quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Sporting na Liga Europa

Dez jogadores que fizeram história pelo Sporting na Liga Europa
Uma vez finalista da Taça UEFA/Liga Europa, o Sporting Clube de Portugal está prestes a iniciar a sua 34.ª participação na prova – a 10.ª sob o atual formato – e vai reforçar o estatuto de clube com mais presenças na competição, à frente de Club Brugge (30), Inter de Milão e Ajax (ambos 28).
 
Estreantes em 1975-76, os leões não foram além da segunda eliminatória nessa campanha, mas viriam a atingir a final em 2004-05, tendo saído derrotados às mãos do CSKA Moscovo em pleno Estádio José Alvalade.
 
Os verde e brancos chegaram ainda às meias-finais em 1990-91 e 2011-12 e aos quartos de final em 1985-86, 2007-08 e 2017-18.
 
No total, 180 futebolistas representaram o Sporting na Taça UEFA/Liga Europa. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
 
 

10. João Moutinho (27 jogos)

João Moutinho
Médio formado no Sporting, fez a estreia na então denominada Taça UEFA com apenas 18 anos, tendo entrado no decorrer da segunda parte de uma vitória caseira sobre o Feyenoord (2-1) em fevereiro de 2005.
Pelos leões haveria de disputar 27 jogos e marcar um golo na prova até 2010, tendo participado na caminhada até à final em 2004-05 e até aos quartos de final em 2007-08.
Paralelamente, conquistou duas Taças de Portugal (2006-07 e 2007-08) e duas Supertaças (2007 e 2008) pelo emblema leonino.
No verão de 2010 mudou-se para o FC Porto, clube pelo qual haveria de conquistar a já denominada Liga Europa em 2010-11. “Esta medalha é de primeiro lugar. Infelizmente em 2005 não consegui ganhar, mas hoje estamos aqui a fazer a festa. Aqui é muito mais fácil ganhar”, considerou, após uma final em que os dragões bateram o Sp. Braga.
 
 
 

9. Pedro Barbosa (28 jogos)

Pedro Barbosa
Médio ofensivo/extremo que passou pela formação do FC Porto, foi recrutado ao Vitória de Guimarães em 1995 com o intuito de fazer Luís Figo, que tinha rumado ao Barcelona. Internacionalmente não teve uma carreira tão bonita como o antecessor, mas teve um trajeto mais glorioso em Alvalade.
Em dez anos de verde e branco, pautou por alguma irregularidade: tanto era capaz de jogadas e golos apenas ao alcance de grandes génios do futebol como fazia desesperar as bancadas ao parecer alhear-se em alguns jogos ou à lentidão em soltar a bola.
Em termos de Taça UEFA atuou em 28 partidas (18 a titular) e marcou dois golos de leão ao peito ao longo de seis participações na prova, tendo contribuído para a caminhada até à final em 2004-05.
Paralelamente, conquistou dois campeonatos (1999-00 e 2001-02), uma Taça de Portugal (2001-02) e três Supertaças Cândido de Oliveira (1995, 2000 e 2002).
Em 2003 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Futebolista.
Após pendurar as botas, em 2005, desempenhou funções na estrutura leonina, deixando o clube em definitivo em novembro de 2009.
 
 
 

8. Carlos Xavier (28 jogos)

Carlos Xavier
Disputou o mesmo número de jogos de Pedro Barbosa, mas amealhou mais 545 minutos em campo – 2083 contra 1538.
Jogador polivalente e formado no clube, esteve 12 temporadas na equipa principal, mas terá sido titular indiscutível em apenas três. Para muitos, terá feito uma carreira aquém do esperado.
Capaz de fazer várias posições na defesa e no meio-campo, estreou-se de leão ao peito aos 18 anos, marcando um dos golos numa goleada caseira ao Amora em dezembro de 1980 (5-0). Na temporada seguinte formou uma dupla sólida com Eurico no eixo defensivo e conquistou o único título nacional da carreira, tendo vencido ainda a Taça de Portugal nessa época – e a Supertaça Cândido de Oliveira poucos meses depois.
Apesar do início promissor de carreira, nem sempre conseguiu manter o lugar no onze, ao ponto de em 1986-87 ter sido emprestado à Académica. No regresso a Alvalade voltou a oscilar entre a titularidade e o banco de suplentes, tendo conquistado a Supertaça em 1987.
No verão de 1991 transferiu-se para os espanhóis da Real Sociedad, mas regressou ao clube do coração três anos depois, para conquistar mais uma Taça de Portugal (1994-95) e uma Supertaça (1995).
Ao longo destas três passagens pela equipa principal do Sporting totalizou 28 encontros (23 a titular) e um golo na Taça UEFA em oito participações, tendo contribuído para caminhada até às meias-finais em 1990-91 e até aos quartos de final em 1985-86.
 
 
 

7. Beto (28 jogos)

Beto
Disputou o mesmo número de jogos de Pedro Barbosa e Carlos Xavier, mas amealhou mais minutos em campo: 2376.
Defesa central formado no Sporting e desde cedo considerado uma das joias da coroa da cantera leonina, esteve emprestado a União de Lamas e Campomaiorense antes de se fixar na equipa principal em 1996 e por lá se afirmar até 2006, quando se mudou para o Bordéus.
Ao longo de quase uma década conquistou dois campeonatos (1999-00 e 2001-02), uma Taça de Portugal (2001-02) e duas Supertaças Cândido de Oliveira (2002).
Em termos de Taça UEFA somou 28 partidas (26 a titular) e dois golos em oito participações, tendo contribuído para a caminhada até à final em 2004-05.
Em 2001 e 2004 foi distinguido com o Prémio Stromp nas categorias Futebolista e Especial Europeu, respetivamente.
Após pendurar as botas regressou ao Sporting como diretor de relações institucionais sob a presidência de Godinho Lopes e como team manager da equipa principal já na era Frederico Varandas.
 
 
 

6. Venâncio (32 jogos)

Venâncio
Defesa central que ingressou nos juniores do Sporting em 1981-82, proveniente do Vitória de Setúbal, ingressou na equipa principal na época seguinte e por lá se manteve até 1992, quando se transferiu para o Boavista.
Ao longo de uma década em Alvalade não ganhou qualquer troféu, pois nesse período os leões não venceram campeonatos nem Taças de Portugal e Venâncio não participou nos jogos da Supertaça Cândido de Oliveira em 1982 e 1987.
O defensor setubalense, que teve um percurso muito marcado por lesões nos joelhos, até acabou por viver na Taça UEFA alguns dos momentos mais altos da carreira, nomeadamente a caminhada até às meias-finais em 1990-91, depois de já ter ajudado os verde e brancos a atingir os quartos de final em 1985-86. Em sete participações na prova, o central acumulou 32 jogos (todos como titular) e um golo.
Em 1987 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Atleta Profissional.
Após pendurar as botas voltou ao Sporting como treinador nas camadas jovens e adjunto de Mirko Jozic, Giuseppe Materazzi e Augusto Inácio na equipa principal.
 
 
 

5. Liedson (34 jogos)

Liedson
Embora apenas apareça na quinta posição deste ranking, é o melhor marcador de sempre do Sporting na Taça UEFA/Liga Europa, com 20 golos.
Avançado baiano natural de Cairu, era um autêntico conhecido quando chegou a Alvalade, nos últimos dias do mercado de verão de 2003. É verdade que tinha marcado muitos golos em clubes como Coritiba, Flamengo e Corinthians, mas era bastante franzino, relativamente baixo para ponta de lança (1,75 m), estava à beira e completar 27 anos e não muito tempo antes era funcionário de um supermercado. Porém, só precisou de dois jogos para mostrar a Fernando Santos que lhe devia conceder a titularidade, porque o que lhe faltava em centímetros era compensado em velocidade, mobilidade, capacidade de impulsão, facilidade de remate e empenho na luta com os defesas adversários.
Ao longo de sete anos e meio de leão ao peito estabeleceu-se como o sexto melhor marcador de sempre do clube, com 172 golos – somente Peyroteo (524), Manuel Fernandes (258), Vasques (214), Manuel Soeiro (207) e Rui Jordão (184) fizeram melhor –, e conquistou duas Taças de Portugal (2006-07 e 2007-08) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2007), assim como dois troféus de melhor marcador da I Liga, em 2004-05 (25 golos) e 2006-07 (15).
Em termos de Taça UEFA/Liga Europa, somou 34 encontros (33 a titular) e 20 remates certeiros ao longo de cinco participações, ajudando os verde e brancos a atingir a final da prova em 2004-05 – também contribuiu para a caminhada até aos quartos de final em 2007-08.
Venceria ainda o Prémio Stromp na categoria futebolista em 2007 e 2009 e tornar-se-ia o melhor marcador dos leões nas competições europeias, com 26 golos.
Depois de ter voltado ao Brasil para representar novamente Corinthians e Flamengo, regressou a Portugal em janeiro de 2013 para conquistar o título que lhe faltava, o de campeão nacional, mas com a camisola do FC Porto, pendurando as botas em seguida.
 
 
 
 

4. Oceano (36 jogos)

Oceano
Médio proveniente do Nacional da Madeira que se impôs imediatamente de pedra e cal no onze leonino, esteve em Alvalade durante onze temporadas (entre 1984 e 1991 e depois entre 1994 e 1998) e disputou 401 jogos de leão ao peito em todas as competições, mas nunca foi campeão, tendo sido um dos mais injustiçados pelo jejum de 18 anos que durou entre 1982 e 2000.
Durante as duas passagens pelo Sporting – pelo meio representou os espanhóis da Real Sociedad (1991 a 1994) – conquistou apenas duas Supertaças Cândido de Oliveira (1987 e 1995) e uma Taça de Portugal (1994-95).
Relativamente à Taça UEFA, somou 36 partidas (31 a titular) e quatro golos ao longo de oito participações, tendo contribuído para a caminhada até às meias-finais em 1990-91, já depois de já ter ajudado os verde e brancos a atingir os quartos de final em 1985-86.
Em 1988 e 1995 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Futebolista.
Após pendurar as botas, haveria de voltar ao Sporting em 2010 para exercer as funções de treinador adjunto. Entretanto foi adjunto de José Dominguez na União de Leiria e em 2012 voltou a Alvalade para assumir o comando técnico da equipa B e orientar interinamente a equipa principal.
 
 
 

3. Manuel Fernandes (36 jogos)

Manuel Fernandes
Disputou o mesmo número de jogos de Oceano, mas amealhou mais 177 minutos em campo – 3055 contra 2878.
Avançado móvel, saltou da CUF para o Sporting no verão de 1975. Em Alvalade tornou-se não só capitão e ídolo, mas também uma lenda viva. Mais até do que os dois campeonatos (1979-80 e 1981-82), as duas Taças de Portugal (1977-78 e 1981-82), a Supertaça Cândido de Oliveira (1987) e o troféu de melhor marcador da I Divisão (1985-86) que ganhou, é recordado sobretudo pelos quatro golos que marcou na goleada por 7-1 sobre o rival Benfica em dezembro de 1986.
Em termos de Taça UEFA, somou 36 jogos (todos como titular) e 16 remates certeiros ao longo de oito participações na prova, tendo contribuído para a caminhada até aos quartos de final em 1985-86.
Em 1979 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Atleta Profissional.
Apesar da veia goleadora exibida na altura, foi dispensado em 1987, aos 36 anos, para encerrar a carreira ao serviço do Vitória de Setúbal.
Haveria de regressar ao Sporting na condição de treinador. Primeiro em 1992-93 como adjunto de Bobby Robson, depois em 2000-01 como treinador principal, conseguindo guiar a equipa à conquista da Supertaça.
Desde 2011 que vai esporadicamente desempenhando algumas funções na estrutura do futebol leonino. Foi diretor responsável pela equipa B, líder o departamento de scouting e chefe do departamento de futebol. Atualmente é uma espécie de relações públicas/embaixador do clube.
 
   
 
 

2. Anderson Polga (43 jogos)

Anderson Polga
O primeiro campeão do mundo a atuar em Portugal. Natural de Santiago, Rio Grande do Sul, despontou no Grêmio, clube pelo qual venceu dois campeonatos gaúchos e uma Copa do Brasil e que o catapultou para a seleção brasileira, tendo participado na campanha vitoriosa do escrete de Luiz Felipe Scolari no Mundial 2002.
Um ano depois mudou-se para o Sporting, tendo conquistado rapidamente o estatuto de titular, que acabou por manter durante praticamente todas as nove temporadas que passou em Alvalade, embora nunca tivesse voltado a ser chamado para a canarinha.
Logo na segunda época de leão ao peito, em 2004-05, atingiu a final da Taça UEFA, prova na qual totalizou 43 jogos (42 a titular) e dois golos ao longo de sete participações, tendo ainda contribuído para a caminhada até às meias-finais da competição em 2011-12.
Paralelamente, conquistou duas Taças de Portugal (2006-07 e 2007-08) e duas Supertaças (2007 e 2008) pelo emblema leonino. Ficou a faltar o campeonato.
Poucos meses depois de ter sido distinguido com o Prémio Stromp na categoria especial carreira, despediu-se do Sporting em maio de 2012 após uma frustrante derrota com a Académica na final da Taça de Portugal.
 
 
 

1. Rui Patrício (51 jogos)

Rui Patrício
Descoberto pelo antigo guarda-redes leonino Joaquim Carvalho (1958 a 1970) e apontado desde tenra idade como sucessor de Vítor Damas, foi formado no Sporting e estreou-se pela equipa principal ainda com idade de júnior, aos 18 anos, defendendo uma grande penalidade logo no primeiro jogo, numa visita ao Marítimo, em novembro de 2006.
Cerca de um ano depois roubou a titularidade ao sérvio Stojkovic e não mais a largou, tendo feito a estreia na ainda denominada Taça UEFA a poucos dias de comemorar o 20.º aniversário, numa vitória do Sporting em casa sobre o Basileia (2-0) em fevereiro de 2008. Pelos leões haveria de disputar 51 jogos e sofrer 60 golos na prova, tendo atingido os quartos de final em 2007-08 e 2017-18 e as meias-finais em 2011-12.
Paralelamente, conquistou duas Taças de Portugal (2007-08 e 2014-15), duas Supertaças (2008 e 2015) e uma Taça da Liga (2017-18), tendo ainda participado na caminhada até às meias-finais da Liga Europa em 2011-12, tendo ainda ajudado Portugal a sagrar-se campeão europeu em 2016, num torneio em que foi eleito melhor guarda-redes.
Em 2016 foi distinguido com o Prémio Stromp nas categorias Futebolista e Europeu.
Haveria de deixar o Sporting pela porta pequena, rescindindo unilateralmente no verão de 2018 após o ataque à Academia do clube, rumando aos ingleses do Wolverhampton.
 














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