Fábio Pacheco assinou por três épocas pelo Moreirense |
É verdade que só o desempenho do
jogador vai permitir uma avaliação mais palpável, mas esta é, em perspetiva,
uma grande aquisição. Os minhotos acabam de garantir um centrocampista de
características defensivas, capaz de alinhar a central e a ‘8’, com experiência
de I Liga e à procura de reafirmar-se no primeiro escalão, depois de uma
temporada não muito conseguida nos Barreiros.
Os adeptos do clube de Moreira de
Cónegos que não se deixem levar inicialmente pelo aspeto franzino de Fábio
Pacheco. Dentro de campo, é uma formiguinha, um trabalhador-nato e um
especialista no desarme, um autêntico polvo, ladrão de bolas mesmo em lances em
que o corte parece improvável. A meio da época
2015/16, a primeira em que jogou regularmente no patamar maior do futebol
português, um estudo do portal GoalPoint indicava que era o jogador com melhor
média de passes intercetados a cada 90 minutos em toda a Europa, à frente de
nomes como Krychowiak (Sevilha) e Kanté (Leicester).
Desengane-se, contudo, quem
pensar que este médio natural de Paços de Ferreira só sabe destruir. Não.
Também contribui a nível ofensivo. Quando tem outro centrocampista a seu lado –
fê-lo com Dani e Mikel
em Setúbal -, liberta-se e revela a sua boa chegada até ao último terço,
funcionando como um transportador de bola. E fá-lo bem.
Imaginando que Ivo Vieira vai
implementar um 4x3x3 assente num futebol apoiado desde trás, Fábio Pacheco
reúne as características ideais para ser o elemento que recua até junto dos
centrais para pegar na bola, levantar a cabeça e entregar a redondinha num
companheiro mais adiantado. Nesse aspeto, não poderá oferecer tanta qualidade como
Alfa
Semedo a sair a jogar, mas certamente compensará na assertividade de todas
as suas ações, no bom posicionamento, na generosidade defensiva e na
combatividade na disputa da bola.
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