Malveira competiu na II Divisão B em 1992-93 e 1996-97 |
Fundado a 26 de abril de 1940, o Atlético
Clube da Malveira nasceu da fusão do Grupo Desportivo Recreativo Os
Malveirenses e da Orquestra Típica da Malveira, por insistência de responsáveis
de Os Malveirenses, que se queixavam da falta de condições da sua sede. Assim,
em Assembleia Geral realizada no Cine-Teatro Beatriz Costa, nasceu o emblema do
concelho da Mafra.
Em termos futebolísticos, o clube
passou grande parte da sua história nos distritais da AF
Lisboa, tendo competido pela primeira vez nos campeonatos nacionais em
1979-80, então na III Divisão.
Após várias descidas e subidas,
conseguiu estabelecer-se nas competições sob a égide da Federação Portuguesa de
Futebol na década de 1990, tendo inclusivamente participado por duas vezes na
II Divisão B, em 1992-93 e 1996-97. Na década seguinte, entre 2006 e 2008, teve
o antigo internacional português António Veloso como treinador.
Sempre um candidato à subida
quando compete no Pró-Nacional da AF
Lisboa ou candidato à descida quando disputa os campeonatos nacionais, o Atlético
da Malveira participou recentemente de forma consecutiva em três edições do
Campeonato
de Portugal, entre 2014-15 e 2016-17.
Vale por isso a pena recordar os
dez futebolistas com mais jogos pelos malveirenses
na II Divisão B.
10. Serginho (31 jogos)
Na única temporada que passou no
clube disputou 31 jogos (18 a titular) e apontou sete golos na II Divisão B,
diante de Sourense (dois), Benfica Castelo Branco, Guarda (dois), Ovarense
e União de Coimbra. Apesar de ter sido o melhor marcador da equipa, mostrou-se
impotente para evitar que os malveirenses
terminassem o campeonato na última posição.
Após a descida de divisão
mudou-se para o Atlético.
9. Torró (31 jogos)
Entretanto
esteve duas épocas no Barreirense, tendo
regressado ao emblema da zona saloia
no verão de 1994. Em 1995-96 sagrou-se campeão da Série E da III Divisão
Nacional e contribuiu para a subida à II B, patamar em que na época seguinte disputou
31 jogos (27 a titular), mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Após
a descida de divisão transferiu-se para o Vilafranquense.
8. Carlos Pinto (31 jogos)
Carlos Pinto |
Disputou o mesmo número de jogos
de Torró e Serginho, mas amealhou mais minutos em campo: 2674.
Médio formado e revelado pelo Loures
e que também passou pelo Sacavenense, representou pela primeira vez o Malveira
em 1993-94, na III Divisão Nacional.
Na temporada que se seguiu esteve
ao serviço do Casa
Pia, mas logo a seguir voltou ao Estádio
das Seixas para contribuir para a subida à II Divisão B, patamar em que
disputou 31 jogos (todos a titular) e apontou dois golos, frente a Cucujães e Alcains,
em 1996-97, mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
mudou-se para o Vilafranquense
na companhia de Carlos Leitão, Torró e João Guilherme, reencontrando o
treinador Alberto Bastos Lopes.
7. José Carlos (32 jogos)
José Carlos |
Lateral direito originário da margem
sul do Tejo, passou pela formação do Amora
e pelos seniores de clubes como Cova
da Piedade e Lusitânia dos Açores antes de reforçar o Malveira
no verão de 1992.
Na única temporada que passou no
clube atuou em 32 partidas (todas como titular), mas foi impotente para evitar
a descida à III Divisão.
Após a despromoção rumou à ilha
da Madeira para representar a Camacha.
6. Rui Riscado (33 jogos)
Logo na primeira época no clube
ajudou o emblema
da zona saloia a assegurar pela primeira vez a subida à II Divisão B,
patamar em que em 1992-93 disputou 33 jogos (todos a titular) e apontou cinco
golos, diante de Anadia, Torres Novas, Marinhense, Mirense e Guarda, mostrando-se
impotente para evitar a despromoção.
Apesar a descida de divisão,
permaneceu mais dois anos nos malveirenses,
tendo regressado ao Futebol Benfica no verão de 1995.
5. Gamboa (36 jogos)
Na primeira época no Estádio
das Seixas disputou 21 jogos (20 a titular) na II Divisão B, mostrando-se
impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
permaneceu no emblema
da zona saloia, tendo em 1995-96 contribuído para a obtenção do primeiro
lugar na Série E da III Divisão e consequente subida à II B, patamar em que na
época seguinte atuou em 15 partidas (todas a titular), voltando a não conseguir
impedir a despromoção.
Haveria de permanecer no clube
até 2000, numa altura em que os malveirenses
já tinha caído para os distritais da AF
Lisboa.
4. Vítor Batalha (40 jogos)
A primeira vez que representou os
malveirenses
foi em 1985-86, nos distritais da AF
Lisboa, já depois de ter concluído a formação e iniciado o trajeto no
futebol sénior ao serviço do Mafra,
que na altura ainda não se tinha estreado nos campeonatos nacionais, ao
contrário dos vizinhos
do concelho.
Em 1991-92 regressou ao Estádio
das Seixas e logo nessa época contribuiu para a subida à II Divisão B,
patamar em que na época seguinte atuou em 26 jogos (21 a titular) e marcou um
golo ao Anadia, insuficiente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
permaneceu no clube, tendo alcançado nova promoção em 1995-96. Na temporada que
se seguiu participou em 14 encontros (todos a titular) e marcou um golo ao Beneditense
na II B até ao final do ano de 1996, tendo depois regressado ao Mafra.
3. Carlos Leitão (43 jogos)
Carlos Leitão |
Lateral direito formado no
Torreense ao lado de Filipe (campeão mundial de sub-20 em Riade), ingressou no Malveira
em 1989-90, temporada marcada pela subida à III Divisão Nacional.
Dois anos depois alcançou nova
promoção, mas desta feita à II Divisão B, patamar em que em 1992-93 disputou 15
jogos (13 a titular) no campeonato, não conseguindo evitar a descida de
divisão.
Após a despromoção permaneceu no Estádio
das Seixas e logrou nova subida à II B em 1995-96. Na temporada seguinte
atuou em 28 encontros (todos a titular) e marcou um golo ao Alcanenense no
terceiro escalão do futebol português, voltando a mostrar-se impotente para
impedir nova descida de divisão.
Após a queda para III Divisão
transferiu-se para o Vilafranquense
na companhia de Carlos Pinto, Torró e João Guilherme, reencontrando assim o
treinador Alberto Bastos Lopes.
2. Roberto (48 jogos)
Roberto |
Um dos jogadores mais
emblemáticos da história do Malveira e o segundo melhor marcador de sempre no emblema da zona saloia na II Divisão B, com nove golos – apenas o luso-angolano Zito, que faturou por 13 vezes em 1992-93 antes de dar o salto para o Vitória de Guimarães, fez melhor.
Formado no clube, transitou para
a equipa principal em 1986-87, época que culminou com a subida à III Divisão.
Seguiram-se uma descida aos distritais da AF
Lisboa em 1988 e nova subida à III Divisão dois anos depois.
Em 1991-92 integrou a equipa que
pela primeira vez levou os malveirenses
à II Divisão B, patamar em que na época seguinte disputou 20 jogos (10 a
titular) e apontou três golos, frente a Oliveira do Hospital, Mirense e
Lousanense, insuficientes para evitar a despromoção, tendo permanecido mais um ano no clube depois da descida de divisão.
Após uma passagem de duas temporadas pelo Futebol Benfica (clube pelo qual bisou frente ao seu Malveira), voltou ao Estádio
das Seixas em 1996-97 para atuar em 28 partidas (26 a titular) e apontar
seis golos na II B. Sourense, Tondela, Benfica Castelo Branco, Cucujães, Sanjoanense
e Guarda foram as vítimas de Roberto, impotente para impedir nova despromoção.
Após mais uma descida de divisão transferiu-se
para o vizinho Mafra,
mas voltou ao Malveira
entre 2001 e 2003, tendo na condição de jogador-treinador contribuído para a subida
à III Divisão Nacional em 2002.
Em 2010-11 orientou a equipa
principal do Malveira
durante dois meses, tendo inclusivamente dirigido os malveirenses
num jogo da Taça
de Portugal no terreno do Vitória
de Guimarães.
Em 2019 foi patrono de um torneio
de sub-23 organizado pelo Malveira.
1. Jeremias (63 jogos)
Jeremias |
Lateral esquerdo formado no Estrela
da Amadora, passou por Ginásio
de Alcobaça e Atlético
antes de ingressar no Malveira
no verão de 1991.
Logo na primeira época no clube
contribuiu para a promoção à II Divisão B, patamar em que em 1992-93 disputou
32 jogos (todos a titular), mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
permaneceu no emblema
da zona saloia, tendo em 1995-96 voltado a subir à II B, competição em que
atuou em 31 encontros (todos como titular) e marcou um golo ao Benfica Castelo
Branco na temporada que se seguiu, voltando a não conseguir impedir a
despromoção.
Depois de nova despromoção
continuou mais um ano no Estádio
das Seixas. Entretanto passou por Odivelas,
Sintrense
e Futebol Benfica, regressado ao Malveira
no verão de 2001 como jogador-treinador, condição em que contribuiu para a
subida à III Divisão Nacional em 2002.
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