sábado, 16 de junho de 2018

Moreirense ganha em Fábio Pacheco o ‘6’ ideal para o xadrez de Ivo Vieira

Fábio Pacheco assinou por três épocas pelo Moreirense
Ciente da necessidade de reforçar o meio-campo devido às saídas já anunciadas de Boubacar, Alan Schons e Bruno Ramires – vai rumar ao Marítimo, ao que tudo indica -, todos em final de contrato, e à provável venda de Alfa Semedo, o Moreirense anunciou, no dia 6, a contratação do ex-maritimista Fábio Pacheco, 30 anos, para as próximas três temporadas.

É verdade que só o desempenho do jogador vai permitir uma avaliação mais palpável, mas esta é, em perspetiva, uma grande aquisição. Os minhotos acabam de garantir um centrocampista de características defensivas, capaz de alinhar a central e a ‘8’, com experiência de I Liga e à procura de reafirmar-se no primeiro escalão, depois de uma temporada não muito conseguida nos Barreiros.


Os adeptos do clube de Moreira de Cónegos que não se deixem levar inicialmente pelo aspeto franzino de Fábio Pacheco. Dentro de campo, é uma formiguinha, um trabalhador-nato e um especialista no desarme, um autêntico polvo, ladrão de bolas mesmo em lances em que o corte parece improvável. A meio da época 2015/16, a primeira em que jogou regularmente no patamar maior do futebol português, um estudo do portal GoalPoint indicava que era o jogador com melhor média de passes intercetados a cada 90 minutos em toda a Europa, à frente de nomes como Krychowiak (Sevilha) e Kanté (Leicester).

Desengane-se, contudo, quem pensar que este médio natural de Paços de Ferreira só sabe destruir. Não. Também contribui a nível ofensivo. Quando tem outro centrocampista a seu lado – fê-lo com Dani e Mikel em Setúbal -, liberta-se e revela a sua boa chegada até ao último terço, funcionando como um transportador de bola. E fá-lo bem.


Imaginando que Ivo Vieira vai implementar um 4x3x3 assente num futebol apoiado desde trás, Fábio Pacheco reúne as características ideais para ser o elemento que recua até junto dos centrais para pegar na bola, levantar a cabeça e entregar a redondinha num companheiro mais adiantado. Nesse aspeto, não poderá oferecer tanta qualidade como Alfa Semedo a sair a jogar, mas certamente compensará na assertividade de todas as suas ações, no bom posicionamento, na generosidade defensiva e na combatividade na disputa da bola.




  













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