domingo, 15 de maio de 2022

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Caldas no Campeonato de Portugal

Dez figuras importantes na história recente do Caldas
Fundado a 15 de maio de 1916 por um grupo de caldenses, o Caldas Sport Clube viveu o ponto alto da sua história no final da década de 1950, quando participou por quatro vezes (consecutivas) na I Divisão.
 
Filiado e um dos fundadores da Associação de Futebol de Leiria, subiu ao primeiro escalão depois de uma goleada ao Boavista (4-1) no Estádio Municipal de Coimbra a 26 de junho de 1955. Após uma ascensão meteórica até ao patamar maior do futebol português, os pelicanos regressaram às divisões secundárias, mas estabilizaram nos campeonatos nacionais.
 
Presentemente a competir na edição inaugural da Liga 3 após ter participado no Campeonato de Portugal entre 2013 e 2021, o emblema da região Oeste voltou recentemente a ser notícia pela magnífica campanha até às meias-finais da Taça de Portugal em 2017-18.
 
Nas décadas anteriores, o Caldas competiu por 17 vezes na II Divisão B, tendo como melhor classificação o 2.º lugar na Zona Centro em 1992-93. Por escassos três pontos, foi o Académico Viseu e não os caldenses a subir à II Liga.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Caldas no Campeonato de Portugal.
 
 

10. Rui Almeida (124 jogos)

Rui Almeida
Defesa central nascido em Óbidos, fez toda a formação no Caldas, mas quando subiu a sénior o primeiro clube que representou foi o Oliveira do Hospital.
Em 2004-05 vestiu pela primeira vez a camisola dos seniores pelicanos, na II Divisão B, tendo passado ainda por Pampilhosa e Anadia antes de regressar Campo da Mata no verão de 2010.
Após a conquista do título de campeão da Série E da III Divisão em 2010-11 e da descida à III Divisão em 2012, Rui Almeida contribuiu em 2013 para a subida ao então denominado Campeonato Nacional de Seniores.
Na recém-criada competição amealhou 124 partidas (117 a titular) e três golos entre 2013 e 2019, tendo ajudado os caldenses a atingir a fase de promoção à II Liga em 2014-15 e a chegar às meias-finais da Taça de Portugal em 2017-18.
Em 2019 pendurou as botas, aos 34 anos, e tornou-se coordenador do futebol de formação do Caldas.
“Dei muito ao Caldas, mas o Caldas deu-me muito mais. Eu é que agradeço ao clube o peso que teve na minha formação desportiva e humana. O meu ciclo como jogador terminou, o clube tem um rumo e um trabalho extremamente meritório, por isso vou tranquilo e confiante que vai continuar a dar passos pequenos, mas seguros. A minha perspetiva será sempre de dizer presente para ajudar o Caldas e como costumo dizer em jeito de brincadeira, ao domingo vou passar a vir à missa. O Caldas tem tido o mérito de ter muita gente a despontar, há uma geração cheia de qualidade e com a identidade do clube. Os adeptos têm que valorizar esta identidade e a forma como o clube consegue combater de forma meritória com outras realidades, é um clube especial”, afirmou aquando da despedida dos relvados, em maio de 2019.
 
 

9. Juvenal Oliveira (130 jogos)

Juvenal Oliveira
Defesa lateral natural da Nazaré, concluiu a formação na União de Leiria, mas quando subiu a sénior passou por clubes como Ginásio de Alcobaça e União da Serra, tendo ainda voltado aos leirienses antes de ingressar no Caldas no verão de 2014.
Desde que chegou ao clube, até 2021, amealhou 130 partidas (128 a titular) e três golos no Campeonato de Portugal, tendo ajudado os caldenses a atingir a fase de promoção à II Liga em 2014-15 e as meias-finais da Taça de Portugal em 2017-18 e a garantir a participação na edição inaugural da Liga 3 em 2021.
Presentemente continua ao serviço dos pelicanos, na Liga 3.
 
 
 

8. Nuno Januário (139 jogos)

Nuno Januário

Médio ofensivo nascido na Suíça, mas radicado em Portugal desde tenra idade, jogou ao lado de Rafael Barbosa e Matheus Pereira nas camadas jovens do Sporting, ingressou nos iniciados do Caldas em 2010-11, mas concluiu a formação no Belenenses.
Em 2015-16, na primeira época de sénior, voltou aos pelicanos para totalizar 139 encontros (85 a titular) e onze golos no Campeonato de Portugal até à temporada 2020-21, tendo ajudado a equipa a chegar às meias-finais da Taça de Portugal em 2017-18 e a garantir a participação na edição inaugural da Liga 3 em 2021.
Presentemente continua ao serviço dos caldenses, na Liga 3.
 
 
 

7. João Rodrigues (148 jogos)

João Rodrigues
O famoso Tarzan do Caldas, um avançado nascido em Óbidos e que chegou aos pelicanos na segunda época de sénior, 2014-15, proveniente do Associação Espeleológica de Óbidos, clube em que fez toda a formação.
Entre 2014 e 2018, João Rodrigues amealhou 115 encontros (104 a titular) e 50 remates certeiros no Campeonato de Portugal, tendo ajudado o Caldas a atingir a fase de promoção à II Liga em 2014-15 e a chegar às meias-finais da Taça de Portugal em 2017-18.
Valorizado pelas boas campanhas no Campo da Mata, deu o salto para o Leixões no verão de 2018, mas não se impôs nas ligas profissionais – nem ao serviço do Belenenses SAD, clube ao qual foi emprestado pelo conjunto de Matosinhos.
Em janeiro de 2020 regressou aos caldenses para somar mais 33 partidas (todas como titular) e 15 golos no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores ao longo de ano e meio, ajudando a equipa a assegurar a presença na edição inaugural da Liga 3 em 2021.
Presentemente ainda se encontra a representar o clube, na Liga 3.
O seu irmão mais novo, o médio Vítor Rodrigues, integra o plantel do Caldas desde 2016-17.
 
 
 

6. André Santos (153 jogos)

André Santos
Médio defensivo natural de Torres Vedras e internacional jovem português que jogou ao lado de Sílvio e Miguel Rosa nas camadas jovens do Benfica e de Ventura, André Pinto, Castro, Hélder Barbosa e Ukra nos juniores do FC Porto, passou pelos seniores de Torreense, Mineiro Aljustrelense, Monsanto, Sertanense, Feirense e Lourinhanense antes de ingressar no Caldas no verão de 2014.
Nas primeiras sete temporadas no Campo da Mata totalizou 153 encontros (135 a titular) e 15 golos no Campeonato de Portugal, tendo ajudado os pelicanos a chegar às meias-finais da Taça de Portugal em 2017-18 e a garantir a participação na edição inaugural da Liga 3 em 2021.
Presentemente continua ao serviço do clube, na Liga 3.
 
 
 

5. André Simões (167 jogos)

André Simões
Um filho da terra e um produto da formação do clube, um médio que transitou para a equipa principal em 2009-10, na altura para jogar na III Divisão.
Em 2011 subiu à II Divisão B, um ano depois desceu à III Divisão e em 2013 ajudou os pelicanos a assegurar presença no recém-criado Campeonato de Portugal, competição em que André Simões amealhou 167 partidas (105 a titular) e quatro golos entre 2013 e 2021, tendo ajudado a equipa a atingir a fase de promoção à II Liga em 2014-15 e as meias-finais da Taça de Portugal em 2017-18 e a garantir a participação na edição inaugural da Liga 3 em 2021.
Presentemente ainda se encontra a representar o clube, na Liga 3.
“Na formação foi sempre o Caldas e nunca pensei ir para outro lado. Nos seniores já costumam haver propostas, mas no meu caso nunca houve nada concreto que me fizesse ir embora”, afirmou ao Record em fevereiro de 2018.
 
 
 

4. Paulo Inácio (169 jogos)

Paulo Inácio
Médio de características defensivas natural de Torres Vedras, passou por Torreense, Portosantense, Olivais e Moscavide, Caniçal e Lourinhanense antes de ingressar no Caldas no verão de 2014.
Ao longo das primeiras sete temporadas no Campo da Mata amealhou 169 partidas (165 a titular) no Campeonato de Portugal, tendo ajudado os caldenses a atingir a fase de promoção à II Liga em 2014-15 e as meias-finais da Taça de Portugal em 2017-18 e a garantir a participação na edição inaugural da Liga 3 em 2021.
Presentemente continua ao serviço do clube, na Liga 3, numa altura em que já tem 39 anos.
 
 
 

3. Luís Farinha (203 jogos)

Luís Farinha
Lateral/extremo esquerdo com formação dividida entre Atouguiense, Peniche e Lourinhanense, ingressou no Caldas em 2013-14, precisamente na época inaugural do então recém-criado Campeonato Nacional de Seniores, proveniente do Atouguiense.
Ao longo das primeiras oito temporadas no Campo da Mata totalizou 203 encontros (144 a titular) e 35 remates certeiros, tendo ajudado os pelicanos a atingir a fase de promoção à II Liga em 2014-15 e as meias-finais da Taça de Portugal em 2017-18 e a garantir a participação na edição inaugural da Liga 3 em 2021.
Presentemente ainda se encontra a representar o clube, na Liga 3.
 
 
 

2. Luís Paulo (225 jogos)

Luís Paulo
Depois de um longo trajeto no Bombarralense, na III Divisão e nos distritais da AF Leiria, e de uma passagem de uma época na Associação Murteirense, este guarda-redes nascido nas Caldas da Rainha reforçou o Caldas no verão de 2012, quando o clube se encontrava na III Divisão.
Em 225 partidas na baliza dos pelicanos (todas a titular) no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores sofreu 215 golos, tendo atingido a fase de promoção em 2014-15 e participado na brilhante caminhada até às meias-finais da Taça de Portugal três épocas depois.
Em 2021-22 já não estará a jogar no Campeonato de Portugal, uma vez que está a representar a formação da região Oeste na recém-criada Liga 3.
 
 
 

1. Thomas Militão (235 jogos)

Thomas Militão
Em primeiro lugar nesta lista está mais um homem de um só clube e que até há bem pouco tempo era mesmo o recordista absoluto de jogos no Campeonato de Portugal.
Embora tenha nascido em Cormeilles en Parisis, no norte de França, vive em Portugal desde tenra idade e está ligado ao Caldas desde a longínqua temporada 2001-02, quando atuava nas escolinhas – categoria atualmente designada por benjamins.
Desde 2011-12 de forma efetiva na equipa principal, estreou-se com uma descida à III Divisão, mas na época seguinte ajudou os pelicanos a assegurarem uma vaga no denominado Campeonato Nacional de Seniores.
Desde então que este defesa central/lateral direito somou 235 jogos (todos a titular) e oito golos na competição, sempre ao serviço da equipa do Campo da Mata, palco onde continua a jogar em 2021-22, mas na Liga 3.
“Nas camadas jovens estive quase a ir para a União de Leiria, mas acabei por recusar. Nunca foi nada certo. Para trocar o Caldas tem de ser por um clube que tenha objetivos superiores. Sempre me senti muito feliz e agora nem tenho palavras”, explicou ao Record em fevereiro de 2018.
 











1 comentário:

  1. Raramente é mencionado que o CALDAS já foi CAMPEÃO NACIONAL

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