segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pela União de Santarém na II Divisão B

Dez jogadores que ficaram na história da União de Santarém
Fundada a 23 de agosto de 1969 a partir da fusão do Sport Grupo Scalabitano “Os Leões” e o Sport Grupo União Operária, a União Desportiva de Santarém, tomou o lugar dos Leões de Santarém na II Divisão Nacional e esteve 32 anos consecutivos nos campeonatos nacionais, até 2001.
 
Nessas três décadas, os scalabitanos participaram por dez vezes na II Divisão Nacional, por três ocasiões na II Divisão B e somaram ainda 19 presenças na III Divisão Nacional.
 
Em termos de II B, os ribatejanos alcançaram a melhor classificação logo na edição inaugural, em 1990-91, tendo obtido um 10.º lugar na Zona Centro. Na época seguinte desceram de divisão, tal como em 1994-95.
 
Remetidos para os campeonatos distritais da AF Santarém entre 2001 e 2019, os ribatejanos participaram no Campeonato de Portugal em 2019-20 e 2020-21, tendo garantido a presença na edição inaugural da Liga 3.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pela União de Santarém na II Divisão B.
 
 

10. Taborda (46 jogos)

Taborda
Defesa central/lateral direito que iniciou a sua formação precisamente na União de Santarém, passou por Cartaxo, Estrela Ouriquense e Alcanenense antes de voltar aos scalabitanos em 1990-91.
Nessa temporada de regresso ao clube disputou 37 jogos (36 a titular) no campeonato da II Divisão B e marcou um golo ao Ginásio de Alcobaça, ajudando a equipa a assegurar a permanência.
Entretanto voltou ao Alcanenense, mas regressou ao Campo Chã das Padeiras no verão de 1992, tendo contribuído dois anos depois para a promoção à II B, patamar em que atuou em nove encontros (seis a titular) em 1994-95, mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão mudou-se para o Coruchense, mas em 1996-97 voltou a vestir a camisola da União de Santarém.
 
 

9. Luís Amante (46 jogos)

Luís Amante
Disputou o mesmo número de jogos de Taborda, mas amealhou mais 131 minutos em campo – 3928 contra 3797.
Médio/avançado que iniciou o seu percurso nas camadas jovens da União de Almeirim, transferiu-se para a vizinha União de Santarém no último ano de júnior, em 1985-86, tendo transitado para a equipa principal nessa época, chegando a jogar na II Divisão Nacional.
A partir daí iniciou um percurso de várias saídas e reentradas nos scalabitanos. Em 1987-88 representou o Cartaxo e em 1990-91 a União de Almeirim, mas em 1991-92 regressou à capital de distrito para disputar 31 jogos (30 a titular) na II Divisão B e apontar seis golos, diante de Caldas, União de Lamas (dois), Lousanense, Campomaiorense e Fátima, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Em 1993-94 voltou a vestir a camisola da União de Almeirim, mas na temporada que se seguiu voltou ao Campo Chã das Padeiras para atuar em 15 partidas (14 a titular) na II B e faturar por duas vezes, frente a União de Coimbra e Oliveira do Hospital, voltando a mostrar-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão passou dois anos no Beneditense, mas em 1997 regressou a Santarém para competir durante quatro anos na III Divisão, despedindo-se em 2021 com a despromoção aos campeonatos distritais.
 
 
 

8. Leonel (56 jogos)

Leonel Madruga
Defesa lateral que fez quase toda a formação na União de Santarém, mas que jogou ao lado de Amaral e Cadete nos juvenis do Sporting, transitou para a equipa principal dos ribatejanos em 1987-88, não conseguindo impedir a descida à III Divisão.
Em 1989-90 contribuiu para o apuramento para a edição inaugural da II Divisão B, patamar em que amealhou um total de 56 encontros (44 a titular) nas duas épocas que se seguiram, não conseguindo evitar a despromoção em 1992.
Após a descida de divisão permaneceu mais um ano no clube, rumando depois ao Alcanenense.
 
 


7. Pedro Gil (56 jogos)

Pedro Gil
Disputou o mesmo número de jogos de Leonel, mas amealhou mais 810 minutos em campo – 5040 contra 4230.
Guarda-redes que concluiu a formação e iniciou o seu trajeto enquanto sénior no SL Cartaxo, reforçou a União de Santarém em 1989-90, tendo contribuído para o apuramento para a edição inaugural da II Divisão B nessa época.
Nas duas temporadas que se seguiram amealhou 55 partidas (todas a titular) e 71 golos sofridos. Em 1990-91 ajudou a assegurar a permanência, mas na época que se seguiu mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Pedro Gil permaneceu no plantel após a descida de divisão e fez parte da equipa que em 1993-94 assegurou a subida à II Divisão B, patamar em que atuou uma vez e sofreu um golo na época seguinte.
No verão de 1995 transferiu-se para o vizinho União de Almeirim na companhia de Simões.
Melhor sorte tem tido enquanto… enólogo, trabalhando na Adega do Cartaxo há mais de 25 anos.
 
 

6. Alcobia (62 jogos)

Paulo Alcobia
Defesa central formado na União de Santarém, transitou para a equipa principal em 1984-85, tendo logo na primeira época contribuído para a promoção à II Divisão Nacional. Após a descida à III Divisão e nova subida ao segundo escalão, transferiu-se para o Águias de Alpiarça no verão de 1987.
Um ano depois regressou ao Campo Chã das Padeiras, tendo ajudado os scalabitanos a alcançarem o apuramento para a edição inaugural da II Divisão B, patamar competitivo em que Alcobia amealhou um total de 62 encontros (todos a titular) e cinco golos entre 1990 e 1992. Se em 1990-91 foi importante para que a permanência fosse assegurada, na época que se seguiu mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o União de Almeirim.
 
 

5. Valbom (67 jogos)

Valbom
Extremo que jogou ao lado de Fernando Mendes nos juvenis do Sporting, concluiu a sua formação na União de Santarém, tendo transitado para a equipa principal em 1988-89.
Na segunda época nos seniores contribuiu para o apuramento para a edição inaugural da II Divisão B, patamar em que totalizou 67 partidas (59 a titular) e 13 remates certeiros entre 1990 e 1992. Em 1990-91 ajudou a assegurar a permanência, mas na época que se seguiu mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Vilafranquense.
 
 

4. Tuta (68 jogos)

Tuta
Médio defensivo formado na União de Santarém, estreou-se pela equipa principal aos 16 anos e 10 meses, numa derrota no terreno do Estarreja a 1 de maio de 1988, em jogo da II Divisão Nacional.
Na época seguinte ainda jogou pelos juniores, mas em 1989-90 fixou-se no plantel sénior e contribuiu para o apuramento para a edição inaugural da II Divisão B, patamar em que amealhou 55 partidas (43 a titular) entre 1990 e 1992. Se em 1990-91 foi importante para que a permanência fosse assegurada, na temporada que se seguiu mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão mudou-se para o Beneditense, mas em 1993-94 regressou ao Campo Chã das Padeiras para somar mais uma promoção à II B, competição em na época seguinte atuou em 13 jogos (onze a titular), mas sem conseguir evitar nova despromoção.
Depois de mais uma descida de divisão rumou ao Coruchense na companhia de Taborda, Rui Pedro, Costinha e João Paulo, mas haveria de voltar a representar os scalabitanos em 1996-97 e 1998-99, em ambas as ocasiões na III Divisão.
 
 

3. Peralta (75 jogos)

Peralta
Lateral direito que ingressou nos juniores da União de Santarém em 1983-84, transitou para a equipa principal duas épocas depois, tendo em 1986-87 contribuído para a subida à II Divisão Nacional e participado numa eliminatória da Taça de Portugal frente ao Benfica no antigo Estádio da Luz.
Após a descida à III Divisão, em 1988, mudou-se para o Alcanenense, mas um ano depois regressou ao Campo Chã das Padeiras para ajudar os scalabitanos a apurarem-se para a edição inaugural da II Divisão B, patamar em que amealhou 61 jogos (57 a titular) entre 1990 e 1992. Em 1990-91 foi importante para que a permanência fosse assegurada, mas na temporada que se seguiu mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
A seguir à despromoção permaneceu no clube e voltou a coloca-lo na II Divisão B. Em 1994-95disputou 14 partidas (10 a titular) no campeonato, mas não conseguiu impedir nova descida de divisão.
No verão de 1995 transferiu-se para o Beneditense na companhia de Luís Amante.
 
 

2. Melro (80 jogos)

Luís Melro
O melhor marcador da União de Santarém na II Divisão B, com 27 golos.
Ponta de lança que começou a praticar futebol nas camadas jovens nos ribatejanos, concluiu a formação no Sporting, tendo jogado ao lado de futebolistas como Secretário, Amaral e Cadete.
No entanto, quando subiu a sénior não encontrou espaço em Alvalade e acabou por regressar ao emblema scalabitano.
Após uma curta passagem pelo Peniche, mostrou veia goleadora ao serviço da União de Santarém em 1990-91, ao somar 14 remates certeiros em 38 encontros (35 a titular), registo que se revelou decisivo para que a permanência fosse alcançada. Mirense, Ginásio de Alcobaça (dois), Mangualde (quatro), Caldas, Anadia, Guarda, União de Coimbra (dois), Mirandense e Sanjoanense foram as vítimas de Luís Melro.
No entanto, na época seguinte faturou apenas por quatro vezes em 25 jogos (23 a titular), com os golos apontados diante de Sanjoanense, Torres Novas, Naval e Oliveirense a revelarem-se insuficientes para impedir a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu mais um ano no clube, rumando depois ao vizinho União de Almeirim na companhia de Luís Amante e Betes.
Haveria de regressar a casa em 1994-95 para disputar 17 jogos (todos a titular) na II Divisão B, todos na primeira metade da época, e apontar nove golos, frente a Sanjoanense, Beneditense, Lourinhanense, Oliveira do Hospital, Benfica Castelo Branco (dois), Oliveirense, Recreio de Águeda e Alcains. Porém, mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Depois de nova descida de divisão transferiu-se para o União de Montemor.
Em 2001, após passagens por clubes como Beneditense, Caldas, Fátima e Coruchense, voltou ao Campo Chã das Padeiras para competir durante três temporadas nos campeonatos distritais da AF Santarém.
Após pendurar as botas permaneceu continuado ao clube, tendo desempenhado as funções de presidente da SAD.
O legado da família Melro na União de Santarém passou para a geração seguinte, uma vez que o filho Tiago fez parte da formação no clube, jogou pela equipa principal entre 2017 e 2019 e foi preparador físico dos seniores em 2019-20, ao passo que outro dos rebentos, José Melro, trabalha presentemente com a equipa principal, apesar de ter apenas 17 anos.
 
 

1. Filipe (86 jogos)

Filipe
Médio/avançado que passou pela formação da União de Santarém, chegou à equipa principal em 1982-83, proveniente do Abitureiras.
Nessa temporada teve início um longo percurso de 14 anos nos scalabitanos, marcado por quatro subidas e outras tantas descidas de divisão.
Em termos de II Divisão B amealhou 86 encontros (81 a titular) e apontou 18 golos, que fazem dele o segundo melhor marcador de sempre dos ribatejanos nesse patamar competitivo. A melhor época da carreira foi em 1990-91, quando somou uma dezena de remates certeiros, naquela que foi a única vez que se festejou a permanência na II B no Campo Chã das Padeiras.
No verão de 1996 transferiu-se para o Amiense.
 








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