Dez jogadores que ficaram na história da União de Santarém |
Fundada a 23 de agosto de 1969 a
partir da fusão do Sport Grupo Scalabitano “Os Leões” e o Sport Grupo União
Operária, a União Desportiva de Santarém, tomou o lugar dos Leões de Santarém
na II Divisão Nacional e esteve 32 anos consecutivos nos campeonatos nacionais,
até 2001.
Nessas três décadas, os
scalabitanos participaram por dez vezes na II Divisão Nacional, por três
ocasiões na II Divisão B e somaram ainda 19 presenças na III Divisão Nacional.
Em termos de II B, os ribatejanos
alcançaram a melhor classificação logo na edição inaugural, em 1990-91, tendo
obtido um 10.º lugar na Zona Centro. Na época seguinte desceram de divisão, tal
como em 1994-95.
Remetidos para os campeonatos
distritais da AF Santarém entre 2001 e 2019, os ribatejanos participaram no Campeonato
de Portugal em 2019-20 e 2020-21, tendo garantido a presença na edição
inaugural da Liga 3.
Vale por isso a pena recordar os
dez jogadores com mais jogos pela União de Santarém na II Divisão B.
10. Taborda (46 jogos)
Nessa temporada de regresso ao
clube disputou 37 jogos (36 a titular) no campeonato da II Divisão B e marcou
um golo ao Ginásio
de Alcobaça, ajudando a equipa a assegurar a permanência.
Entretanto voltou ao Alcanenense,
mas regressou ao Campo Chã das Padeiras no verão de 1992, tendo contribuído
dois anos depois para a promoção à II B, patamar em que atuou em nove encontros
(seis a titular) em 1994-95, mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
mudou-se para o Coruchense,
mas em 1996-97 voltou a vestir a camisola da União de Santarém.
9. Luís Amante (46 jogos)
Luís Amante |
Disputou o mesmo número de jogos
de Taborda, mas amealhou mais 131 minutos em campo – 3928 contra 3797.
Médio/avançado que iniciou o seu
percurso nas camadas jovens da União de Almeirim, transferiu-se para a vizinha
União de Santarém no último ano de júnior, em 1985-86, tendo transitado para a
equipa principal nessa época, chegando a jogar na II Divisão Nacional.
A partir daí iniciou um percurso
de várias saídas e reentradas nos scalabitanos. Em 1987-88 representou o
Cartaxo e em 1990-91 a União de Almeirim, mas em 1991-92 regressou à capital de
distrito para disputar 31 jogos (30 a titular) na II Divisão B e apontar seis
golos, diante de Caldas,
União de Lamas (dois), Lousanense, Campomaiorense
e Fátima,
ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Em 1993-94 voltou a vestir a
camisola da União de Almeirim, mas na temporada que se seguiu voltou ao Campo
Chã das Padeiras para atuar em 15 partidas (14 a titular) na II B e faturar por
duas vezes, frente a União
de Coimbra e Oliveira do Hospital, voltando a mostrar-se impotente para
evitar a despromoção.
Após a descida de divisão passou
dois anos no Beneditense, mas em 1997 regressou a Santarém para competir
durante quatro anos na III Divisão, despedindo-se em 2021 com a despromoção aos
campeonatos distritais.
8. Leonel (56 jogos)
Em 1989-90 contribuiu para o
apuramento para a edição inaugural da II Divisão B, patamar em que amealhou um
total de 56 encontros (44 a titular) nas duas épocas que se seguiram, não
conseguindo evitar a despromoção em 1992.
Após a descida de divisão
permaneceu mais um ano no clube, rumando depois ao Alcanenense.
7. Pedro Gil (56 jogos)
Pedro Gil |
Disputou o mesmo número de jogos
de Leonel, mas amealhou mais 810 minutos em campo – 5040 contra 4230.
Guarda-redes que concluiu a formação
e iniciou o seu trajeto enquanto sénior no SL Cartaxo, reforçou a União de
Santarém em 1989-90, tendo contribuído para o apuramento para a edição
inaugural da II Divisão B nessa época.
Nas duas temporadas que se
seguiram amealhou 55 partidas (todas a titular) e 71 golos sofridos. Em 1990-91
ajudou a assegurar a permanência, mas na época que se seguiu mostrou-se
impotente para evitar a despromoção.
Pedro Gil permaneceu no plantel
após a descida de divisão e fez parte da equipa que em 1993-94 assegurou a
subida à II Divisão B, patamar em que atuou uma vez e sofreu um golo na época
seguinte.
No verão de 1995 transferiu-se
para o vizinho União de Almeirim na companhia de Simões.
Melhor sorte tem tido enquanto…
enólogo, trabalhando na Adega do Cartaxo há mais de 25 anos.
6. Alcobia (62 jogos)
Paulo Alcobia |
Defesa central formado na União
de Santarém, transitou para a equipa principal em 1984-85, tendo logo na
primeira época contribuído para a promoção à II Divisão Nacional. Após a descida
à III Divisão e nova subida ao segundo escalão, transferiu-se para o Águias de
Alpiarça no verão de 1987.
Um ano depois regressou ao Campo
Chã das Padeiras, tendo ajudado os scalabitanos a alcançarem o apuramento para
a edição inaugural da II Divisão B, patamar competitivo em que Alcobia amealhou
um total de 62 encontros (todos a titular) e cinco golos entre 1990 e 1992. Se
em 1990-91 foi importante para que a permanência fosse assegurada, na época que
se seguiu mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
transferiu-se para o União de Almeirim.
5. Valbom (67 jogos)
Valbom |
Extremo que jogou ao lado de
Fernando Mendes nos juvenis do Sporting,
concluiu a sua formação na União de Santarém, tendo transitado para a equipa
principal em 1988-89.
Na segunda época nos seniores
contribuiu para o apuramento para a edição inaugural da II Divisão B, patamar
em que totalizou 67 partidas (59 a titular) e 13 remates certeiros entre 1990 e
1992. Em 1990-91 ajudou a assegurar a permanência, mas na época que se seguiu
mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
transferiu-se para o Vilafranquense.
4. Tuta (68 jogos)
Tuta |
Médio defensivo formado na União
de Santarém, estreou-se pela equipa principal aos 16 anos e 10 meses, numa
derrota no terreno do Estarreja a 1 de maio de 1988, em jogo da II Divisão Nacional.
Na época seguinte ainda jogou
pelos juniores, mas em 1989-90 fixou-se no plantel sénior e contribuiu para o
apuramento para a edição inaugural da II Divisão B, patamar em que amealhou 55
partidas (43 a titular) entre 1990 e 1992. Se em 1990-91 foi importante para
que a permanência fosse assegurada, na temporada que se seguiu mostrou-se
impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
mudou-se para o Beneditense, mas em 1993-94 regressou ao Campo Chã das Padeiras
para somar mais uma promoção à II B, competição em na época seguinte atuou em
13 jogos (onze a titular), mas sem conseguir evitar nova despromoção.
Depois de mais uma descida de
divisão rumou ao Coruchense
na companhia de Taborda, Rui Pedro, Costinha e João Paulo, mas haveria de
voltar a representar os scalabitanos em 1996-97 e 1998-99, em ambas as ocasiões
na III Divisão.
3. Peralta (75 jogos)
Peralta |
Lateral direito que ingressou nos
juniores da União de Santarém em 1983-84, transitou para a equipa principal
duas épocas depois, tendo em 1986-87 contribuído para a subida à II Divisão
Nacional e participado numa eliminatória da Taça
de Portugal frente ao Benfica
no antigo Estádio da Luz.
Após a descida à III Divisão, em
1988, mudou-se para o Alcanenense, mas um ano depois regressou ao Campo Chã das
Padeiras para ajudar os scalabitanos a apurarem-se para a edição inaugural da
II Divisão B, patamar em que amealhou 61 jogos (57 a titular) entre 1990 e
1992. Em 1990-91 foi importante para que a permanência fosse assegurada, mas na
temporada que se seguiu mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
A seguir à despromoção permaneceu
no clube e voltou a coloca-lo na II Divisão B. Em 1994-95disputou 14 partidas
(10 a titular) no campeonato, mas não conseguiu impedir nova descida de divisão.
No verão de 1995 transferiu-se
para o Beneditense na companhia de Luís Amante.
2. Melro (80 jogos)
Ponta de lança que começou a praticar
futebol nas camadas jovens nos ribatejanos, concluiu a formação no Sporting,
tendo jogado ao lado de futebolistas como Secretário, Amaral
e Cadete.
No entanto, quando subiu a sénior
não encontrou espaço em Alvalade
e acabou por regressar ao emblema scalabitano.
Após uma curta passagem pelo Peniche,
mostrou veia goleadora ao serviço da União de Santarém em 1990-91, ao somar 14
remates certeiros em 38 encontros (35 a titular), registo que se revelou
decisivo para que a permanência fosse alcançada. Mirense, Ginásio
de Alcobaça (dois), Mangualde (quatro), Caldas,
Anadia, Guarda, União
de Coimbra (dois), Mirandense e Sanjoanense
foram as vítimas de Luís Melro.
No entanto, na época seguinte faturou
apenas por quatro vezes em 25 jogos (23 a titular), com os golos apontados
diante de Sanjoanense,
Torres Novas, Naval e Oliveirense
a revelarem-se insuficientes para impedir a despromoção.
Após a descida de divisão
permaneceu mais um ano no clube, rumando depois ao vizinho União de Almeirim na
companhia de Luís Amante e Betes.
Haveria de regressar a casa em
1994-95 para disputar 17 jogos (todos a titular) na II Divisão B, todos na
primeira metade da época, e apontar nove golos, frente a Sanjoanense,
Beneditense, Lourinhanense,
Oliveira do Hospital, Benfica
Castelo Branco (dois), Oliveirense,
Recreio
de Águeda e Alcains.
Porém, mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Depois de nova descida de divisão
transferiu-se para o União
de Montemor.
Em 2001, após passagens por
clubes como Beneditense, Caldas,
Fátima
e Coruchense,
voltou ao Campo Chã das Padeiras para competir durante três temporadas nos
campeonatos distritais da AF Santarém.
Após pendurar as botas permaneceu
continuado ao clube, tendo desempenhado as funções de presidente da SAD.
O legado da família Melro na
União de Santarém passou para a geração seguinte, uma vez que o filho Tiago fez
parte da formação no clube, jogou pela equipa principal entre 2017 e 2019 e foi
preparador físico dos seniores em 2019-20, ao passo que outro dos rebentos,
José Melro, trabalha presentemente com a equipa principal, apesar de ter apenas
17 anos.
1. Filipe (86 jogos)
Filipe |
Médio/avançado que passou pela
formação da União de Santarém, chegou à equipa principal em 1982-83,
proveniente do Abitureiras.
Nessa temporada teve início um
longo percurso de 14 anos nos scalabitanos, marcado por quatro subidas e outras
tantas descidas de divisão.
Em termos de II Divisão B
amealhou 86 encontros (81 a titular) e apontou 18 golos, que fazem dele o
segundo melhor marcador de sempre dos ribatejanos nesse patamar competitivo. A
melhor época da carreira foi em 1990-91, quando somou uma dezena de remates
certeiros, naquela que foi a única vez que se festejou a permanência na II B no
Campo Chã das Padeiras.
No verão de 1996 transferiu-se
para o Amiense.
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