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"El Matador" Beto Acosta tenta fugir aos defesas parmesãos |
A minha primeira memória de um
jogo entre
Sporting
e equipas italianas não é de um encontro oficial. Em meados de 2000 comecei
finalmente a ligar qualquer coisa a futebol, embalado pela febre do regresso
dos
leões
aos títulos após 18 anos de jejum, e depois apanhei a boleia do
Euro
2000 para me tornar num verdadeiro apaixonado pelo desporto-rei e por toda
a sua envolvência.
Na altura, a maioria das partidas
de pré-época dos três grandes eram transmitidas em sinal aberto e o jogo de
apresentação dos
verde
e brancos aos sócios, diante do
Parma,
a 28 de julho de 2000, não foi exceção.
Recordo-me perfeitamente de ver o
Sporting
utilizar o seu equipamento alternativo e, depois de muita insistência ofensiva,
virar o 0-1 para 2-1. Pouco depois da meia hora, Marco Di Vaio aproveitou uma
bola bombeada pelo lateral direito Luigi Sartor e uma descoordenação entre Beto
e Peter Schmeichel para dar vantagem aos
parmesãos
(32 minutos).
Depois do golo inaugural, o
guarda-redes transalpino foi defendendo tudo o que havia para defender,
assinando uma exibição monstruosa. Na altura não tinha fixado o nome dele. Anos
mais tarde, por saber que no verão de 2000 Gianluigi Buffon era o habitual
titular do
Parma,
juntei 2+2 e pensei que aquela fantástica performance pertencia a esse
extraordinário guarda-redes. Mas não. Buffon ainda gozava férias depois do
Euro
2000 – no qual o titular na baliza italiana foi Francesco Toldo – e quem
defendeu a baliza do
Parma
em
Alvalade
foi um tal de Matteo Guardalben, que ainda fez mais de 100 jogos na
Série
A durante a carreira, mas quase todos em clubes de menor dimensão, como
Hellas Verona, Piacenza e
Palermo.
A exibição de Guardalben foi de
tal forma monstruosa que os dois golos que o
Sporting
haveria de marcar foram apontados na conversão de grandes penalidades, ambos
por intermédio de Acosta (51 e 66 minutos), o primeiro a castigar mão na bola
de Paolo Cannavaro na área
parmesã
e o segundo a punir falta do próprio guarda-redes italiano sobre o avançado
leonino.
“Em ambiente de festa, o
Sporting–campeão
apresentou–se ontem à noite aos seus adeptos e, o mínimo que se pode dizer, é
que os deixou a fazer crescer água na boca. Uma agradável e muito conseguida
exibição, tendo em conta que a equipa leva somente três semanas de preparação e
que as estrelas 'de primeira grandeza', apenas se juntaram ao grupo no início
desta semana. Claro que ainda há muitos detalhes por apurar (nem outra coisa
seria de esperar), a chegada de caras novas requer a criação de rotinas, notou-se
até um tremendo défice de produção à esquerda, mas, sem favor, este
Sporting
mostrou já - e nem estava obrigado a fazê-lo - que tem massa de campeão e está
pronto a defender o título ganho na temporada passada. Por surpreendente que
possa parecer, (já) houve até momentos de algum fulgor e encantamento. Fulgor
proporcionado por algumas boas iniciativas ofensivas - com Edmilson (no
primeiro tempo), Mpenza e Toñito (no segundo) em plano de destaque - e
encantamento, claro está, por aquilo que se pode chamar o 'efeito JVP.' Algo
que vai marcar, indelevelmente, a temporada 2000/2001 em
Alvalade.
Isto já para não falar do instinto matador de Acosta, mas isso já não é
novidade”, podia ler-se no jornal
O Jogo na crónica publicada no dia a
seguir ao encontro.
Na apreciação individual aos
jogadores do
Parma,
O Jogo também destacou a exibição de Guardalben: “Na baliza, Guardalben,
suplente do internacional Buffon, demonstrou ter qualidades e conseguiu,
sobretudo na primeira parte, fazer esquecer o titular. Começou por brilhar
desviando de forma espetacular um grande remate de cabeça de João Pinto e ainda
no primeiro tempo negou o golo a Horvath. Manteve-se sempre muito atento e foi
um dos melhores do
Parma.
Batido apenas de penalti, só errou no lance do segundo golo, pois saiu da
baliza fora de tempo e acabou por cometer grande penalidade sobre Acosta.”
O Lusitano lamenta o falecimento de Custódio Amaro, antigo jogador e grande associado do nosso clube.
ResponderEliminarAos familiares, amigos e antigos colegas, os nossos sentidos pêsames.