Dez jogadores importantes na história do Nacional |
Fundado a 8 de dezembro de 1910
por um grupo de jovens locais que se apaixonou pelo futebol em partidas do
Campo do Brás, o Clube
Desportivo Nacional chamava-se inicialmente Nacional
Sport Grupo, por sugestão de Antonino Figueira, utilizando desde sempre as
cores preta e branca.
Embora tivesse conquistado os
primeiros campeonatos da Madeira durante a década de 1930 e conseguido alcançar
a hegemonia na ilha na década seguinte, o emblema
do Funchal só pode participar pela primeira vez na III Divisão Nacional em
1975, tendo subido à II Divisão em 1978 e à I
Divisão em 1987.
Desde então os nacionalistas
já somaram 20 presenças na I
Liga, mas estão a competir pela 12.ª vez na II
Liga. Em 2017-18 sagraram-se campeões do segundo
escalão, mas em 2001-02 e 2019-20 também almejaram a subida de divisão.
Ao clube
da Choupana, que animou o futebol português no início do século XXI, faltou
a somente presença numa final. E esteve bem perto de acontecer por quatro
ocasiões, pois os alvinegros
caíram nas meias-finais da Taça
de Portugal em 2008-09, 2011-12 e 2014-15 e nas da Taça
da Liga em 2010-11. Uma falha no palmarés encoberta por uma gracinha
europeia, ao eliminar o Zenit da Liga Europa em 2009-10.
10. Witi Quembo (72 jogos)
Witi Quembo |
Disputou o mesmo número de jogos
de Jota Garcês, mas amealhou mais 67 minutos em campo – 4044 contra 3977.
Extremo moçambicano proveniente
da Liga Desportiva de Maputo, ingressou no Nacional
no verão de 2014, inicialmente para representar os juniores, embora se tivesse
estreado pelos seniores nacionalistas
e sido emprestado aos sub-19 do Benfica
em 2014-15. No final dessa temporada, fez a estreia pela seleção A de Moçambique.
Na segunda época de vínculo aos madeirenses
iniciou um percurso ininterrupto na equipa principal até aos dias de hoje.
Em 2016-17 mostrou-se impotente
para evitar a despromoção à II
Liga, mas na temporada que se seguiu sagrou-se campeão do segundo
escalão, numa campanha em que atuou em 21 jogos (quatro a titular) e marcou
um golo ao Penafiel.
Em 2018-19 voltou a não conseguir
evitar a descida à II
Liga, mas no regresso ao campeonato
secundário participou em 21 encontros (19 a titular) até à paragem das
competições devido à eclosão da pandemia de covid-19. Como os insulares
lideravam a prova aquando da interrupção, acabaram por subir à I
Liga.
De regresso ao primeiro
escalão, em 2020-21, voltou a estar associado a uma despromoção à II
Liga, patamar em somou mais 30 partidas (18 a titular) e um golo desde
agosto de 2021.
9. Chiquinho (72 jogos)
Chiquinho |
Disputou o mesmo número de jogos
de Witi e Jota Garcês, mas amealhou mais minutos em campo: 4850.
Médio lisboeta que jogou nos
juniores do Sporting
ao lado de Luís Figo, Emílio Peixe e Hugo Porfírio, passou pelos seniores de Atlético,
Lourinhanense
e Torreense
antes de ingressar no Nacional
no verão de 1994.
Nas duas primeiras épocas na
Choupana amealhou 48 jogos (34 a titular) e seis golos na II
Liga, mostrando-se impotente para evitar a despromoção à II Divisão B em
1996.
Em 1996-97 sagrou-se campeão da
Zona Sul da II B e alcançou a consequente subida ao segundo
escalão, patamar em que na temporada seguinte atuou em 24 partidas (17 a
titular) na II
Liga, em mais uma campanha que culminou na descida de divisão.
Após nova despromoção transferiu-se
para o Portimonense.
8. Vítor Gonçalves (74 jogos)
Vítor Gonçalves |
Médio internacional sub-21
português natural de São Bartolomeu de Messines, no concelho de Silves,
concluiu a formação e iniciou o percurso como sénior no Portimonense,
tendo ainda passado pelo Gil
Vicente antes de ingressar no Nacional
no verão de 2016.
Se na primeira época na Choupana
desceu à II
Liga, em 2017-18 sagrou-se campeão do segundo
escalão, numa campanha em que atuou em 30 jogos (25 a titular) e apontou
dois golos, diante de Leixões
e Benfica
B.
Em 2018-19 voltou a descer da I à
II
Liga, mas no regresso ao campeonato
secundário voltou a estar associado a uma promoção ao primeiro
escalão, numa temporada em que participou em 21 encontros (todos como
titular) e marcou um golo ao Cova
da Piedade até à eclosão da pandemia de covid-19.
No verão de 2020 mudou-se para o Casa
Pia, mas em 2020-21 voltou ao Funchal para disputar 23 partidas (20 a
titular) na II
Liga e marcar um golo ao Feirense.
No verão de 2022 transferiu-se
para o Farense.
7. Paulito (74 jogos)
Paulito |
Disputou o mesmo número de jogos
de Vítor Gonçalves, mas amealhou mais 358 minutos em campo – 6153 contra 5795.
Defesa natural de Coimbra e capaz
de cobrir todas as posições do setor mais recuado, já havia jogado na I
Divisão ao serviço de Farense
e Boavista
quando assinou pelo Nacional,
no verão de 1989.
Após dois anos a competir no primeiro
escalão, amealhou 74 jogos (72 a titular) na II
Liga entre 1991 e 1994.
No verão de 1994 transferiu-se
para a União
de Leiria.
6. Ivo Vieira (89 jogos)
Ivo Vieira |
Defesa polivalente, capaz de
jogar no eixo defensivo, mas também na lateral direita, nasceu em Machico e entrou
para o mundo do futebol pela porta da Associação Desportiva de Machico, de onde
saltou para os juniores do Nacional
em 1993.
No início de 1995, quando ainda
tinha idade de júnior, transitou para a equipa principal, pela qual somou 18
jogos (16 a titular) na II
Liga em ano e meio, mostrando-se impotente para evitar a despromoção à II
Divisão B em 1995-96.
Em 1996-97 contribuiu para a
subida à II
Liga, patamar em que na época seguinte disputou 27 partidas (todas como
titular), voltando a mostrar-se impotente para evitar uma descida de divisão.
Após dois anos na II B, amealhou
mais 44 encontros (40 a titular) na II
Liga entre 2000 e 2002, ajudando o emblema
da Choupana a alcançar a subida à I
Liga em 2001-02.
Entre 2002 e 2004 representou os nacionalistas
no primeiro
escalão, pendurando as botas com a qualificação para a Taça
UEFA em 2003-04.
Entretanto iniciou a carreira de
treinador, tendo trabalhado no conjunto
alvinegro entre 2004 e 2012 como adjunto da equipa principal, treinador
principal dos juniores e técnico principal dos seniores.
5. João Camacho (91 jogos)
João Camacho |
Extremo funchalense que começou a
jogar futebol no União da Madeira, ingressou nos iniciados do Nacional
em 2007-08, tendo sido convocado pela primeira vez para um jogo da equipa
principal em março de 2013, quando tinha apenas 18 anos.
Na época seguinte passou a fazer
parte do plantel sénior em definitivo, tendo contribuído (ainda que pouco…)
para a obtenção do 5.º lugar na I
Liga em 2013-14 e para a caminhada até às meias-finais da Taça
de Portugal em 2014-15.
Entre janeiro de 2016 e meados de
2017 esteve cedido a clubes espanhóis, primeiro ao Compostela e depois ao Celta
de Vigo B. No regresso a casa, atuou em 36 jogos (32 a titular) na II
Liga e apontou seis golos, diante de Benfica
B, Leixões,
Sp.
Covilhã, FC
Porto B e União da Madeira (dois), numa caminhada que culminou na conquista
do título do segundo
escalão e consequente promoção à I
Liga.
Em 2018-19 mostrou-se impotente
para evitar a descida à II
Liga, tal como em 2020-21. Paralelamente, amealhou 55 partidas (54 a
titular) e 14 remates certeiros com a camisola
alvinegra no segundo
escalão no somatório das épocas 2019-20, que culminou na promoção
administrativa à I
Liga após a eclosão da pandemia de covid-19, e 2021-22.
No verão de 2022 transferiu-se
para o Moreirense.
4. Barreto (92 jogos)
Barreto |
Lateral esquerdo nascido em Cabo
Verde, representou Boavista,
Leixões
e Académica
antes de ingressar no Nacional
no verão de 1991.
Em três temporadas na Choupana
amealhou 92 encontros (87 a titular) na II
Liga, ajudando os nacionalistas
a permanecer no segundo
escalão ao longo desse período.
No verão de 1994 mudou-se para o
Infesta.
3. Roberto Carlos (93 jogos)
Roberto Carlos |
Avançado brasileiro que no seu
país representou clubes importantes como Botafogo
e Internacional,
ingressou no Nacional
em 1990-91, época em que se mostrou impotente para impedir a descida à II
Liga.
Nas três épocas que se seguiram
totalizou 93 encontros (92 a titular) e 36 golos, ajudando os alvinegros
a permanecer nas ligas profissionais ao longo desse período.
No verão de 1994 reentrou na I
Liga pela porta do Gil
Vicente.
2. António Miguel (98 jogos)
Nas cinco temporadas que se
seguiram amealhou 98 partidas (62 a titular) e seis golos no segundo
escalão, não conseguindo evitar a despromoção à II Divisão B em 1995-96.
Após a descida de divisão
mudou-se para o Machico.
1. Serginho (145 jogos)
Avançado brasileiro
vice-campeão-mundial de sub-20 em 1991, chegou ao Nacional
no verão de 1994, proveniente do Vitória da Bahia.
Nas duas primeiras épocas de alvinegro
amealhou 55 jogos (51 a titular) e 15 golos na II
Liga, mostrando-se impotente para evitar a descida à II Divisão B em 1996.
Em 1996-97 contribuiu para o
regresso ao segundo
escalão, patamar em que na temporada seguinte atuou em 31 encontros (todos
como titular) e apontou seis golos, diante de Torreense,
Desp.
Aves, União
de Leiria, Moreirense
e Beira-Mar (dois), insuficientes para evitar nova despromoção à II B.
Em 1999-00 voltou a ajudar os nacionalistas
a subir à II
Liga, competição em que somou mais 59 partidas (55 a titular) e 31 remates
certeiros entre 2000 e 2002, tendo contribuído para a promoção à I
Liga em 2001-02 – nessa época foi um dos melhores marcadores do campeonato,
com os mesmos 18 golos de Arrieta (Desp.
Chaves), Paulo Vida (Campomaiorense)
e do companheiro de equipa Rômulo.
Haveria de continuar ligado ao Nacional
até meados de 2005, mas passou o último ano do contrato emprestado, primeiro ao
Juventude de Caxias e depois ao União da Madeira.
“Serginho e o Nacional
da Madeira foram um relacionamento perfeito. Nos primeiros tempos eram
muitas as dificuldades porque tínhamos de dividir o campo com vários clubes na
Camacha… Na altura, o nosso treinador, Rui Mâncio, grande treinador, fazia
sempre muita luta para arrumar o campo. Depois foi lançado o projeto do campo
da Choupana”, recordou ao portal Agora Madeira.
“Fui mesmo o único jogador a ver
o clube nascer e a ter toda a estrutura que tem hoje. Sei que fui importante
para o clube e digo, sem qualquer dúvida, que foi o melhor clube que joguei. E
deixei amigos na Madeira. O meu melhor amigo é o Rui Sardinha, mas não posso
esquecer Rui Alves, que apostou em mim, o Dr. Jasmins, o Dr. João Pedro
Mendonça e o Sr. Gris Teixeira”, acrescentou.
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