segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Operário no Campeonato de Portugal

Operário competiu por seis vezes no Campeonato de Portugal
Fundado a 2 de janeiro de 1948 pelo capataz da Fábrica do Álcool da Lagoa, o Clube Operário Desportivo teve durante os primeiros tempos da sua existência uma equipa sénior formada apenas por trabalhadores da empresa, muitos deles a picar ferrugem naquela altura, o que levou o conjunto ter sido conhecido pelo Pica-Ferrugem.
 
Entretanto, com o encerramento dos dois clubes existentes nesse concelho da ilha de São Miguel, “Os Leões” e “Os Vermelhos”, alguns jogadores desses emblemas ingressaram no Operário, uma vez que eram trabalhadores da Fábrica.
 
Em 1991-92, os fabris estrearam-se nos campeonatos nacionais e desde então que se tornaram num dos principais representantes dos Açores no futebol português, tendo competido por oito vezes na III Divisão Nacional, 14 na II Divisão B e seis no Campeonato de Portugal.
 
Já século XXI, a formação micaelense esteve por quatro vezes perto da promoção à II Liga: em 2005-06 ficou a três pontos do campeão da Série D da II Divisão B, o Olivais e Moscavide; em 2006-07 ficou a quatro pontos do campeão da Série C, o Fátima; e em 2014-15 e 2016-17 disputaram a fase de promoção do Campeonato de Portugal ao segundo escalão.
 
Vale por isso a pena conferir os dez jogadores com mais jogos pelo Operário no Campeonato de Portugal.
 

10. Mamadu Camará (67 jogos)

Mamadu Camará
Ponta de lança guineense que concluiu a formação no Estrela da Amadora e passou pelos seniores de Praiense, Casa Pia, Merelinense e Vizela, ingressou pela primeira vez no Operário em 2014-15.
Nessa época atuou em 29 jogos (todos a titular) no Campeonato de Portugal e apontou onze golos, diante de Praiense (quatro), Angrense, Lusitano VRSA, Moura, Ferreiras, Louletano (dois) e Benfica Castelo Branco, ajudando os fabris a alcançarem o apuramento para a fase de promoção à II Liga.
Entretanto mudou-se para o Salgueiros, mas no início de 2017 voltou ao emblema de Lagoa para somar mais 38 partidas (34 a titular) e seis golos pelo Operário ao longo de ano e meio no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores. Em 2016-17 ajudou a equipa a atingir a fase de promoção à II Liga, mas na temporada seguinte mostrou-se impotente para evitar a descida de divisão ao campeonato regional dos Açores.
No verão de 2018 transferiu-se para o Torreense.
 
 
 

9. Patrício Coelho (71 jogos)

Patrício Coelho
Atacante natural de Lagoa e formado no Operário, estreou-se pela equipa principal em agosto de 2014, quando tinha apenas 17 anos e era júnior de primeiro ano.
Desde então até abril de 2018 amealhou 70 partidas (41 a titular) e cinco golos no Campeonato de Portugal, tendo contribuído para o apuramento para a fase de promoção à II Liga em 2014-15 e 2016-17, embora sem conseguir evitar a descida de divisão ao campeonato regional dos Açores em 2017-18.
Após passagens por Marítimo Graciosa, Angrense e São Roque, voltou aos fabris no início da temporada 2021-22 para disputar um jogo como suplente utilizado no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores, tendo regressado ao São Roque no início de 2022.
 
 

8. João Botelho (77 jogos)

João Botelho
Guarda-redes natural de Ponta Delgada e formado no Santa Clara, chegou a ser considerado um dos guardiões portugueses mais promissores, ao ponto de ter sido convocado para o Campeonato da Europa de sub-21 em 2007.
Entretanto, perdeu espaço nos santaclarenses, tendo passado pela Camacha antes de passar pela primeira vez pelo Operário entre 2011 e 2013, numa altura em que os lagoenses lutavam pelos lugares cimeiros da sua série na II Divisão B.
Em 2013-14 iniciou a temporada no Santa Clara, mas em dezembro de 2013 regressou aos fabris para amealhar 50 encontros e 39 golos sofridos no Campeonato de Portugal ao longo de ano e meio, tendo contribuído para o apuramento para a fase de promoção à II Liga em 2014-15, época em que estabeleceu o recorde de minutos sem sofrer golos no futebol português: 1221.
No verão de 2015 regressou ao Santa Clara, mas no início de 2017 voltou ao Operário para somar mais 27 partidas e 40 golos sofridos no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores ao longo de ano e meio. Em 2016-17 ajudou a equipa a atingir a fase de promoção à II Liga, mas na temporada seguinte mostrou-se impotente para evitar a descida de divisão ao campeonato regional dos Açores.
No verão de 2018 transferiu-se para o União Micaelense.
 
 
 

7. Gonçalo Reyes (78 jogos)

Gonçalo Reyes
Lateral direito natural da Cova da Piedade, concelho de Almada, mas com ascendência chilena, jogou ao lado de Ederson, Bernardo Silva, João Cancelo, Ivan Cavaleiro e Hélder Costa nas camadas jovens do Benfica, mas foi no Vitória de Setúbal que concluiu a formação e iniciou o percurso como futebolista sénior.
Após ser emprestado pelos sadinos ao Casa Pia e ter passado dois anos no Marítimo B, ingressou pela primeira vez no Operário no verão de 2016.
Ao longo das duas épocas dessa primeira passagem por Lagoa amealhou 58 partidas (57 a titular) e sete golos no Campeonato de Portugal. Em 2016-17 ajudou a equipa a atingir a fase de promoção à II Liga, mas na temporada seguinte mostrou-se impotente para evitar a descida de divisão ao campeonato regional dos Açores.
Após a despromoção mudou-se para o Pinhalnovense, tendo ainda passado por Loures e Sp. Ideal antes de voltar ao Operário em 2021-21, época marcada pela conquista do título açoriano. Na temporada que se seguiu atuou em 20 jogos (15 a titular) no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores e marcou um golo ao Sp. Ideal, mas novamente sem conseguir impedir a despromoção ao campeonato regional dos Açores.
Em 2022-23 permanece ao serviço dos fabris.
 
 
 

6. Joazimar (79 jogos)

Joazimar
Médio ofensivo/extremo internacional cabo-verdiano que concluiu a formação no Marítimo, passou por Pontassolense, Marítimo B e Oeiras antes de ingressar pela primeira vez no Operário no verão de 2013.
Nessa primeira passagem por Lagoa, de duas épocas, totalizou 61 partidas (59 a titular) e 16 remates certeiros no Campeonato de Portugal, tendo ajudado a equipa a alcançar o apuramento para a fase de promoção à II Liga em 2014-15.
No verão de 2015 mudou-se para o Atlético, tendo ainda passado por Praiense, Vilafranquense, Louletano, Sp. Ideal e Fontinhas antes de regressar aos fabris em 2021-22, temporada em que participou em 18 encontros (17 a titular) no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores e marcou um golo ao Sacavenense, insuficiente para evitar a despromoção ao campeonato regional dos Açores.
Em 2022-23 permanece ao serviço do Operário.
 
 
 

5. Pedro Tavares (82 jogos)

Pedro Tavares
Defesa central natural de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, fez toda a formação no Operário, tendo transitado para a equipa sénior em 2011-12, quando ainda era júnior de primeiro ano.
Após ter competido na II Divisão B ao longo de duas épocas, em 2013-14 atuou em 31 encontros (todos como titular) e marcou um golo ao 1º Dezembro no Campeonato de Portugal.
Após uma passagem de uma temporada pelo Loures, regressou ao emblema de Lagoa em 2015-16, época em que participou em 31 jogos (todos como titular) no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores e apontou dois golos, diante de Oliveira do Hospital e Praiense.
Entretanto fez uma pausa na carreira, tendo regressado ao ativo em 2019-20 ao serviço do Rabo de Peixe. Duas épocas depois, em 2021-22, voltou aos fabris para atuar em 20 partidas no Campeonato de Portugal, não conseguindo impedir a despromoção ao campeonato regional dos Açores.
No verão de 2022 regressou ao Rabo de Peixe.
 
 
 

4. Jorginho (83 jogos)

Jorginho
Lateral/médio esquerdo natural de Ponta Delgada, concluiu a formação no Operário, tendo transitado para a equipa principal em 2004-05, na altura para competir na II Divisão B.
Nos primeiros anos na equipa principal esteve por duas vezes perto da promoção à II Liga (2005-06 e 2006-07).
No verão de 2012 mudou-se para o Santiago, tendo ainda passado pelo Capelense antes de regressar aos fabris ao cabo de dois anos.
Entre 2014 e 2018 amealhou 83 encontros (60 a titular) e quatro golos no Campeonato de Portugal, tendo contribuído para o apuramento para a fase de promoção à II Liga em 2014-15 e 2016-17. Contudo, em 2017-18 mostrou-se impotente para evitar a descida ao campeonato regional dos Açores.
Após a descida de divisão voltou ao Santiago, mas haveria de voltar a vestir a camisola do Operário entre janeiro de 2019 e março de 2020.
 
 
 

3. João Peixoto (88 jogos)

João Peixoto
Médio de características defensivas natural do distrito de Setúbal que tinha feito a formação no Vitória de Setúbal e passado por clubes como Casa Pia, Pinhalnovense, Olivais e Moscavide e Atlético, mudou-se para os Açores em 2011, quando foi jogar precisamente para o Operário.
Depois de competir na II Divisão B nas duas primeiras épocas ao serviço dos fabris, entre 2013 e 2016 amealhou 88 partidas (todas como titular) e 24 remates certeiros no Campeonato de Portugal – registo que faz dele o melhor marcador de sempre dos lagoenses na competição –, tendo contribuído para o apuramento para a fase de promoção à II Liga em 2014-15.
No verão de 2016 mudou-se para o Praiense.
 
 
 

2. Chileno (98 jogos)

Chileno
Lateral/médio esquerdo natural de Góis, mas com raízes chilenas, Hugo Simões de seu nome verdadeiro concluiu a formação no Estrela da Amadora e passou por Pampilhosa, Tourizense, Lokomotiv Mezdra (Bulgária) e ENP e PAEEK (ambos Chipre) antes de ingressar pela primeira vez no Operário em 2011-12, na altura para competir na II Divisão B.
Após passagens por Farense, Sertanense e Benfica Castelo Branco, totalizou 78 partidas (73 a titular) e seis golos no Campeonato de Portugal entre 2015 e 2018. Se em 2016-17 contribuiu para o apuramento para a fase de promoção à II Liga, na época que se seguiu mostrou-se impotente para evitar a descida ao campeonato regional dos Açores.
Após a despromoção mudou-se para o Sp. Ideal, mas haveria de voltar aos fabris no verão de 2020 para sagrar-se campeão açoriano na época de regresso ao clube e disputar 20 jogos (dez a titular) no Campeonato de Portugal em 2021-22, ainda que sem conseguir evitar nova descida de divisão.
No verão de 2022 regressou ao Sp. Ideal.
 
 

1. Dani Sousa (132 jogos)

Dani Sousa
Médio natural de Fajã de Cima, na ilha de São Miguel, concluiu a formação no Operário, tendo transitado para a equipa principal em 2011-12.
Após duas épocas a competir na II Divisão B, amealhou 113 encontros (111 a titular) e nove golos entre 2013 e 2018. Se por um lado contribuiu para os apuramentos para a fase de promoção à II Liga em 2014-15 e 2016-17, por outro mostrou-se impotente para evitar a despromoção ao campeonato regional dos Açores em 2017-18.
No verão de 2018 mudou-se para o Sp. Ideal, mas dois anos depois regressou aos fabris. Em 2020-21 conquistou o título regional e na temporada que se seguiu atuou em 19 partidas (todas como titular) no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores, voltando a não conseguir impedir a descida de divisão.
Em 2022-23 continua ao serviço do clube.
 











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