 e cuja equipa de futebol sénior arrancará na III Divisão Distrital da Associação de Futebol de Lisboa, devido a uma dívida superior a um milhão de euros considerada “impagável”.
 
Paralelamente, a SAD do Vilafranquense já mostrou intenção de se fundir com o Sp. Espinho.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Vilafranquense na II Liga.
 
 
 

10. Marco Grilo (36 jogos)

Marco Grilo
Lateral direito ribatejano, natural de Alpiarça, fez grande parte da formação no Benfica ao lado de jogadores como João Cancelo, Ivan Cavaleiro e Hélder Costa, mas concluiu-a na União de Leiria, tendo depois passado pelos seniores de Carregado, Tourizense, Alcanenense, Eléctrico, Vitória de Sernache e Sertanense antes de ingressar no Vilafranquense no verão de 2018.
Na primeira época em Vila Franca de Xira contribuiu para a promoção à II Liga, patamar em que amealhou 36 jogos (30 a titular) e um golo entre 2019 e 2021, ajudando a manter a equipa nas ligas profissionais.
No verão de 2021 transferiu-se para o Lusitânia de Lourosa. “Três épocas depois chegou a hora do adeus. Quero agradecer por todos os momentos de aprendizagem e pelas conquistas que me proporcionaram. Sai-o de cabeça erguida e com sentimento de total entrega e dedicação a esta que foi também a minha casa. Obrigado a todos os que se cruzaram comigo neste clube e tornaram o meu percurso ainda mais fantástico. Aos meus colegas e treinadores, por todo o trabalho, ajuda e respeito com que sempre trabalhámos e que sem dúvida me tornaram melhor jogador e homem! Aos Piranhas do Tejo quero agradecer por todo o apoio e carinho, vocês têm uma força e garra que se faz sentir para lá das quatro linhas! Mostraram-me o que é União, amor à camisola e a vossa raça! Baixar os braços ou virar a cara por mais dificuldades ou desafios que surgissem não é possível pois, como se diz por aí, encaramos os toiros de frente! Obrigada por me passarem toda essa mística que guardarei para sempre. Todo o sucesso a este clube, foi um prazer. Levo no coração todos os bons momentos e uma gratidão profunda por tudo o que passei aqui”, escreveu o jogador no Instagram, na hora da despedida.
 
 
 

9. Bernardo Martins (41 jogos)

Bernardo Martins
Médio ofensivo nascido no Porto e que passou pelas camadas jovens do FC Porto, despontou no Leixões, que o chegou a emprestar a Pedras Rubras e Trofense, antes de se transferir para o Benfica em janeiro de 2019. Após meio ano na equipa B dos encarnados, transferiu-se para o Paços de Ferreira, que o cedeu a Desp. Chaves e Sp. Covilhã antes de o emprestar ao Vilafranquense no verão de 2021.
Desde então que o centrocampista, que acabou por assinar a título definitivo pelos ribatejanos no verão de 2022, soma 41 encontros (21 a titular) e dois golos na II Liga.
 
 
 

8. Idrissa Dioh (45 jogos)

Idrissa Dioh
Médio defensivo francês de elevada estatura (1,87 m), foi recrutado pelo Vilafranquense ao Brest no verão de 2021.
Em quase duas temporadas ao serviço dos ribatejanos soma já 45 partidas (32 a titular) e dois golos na II Liga.
Em outubro de 2022 assinou a renovação de contrato até junho de 2024.
 
 
 

7. Gabriel Pereira (46 jogos)

Gabriel Pereira
Defesa central brasileiro de elevada estatura (1,88 m), chegou inicialmente ao Vilafranquense no verão de 2021 por empréstimo do clube da cidade de onde é natural, o Volta Redonda, mas acabou por assinar a título definitivo um ano depois.
Em época e meia ao serviço dos ribatejanos totalizou 46 encontros (42 a titular) na II Liga.
Os bons desempenhos permitiram-lhe dar o salto para o Gil Vicente em janeiro de 2023.
 
 
 

6. Diogo Izata (47 jogos)

Diogo Izata
Jogador polivalente, capaz de atuar em quase todas as posições da defesa e do meio-campo, Diogo Izata chegou a Vila Franca de Xira na primeira época de sénior, 2016-17, mas com um currículo bastante interessante na formação. Afinal, era internacional português pelas camadas jovens, tendo marcado Europeu de sub-17 em 2014 ao lado de Rúben Dias, Ferro, Rúben Neves e Renato Sanches; e passou pelas camadas jovens de União de Leiria, FC Porto e Sp. Braga.
Desde cedo que este futebolista natural de Alvaiázere se estabeleceu como titular indiscutível no Cevadeiro, tendo contribuído para a promoção à II Liga em 2018-19, já depois de na temporada anterior ajudado os ribatejanos a atingir o playoff de subida ao segundo escalão.
Entre 2019 e 2021 amealhou 47 encontros (35 a titular) na II Liga, tendo rumado depois aos romenos do Gaz Metan. “Foram cinco anos, cinco temporadas a carregar ao peito o maior do Ribatejo, clube que me acolheu com grande carinho do primeiro ao último dia, que me fez crescer muito em vários aspetos tanto dentro como fora do campo e não terei palavras para conseguir agradecer num simples texto. Será sempre um clube especial no meu coração depois de tudo o que vivi enquanto o representei. Quero deixar uma palavra de agradecimento aos Piranhas do Tejo que tudo fizeram e sempre foram carinhosos para comigo durante todo o meu percurso nos bons e maus momentos. Está na hora de fechar um ciclo e abraçar um novo projeto com novos desafios. Aproveito também para deixar um abraço a todos os simpatizantes. Muito obrigado”, afirmou, na hora da despedida.
 
 
 

5. Menaour Belkheir (49 jogos)

Menaour Belkheir
Avançado franco-argelino que jogou ao lado de Nicolò Zaniolo nas camadas jovens do Inter de Milão, entrou no futebol português em 2019-20 pela porta da Sanjoanense, na altura por empréstimo do Torino, tendo ainda passado pelo Leixões antes de ingressar no Vilafranquense no verão de 2021.
Em quase duas temporadas no emblema ribatejano soma já 48 jogos (30 a titular) e dez golos na II Liga, contribuindo para a boa campanha na presente temporada.
“A equipa é muito boa, temos muita qualidade e muito bons jogadores. Sabíamos disso, mas acho que não acreditávamos tanto. Agora é diferente. Queremos fazer ver a toda a gente que estamos aqui e queremos mais. Acredito que é possível mais do que aquilo que temos feito e estamos todos em busca de mais”, afirmou ao zerozero em março.
 
 
 
 

4. André Ceitil (51 jogos)

André Ceitil
Médio defensivo natural de Almada, passou pelas camadas jovens de Benfica, Vitória de Setúbal e Rio Ave e pelos seniores de Cova da Piedade, Sintrense, Farense e Leixões, assim como pelos romenos do Universitatea Cluj, antes de ingressar no Vilafranquense em janeiro de 2020, seguindo assim as pisadas de quatro familiares.
“Foi uma sensação extraordinária, fiquei muito contente. O meu pai, tio, avô e primo já tinham jogado no Vilafranquense. É um clube onde vários familiares meus já tinham jogado. Fiquei com aquele bichinho de também querer jogar no Vilafranquense. Joguei contra o clube quando ainda estava ao serviço do Farense e fiquei com aquele sentimento de estar a jogar contra a equipa da minha família”, contou ao Record em dezembro de 2021.
Desde então que soma já 51 encontros (38 a titular) e dois golos na II Liga, ajudando a estabilizar os ribatejanos no segundo escalão. Pelo meio sofreu uma lesão grave no joelho que o afastou dos relvados durante 14 meses.
 
 
 
 

3. Nenê (52 jogos)

Nenê
Veterano avançado brasileiro que em 2008-09 se sagrou melhor marcador da I Liga ao serviço do Nacional, passou pelos italianos de Cagliari, Hellas Verona, Spezia e Bari, assim como por Moreirense e Leixões, antes de assinar pelo Vilafranquense no verão de 2021, quando já tinha 38 anos.
Em quase duas temporadas no emblema ribatejano tem provado que ainda não está preparado para a reforma, somando já 52 encontros (51 a titular) e 27 remates certeiros na II Liga. Na presente temporada é o segundo melhor marcador do segundo escalão, sendo apenas superado por André Clóvis, do Académico de Viseu, que leva 20.
Tendo em conta o que ainda vai rendendo em campo, o Vilafranquense já se antecipou e renovou com o goleador natural de São Paulo até junho de 2024. Quando terminar o contrato, terá quase 41 anos.
“O Nenê parece que tem 20 anos. É um grande jogador e um gajo muito experiente, que fala muito connosco”, descreveu o companheiro de equipa Menaour Belkheir ao zerozero.
 
 
 

2. Léo Cordeiro (56 jogos)

Léo Cordeiro
Médio ofensivo brasileiro, entrou no futebol português pela porta do Sp. Espinho em 2017-18, tendo ainda passado por Gil Vicente e Lusitânia de Lourosa antes de ingressar no Vilafranquense no verão de 2020.
Em duas temporadas no emblema ribatejano totalizou 56 partidas (46 a titular) e dois golos na II Liga, ajudando a estabilizar a equipa nas ligas profissionais.
No verão de 2022 transferiu-se para o Mafra.
 
 
 

1. Eric Veiga (60 jogos)

Eric Veiga
Lateral esquerdo luso-luxemburguês internacional jovem português e internacional A pelo Luxemburgo, jogou ao lado do atual internacional alemão Benjamin Henrichs nas camadas jovens do Bayer Leverkusen, entrou no futebol português pela porta do Desp. Aves, de onde saiu para o Vilafranquense no verão de 2020.
Em quase três temporadas no emblema ribatejano soma já 58 partidas (37 a titular) e um golo na II Liga, ajudando a estabilizar a equipa no segundo escalão.
Os bons desempenhos permitiram-lhe voltar à seleção principal do Luxemburgo em 2021.
“Sinto, claramente, uma grande paixão entre os adeptos e o clube. Tenho pena de, neste momento, só ter feito um jogo no Cevadeiro, que foi para a Taça de Portugal. Deu para sentir o que é jogar mesmo em casa”, afirmou ao Record em maio de 2022.
 








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