Sejamos sinceros: os jogos do
Mónaco são um tédio. Muitos passes para trás e para o lado, muito jogo
emperrado a meio-campo e escassas ocasiões de golo para ambas as equipas.
Leonardo Jardim é um treinador
que privilegia a consistência, mas no SC Braga e no Sporting havia aqui e ali
alguma nota artística. No Principado, por falta de jogadores criativos,
escasseiam os rasgos individuais e boas combinações coletivas. É mesmo
enfadonho!
Ferreira-Carrasco é o rei das
assistências, tem feito uma grande temporada, mas está longe de ser um génio. Dirar,
Martial e Germain, que muitas vezes alinham nas alas, não são fantasistas nem
desequilibradores-nato. Berbatov e Lacina Traoré muito menos. São referências
de ataque. Ainda que o búlgaro baixe para participar na construção dos ataques,
é mais um finalizador.
Depois, no meio-campo, há
Kondogbia e João Moutinho. Ambos jogam a um ritmo alto, sobretudo o português
que, quando está ao melhor nível, a equipa ressente-se positivamente. Quando a
sua exibição é menos conseguida, aí é que os homens de Jardim emperram mesmo no
processo ofensivo.
Felizmente, para quem gosta de
acompanhar os homens de Jardim mas não tem paciência para espetáculo tão
entediante, começa a crescer Bernardo Silva. Primeiro, não saía do banco.
Depois, começava a aparecer timidamente nas segundas partes. Com o tempo,
conquistou a titularidade. Agora, a batuta é dele. É ele o fantasista, o génio
da formação do Principado. Joga e faz jogar.
Quando aparece – os génios têm a
particularidade de aparecer e desaparecer durante as partidas – oferece à
equipa toda a sua criatividade e qualidade técnica. Quando tem pouco espaço,
utiliza o drible ou acelera e, de repente, está em boa posição para um último
passe ou até para rematar à baliza. Quando aparentemente não tem linhas de
passe, consegue encontrar um colega para receber a bola, mostrando grande visão
de jogo.
Se será mesmo um Messizinho? Creio
que tem características diferentes e duvido que chegue ao nível do argentino.
Mas a cada mês que passa vai evoluindo, mostrando coisas novas e começando a
justificar ao mais alto nível os predicados que tantos lhe apontavam.
Essa do Messi é mesmo engraçada! Heheheh! Boa piada, David.
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