Dez jogadores marcantes da história recente do Leixões |
Fundado a 28 de novembro de 1907
no seio da elite aristocrática que frequentava Matosinhos no início do século
XX, o Leixões
Sport Club tornou-se não só num clube bastante popular como também num
histórico do futebol português e do desporto nacional, tendo conquistado
uma Taça
de Portugal e somado 25 presenças na I
Divisão.
Depois de se ter estreado entre
os grandes em 1936-37, os bebés do mar viveram o período áureo da sua
história nas décadas de 1960 e 1970, tendo participado consecutivamente
no primeiro
escalão ao longo de 18 épocas, alcançando a melhor classificação de
sempre em 1962-63: o 5.º lugar. Duas
temporadas antes tinha conquistado a Taça de Portugal, ao vencer o FC Porto em
pleno Estádio das Antas.
Em 1977 os leixonenses
desceram à II Divisão, mas têm conseguindo algumas façanhas desde então, como a
caminhada até à final da Taça
de Portugal e consequente apuramento para a Taça
UEFA em 2002, quando se encontravam na II Divisão B, ou o título de
campeão da II
Liga em 2006-07.
Em termos de II
Liga, o Leixões
está a participar pela 22.ª vez na prova, registo apenas superado por Feirense
(25), Desp.
Aves (25) e Penafiel
(28).
10. Pedras (102 jogos)
Pedras |
Avançado nascido em Matosinhos, começou a jogar futebol nas camadas
jovens do Leixões.
“Eu já andava a pedir à minha mãe. Ela não me deixava ir treinar para o Leixões
porque tinha lá muitos colegas de escola e eu só queria jogar futebol. Um dia
fui ver o treino do meu primo com o meu tio (na altura ele era júnior e foi
treinar aos seniores). Estava lá a jogar com os meus colegas antes do treino
deles e, entretanto, o treinador chegou e ficou a olhar por momentos para nós,
veio ter comigo e perguntou-me se eu já jogava em algum clube. Eu disse-lhe que
não e que queria jogar no Leixões
só que a minha mãe não me deixava. Então ele e o meu tio foram falar com ela
para me deixar ir. Ela deixou e foi um dos dias mais feliz da minha vida”,
contou ao portal de Ricardo Nuno Almeida em julho de 2009.
Entretanto jogou ao lado de Ricardo Sousa, Tonel, Ricardo Costa, Cândido
Costa e Manuel José na formação e na equipa B do FC
Porto antes de ingressar no plantel principal dos leixonenses
em 2000-01.
Se em 2001-02 tornou-se internacional sub-21 português participou na
caminhada até à final da Taça
de Portugal e no consequente apuramento para a Taça
UEFA e se na época que se seguiu marcou ao PAOK em Salónica para a prova
europeia e sagrou-se campeão da Zona Norte da II Divisão B, em 2003-04
estreou-se na II
Liga. Nessa temporada atuou em 18 partidas no campeonato (nove a titular) e
apontou sete golos, diante de Desp.
Chaves, Santa
Clara, Ovarense,
Vitória
de Setúbal, Sp.
Covilhã e Feirense
(dois), ajudando a equipa a assegurar a permanência.
No verão de 2004 mudou-se para o Desp.
Aves, tendo ainda passado por clubes como Marco,
Vianense
e Tirsense,
assim como pelo futebol cipriota, antes de regressar ao Estádio do Mar para
mais uma passagem pelo Leixões,
entre 2012 e 2016. Nesse período amealhou 84 jogos (31 a titular) e 14 golos na
II
Liga, tendo ficado perto da subida à I
Liga em 2012-13.
No verão de 2016 deixou o emblema
matosinhense, à beira de comemorar o 36.º aniversário, e mudou-se para o
Maia Lidador. “Infelizmente acabou... O meu ciclo como jogador acabou. Quero
agradecer a confiança que colocaram em mim nestes anos que estive neste GRANDE
CLUBE, ao Presidente Carlos Oliveira, Sílvia Carvalho e Nuno Miguel Silva, a
todos os adeptos, claque e simpatizantes do nosso clube...tivemos momentos
bons, menos bons e inesquecíveis. A todos os meus colegas e treinadores foi um
privilégio trabalhar convosco, não deixar de dar um carinho aos que trabalham
todos os dias no Mágico.
Não querendo alargar mais nesta despedida muito obrigado por tudo. Estarei
sempre pronto para ajudar e apoiar no que for preciso... não esquecendo de
agradecer à minha família por me ter aturado nas minhas fases menos boas porque
sei que não sou fácil. Sempre Leixões
e até ao ultimo Peixeiro”, escreveu nas redes sociais na altura da despedida.
9. Zé Pedro (104 jogos)
Zé Pedro |
Defesa central nascido em Braga e formado maioritariamente no FC
Porto ao lado de jogadores como Josué,
Wilson Eduardo, André
Claro, Abdoulaye e Ivo Pinto, concluiu a formação no Leixões
em 2009-10 e transitou para a equipa principal na época seguinte.
Entre 2010 e 2015 amealhou 104 partidas (94 a titular) e dez golos na II
Liga, tendo ficado perto da promoção ao primeiro
escalão em 2012-13. Nessa temporada, foi eleito melhor jovem do campeonato
durante o mês de abril. Paralelamente, ajudou os leixonenses
a chegar para o três vezes aos oitavos de final da Taça
de Portugal (2010-11, 2011-12 e 2013-14).
“Gosto muito do Leixões.
É praticamente um grande. Todos gostam de mim e o sentimento é recíproco”,
afirmou ao portal do Sindicato dos Jogadores
Profissionais de Futebol em
maio de 2013.
No verão de 2015 transferiu-se para o Sp.
Covilhã.
8. Gonçalo Graça (112 jogos)
Gonçalo Graça |
Lateral/extremo direito formado e revelado pelo Varzim, chegou pela
primeira vez ao Leixões
em 2012-13, por empréstimo do Vitória
de Setúbal. Nessa temporada atuou em 35 partidas (26 a titular) na II
Liga e apontou dois golos, diante de Oliveirense
e Tondela,
tendo ficado perto de ajudar os matosinhenses
a subir ao primeiro
escalão.
Entretanto voltou aos sadinos,
mas regressou ao Estádio do Mar no verão de 2014 para mais duas épocas com a
camisola alvirrubra,
tendo nesta sua segunda passagem pelo clube totalizado 77 encontros (74 a
titular) e dois golos na II
Liga ao longo de duas épocas.
7. Mesquita (128 jogos)
Na época seguinte contribuiu para o apuramento para a edição inaugural da
II
Liga, tendo totalizou 128 jogos (todos a titular) e um golo no segundo
escalão entre 1990 e 1994. Paralelamente, participou na caminhada até às
meias-finais da Taça
de Portugal em 1991-92.
Em 1994 mostrou-se impotente para evitar a descida à II Divisão B, tendo
depois permanecido mais um ano no clube antes de se transferir para o Rio
Ave.
Após encerrar a carreira de jogador, iniciou a de treinador, tendo
trabalhado no Leixões
em 2011-12 como técnico dos iniciados B, em 2014-15 e 2015-16 como adjunto da
equipa principal e em 2016-17 como treinador dos sub-18.
6. Bruno Lamas (130 jogos)
Bruno Lamas |
Médio ofensivo brasileiro que jogou ao lado de Ederson, Rodrigo Caio,
Lucas Piazón e Caio Lucas na formação do São
Paulo, de Ganso, Neymar
e Gabriel Barbosa na do Santos
e de Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro na do Cruzeiro,
entrou no futebol português precisamente pela porta do Leixões
em janeiro de 2015.
Ao longo de três anos e meio no Estádio do Mar totalizou 130 encontros
(97 a titular) e 19 golos na II
Liga, tendo ajudado a formação
de Matosinhos a chegar aos quartos de final da Taça
de Portugal em 2016-17.
“A minha adaptação foi boa, apesar de sofrer com o frio que estava na
época e com os salários em atrasos daquele ano. Foi boa porque comecei logo a
jogar e a pegar o ritmo de jogo de Portugal. A única curiosidade foi que quando
cheguei fui para um apartamento que eles mandaram e acabei sendo despejado
porque não pagavam a renda há um tempo. Mas foi bom porque fui para um lugar
bem melhor depois”, contou ao portal Bola
na Rede em maio de 2018.
Valorizado pelos bons desempenhos ao serviço dos leixonenses,
deu o salto para o Santa
Clara, então recém-promovido à I
Liga, durante o verão de 2018.
“O Leixões
em Portugal é como equipa grande, os adeptos vão a todo lado, são apaixonados
pelo clube e isso é muito bom”, afirmou.
5. Pedro Pinto (132 jogos)
Pedro Pinto |
Defesa central nascido em Vila Nova de Gaia, ingressou nos iniciados do Leixões
em 2008-09 e transitou para o plantel principal em 2012-13, quando ainda era
júnior de segundo ano, embora só sete viesse estreado pelos seniores na época
seguinte.
Entre 2013 e 2016 foi-se afirmando progressivamente como titular no eixo
defensivo, tendo nesse período amealhado 91 jogos (87 a titular) na II
Liga.
Valorizado, deu o salto para o Vitória
de Setúbal no verão de 2016, mas três anos depois, quando terminou o
contrato que o vinculava aos sadinos, regressou ao Estádio do Mar para disputar
mais 41 partidas (40 a titular) no segundo
escalão entre 2019 e 2021.
No verão de 2021 transferiu-se para os angolanos do Petro
de Luanda.
4. Cadinha (141 jogos)
Cadinha |
Um bebé do Mar e com um pé esquerdo muito refinado, um médio nascido em Santa
Cruz do Bispo, no concelho de Matosinhos, e que fez a formação no Leixões,
tendo resistido ao interesse dos ingleses do
Aston Villa quando tinha apenas 14 anos e transitado para a equipa principal em 2002-03, época que para Cadinha
terminou com o primeiro lugar na II Divisão B – Zona Norte e a participação no
Campeonato da Europa de sub-19.
Seguiram-se quatro épocas marcadas por algumas dificuldades de afirmação
no plantel sénior. Entre 2003 e 2005 amealhou apenas 31 jogos (14 a titular) e
dois golos na II
Liga, ao passo que em 2005-06 esteve cedido à Ovarense
e na temporada que se seguiu não foi além de sete partidas (todas como suplente
utilizado) numa campanha que culminou na conquista do título do segundo
escalão.
Consumada a promoção à I
Liga, foi numa primeira instância emprestado ao Ribeirão e num segundo
momento rumado a título definitivo ao Gondomar. Depois passou por Boavista
e Desp.
Chaves antes de regressar ao Estádio do Mar em janeiro de 2013. “É uma
alegria enorme regressar ao clube que me formou e onde vivi grandes momentos.
Venho para ajudar a Equipa a conseguir alcançar os seus objetivos”, disse ao
site oficial do Leixões
aquando do regresso.
No verão de 2016 transferiu-se para o Rio Tinto.
3. Luís Silva (141 jogos)
Mais um bebé do Mar, um possante médio (1,85 m) nascido em Matosinhos e
formado no Leixões,
que transitou para a equipa principal em 2011-12, precisamente na época em que
se tornou internacional sub-20 – na temporada seguinte tornou-se também
internacional sub-21.
Ao longo dessas duas primeiras épocas enquanto sénior totalizou 59
encontros (50 a titular) e sete golos pelos matosinhenses,
tendo ficado perto da subida à I
Liga em 2012-13.
No verão de 2013 transferiu-se para o Sp.
Braga, mas nunca vingou no emblema
minhoto. Após um empréstimo de um ano e meio ao Gil
Vicente e passagens por Desp.
Chaves, Belenenses
e Cova
da Piedade, regressou ao Leixões
em 2017.
Em mais três temporadas ao serviço dos leixonenses
amealhou 82 jogos (80 a titular) e dez golos na II
Liga, tendo participado na caminhada até aos quartos de final da Taça
de Portugal em 2018-19.
No verão de 2020 rescindiu contrato na sequência de uma polémica entre a
SAD e o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol por alegadas
irregularidades da administração liderada por Paulo Lopo na elaboração dos
recibos dos futebolistas, que se encontravam em layoff, e transferiu-se para o Desp.
Chaves.
“Era uma vez um menino de 6 anos que entrava em 1998 pela mão do grande
João Faneco no velhinho Maracanã! Esse miúdo tinha um sonho, jogar nos palcos
dos sonhos, o Estádio do Mar! Depois de muitas dificuldades na formação,
conseguiu superar tudo com trabalho, dedicação e paixão! Chegou o tão desejado
momento, a estreia na equipa principal! Dia 21/08/2011, Figueira da Foz, 11h15,
a estreia a titular! Dia 28/08/2011 a estreia no Estádio do Mar deixou-me
arrepiado, sem palavras, afinal estava a cumprir o meu sonho! O LEIXÕES
deu-me a possibilidade de ter tudo o que tenho hoje! Hoje depois de 168 jogos,
interrompo a minha ligação ao LEIXÕES,
sim digo interrompo porque a minha ligação a estes adeptos, a está cidade e a
este clube nunca será cessada, serei mais um de vós a torcer pelo grande amor
da minha vida! Obrigado a todos pelo apoio que senti desde o primeiro dia,
obrigado a todos os meus colegas e demais por me fazerem crescer todos os dias!
Viva o LEIXÕES!!!”,
escreveu nas redes sociais.
2. Bruno China (158 jogos)
Bruno China |
Outro bebé do Mar, um matosinhense formado no Leixões,
que transitou para a equipa principal em 2000-01, na altura para jogar na II
Divisão B, quando ainda era júnior de segundo ano.
Na temporada seguinte participou na caminhada até à final da Taça
de Portugal e em 2002-03 sagrou-se campeão da II Divisão B – Zona Norte e
estreou-se nas competições europeias, enquanto em 2003-04 chegou às ligas
profissionais.
Entre 2003 e 2007 amealhou 79 encontros (67 a titular) e um golo (ao Sp.
Espinho, em 2004-05) na II
Liga, competição da qual se sagrou campeão em 2006-07.
Nos dois anos que se seguiram brilhou ao serviço dos leixonenses
na I
Liga, contribuindo para a obtenção do sexto lugar no patamar
maior do futebol português em 2008-09 e tendo dado o salto para os
espanhóis do Maiorca alguns meses depois.
Após passagens por Rio
Ave, Académica
e Belenenses,
regressou ao Estádio do Mar em 2015 para jogar durante três anos na II
Liga, período no qual totalizou mais 79 partidas (67 a titular) e cinco
remates certeiros no segundo
escalão, tendo ainda ajudado os alvirrubros
a chegar aos quartos de final da Taça
de Portugal em 2016-17.
Após encerrar a carreira de jogador iniciou a de treinador, à beira de
comemorar o 36.º aniversário, tendo trabalhado como adjunto e chegado a assumir
interinamente o comando técnico da equipa principal do Leixões
em 2018-19 e 2019-20.
1. Nuno Silva (173 jogos)
Nuno Silva |
Defesa central natural de Lisboa, representou Santa
Clara e O
Elvas antes de ingressar pela primeira vez no Leixões
em 1999-00.
Em 2001-02 participou na caminhada até à final da Taça
de Portugal, na época seguinte sagrou-se campeão da II Divisão B – Zona
Norte e estreou-se nas competições europeias e em 2003-04 chegou às ligas
profissionais, ao atuar em 32 jogos (todos a titular) na II
Liga.
Em 2004-05 representou o Penafiel
na I
Liga, mas na temporada que se seguiu voltou ao Estádio do Mar. Entre 2005 e
2007 amealhou 33 partidas (31 a titular) no segundo
escalão, ajudando a formação
de Matosinhos a sagrar-se campeão da II
Liga.
Seguiram-se três épocas ao serviço dos leixonenses
no patamar
maior do futebol português, tendo contribuído para a obtenção do 6.º lugar
em 2008-09.
Por outro lado, em 2009-10 mostrou-se impotente para impedir a
despromoção à II
Liga, patamar em que totalizou 108 partidas (105 a titular) e cinco golos
entre 2010 e 2014.
No verão de 2014 encerrou a carreira de futebolista, aos 38 anos, e
abraçou as funções de diretor desportivo do Leixões,
tendo sido impedido de continuar em funções no clube em 2015, por determinação
do Ministério Público, no âmbito do processo Jogo Duplo.
“Adaptei-me muito bem à região, as pessoas são acolhedoras e a qualidade
de vida é boa. E o Leixões,
realmente, é um clube especial, pela sua história pela sua mística e pelos seus
adeptos”, afirmou à Lusa, aquando da despedida dos relvados.
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