quarta-feira, 14 de julho de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Arouca na I Liga

Dez jogadores que ficaram na história do Arouca
Fundado a 25 de dezembro de 1952 por Fernando Pinto Calçada, o Futebol Clube de Arouca é a filial nº 40 do FC Porto e viveu praticamente todo o seu primeiro meio século de existência nos campeonatos distritais da AF Aveiro, mas no início do século XXI protagonizou uma ascensão meteórica que o levou, no espaço de seis anos, dos distritais à I Liga.
 
Promovidos ao primeiro escalão em 2013, os arouquenses permaneceram quatro temporadas consecutivas entre os grandes, tendo obtido como a melhor classificação o 5.º lugar em 2015-16, o que lhe valeu o apuramento para a Liga Europa.
 
No entanto, na época seguinte os nortenhos desceram à II Liga, apesar de terem estado praticamente todo o campeonato acima da zona de despromoção.
 
Numa altura em que o Arouca está de regresso à I Liga, vale a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo clube no patamar maior do futebol português.
 
 

10. Rafael Bracali (52 jogos)

Rafael Bracali
Disputou o mesmo número de jogos de Nuno Valente, mas amealhou mais 1250 minutos em campo – 4647 contra 3397.
Experiente guarda-redes brasileiro, que no futebol português já tinha representado Nacional, FC Porto e Olhanense, chegou ao Arouca no verão de 2015, proveniente dos gregos do Panetolikos, quando já tinha 34 anos.
Com a missão de suceder ao uruguaio Goicoechea, que tinha dado o salto para os franceses do Toulouse, tornou-se imediatamente num titular indiscutível, tendo participado em 33 encontros e encaixado 36 golos na época de estreia, que culminou com o histórico apuramento para a Liga Europa.
“De facto, fizemos uma coisa fantástica. Acho que foi possível pela atitude que tivemos desde o início, depois da primeira conversa com o Lito Vidigal. O mister aliciou-nos para tentarmos chegar à Liga Europa. Claro que não sabíamos se seria possível, mas sabíamos que era um objetivo pelo qual tínhamos de lutar. Funcionou quase como um pacto para treinar e jogar, acreditando que seria possível lá chegar. E foi”, contou ao Maisfutebol.
Em 2016-17 também começou como titular, mas na segunda metade da época perdeu espaço para o internacional turco Sinan Bolat, não indo além de 19 partidas e 26 golos sofridos, mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu mais um ano na equipa, rumando depois ao Boavista.
 
 
 

9. Adilson Goiano (54 jogos)

Adilson Goiano
Médio brasileiro de características defensivas natural de Bragantino, reforçou o Arouca no verão de 2015.
Na primeira época em Portugal disputou 27 jogos na I Liga, mas apenas 13 na condição de titular, tendo apontado dois golos, diante de União da Madeira e Vitória de Guimarães, tendo contribuído para o apuramento para a Liga Europa.
Em 2016-17 aproveitou o recuo de Nuno Coelho para o eixo defensivo para se impor no onze inicial, tendo participado em 27 encontros (24 a titular) e faturou por três vezes, todos frente ao Estoril.
Após a descida de divisão transferiu-se para os indianos do NorthEast United.
 
 
 

8. Iván Balliu (58 jogos)

Iván Balliu
Lateral direito nascido na Catalunha, mas internacional pela Albânia, jogou ao lado de Thiago Alcântara, Sergi Roberto, Rafinha, Mauro Icardi, Marc Bartra, Nolito, Gerard Deulofeu, Cristian Tello, Álex Grimaldo e Adama Traoré na formação e na equipa B do Barcelona antes de assinar pelo Arouca no verão de 2013.
Titularíssimo no lado direito da defesa com Pedro Emanuel nas duas primeiras épocas dos arouquenses na I Liga, começou de início todos os 58 jogos que disputou no campeonato entre 2013 e 2015, contribuindo em ambas as temporadas para a obtenção da permanência.
Depois não quis renovar e acabou por sair a mal para os franceses do Metz. “Eles não me queriam pagar os últimos meses. É uma gente com uma mentalidade um pouco fechada, fazem as coisas à antiga, com muito temperamento e às vezes não atuam da melhor maneira”, afirmou ao programa Bola Branca da Rádio Renascença.
 
 
 

7. Pintassilgo (61 jogos)

Pintassilgo
Médio ofensivo/extremo de baixa estatura (1,68 m), despontou no Felgueiras e passou por Vitória de Guimarães, Moreirense, Portimonense e pelos romenos do Pandurii antes de ingressar no Arouca no verão de 2013.
Importante para a estabilização dos arouquenses na I Liga, disputou um total de 61 jogos (46 a titular) e marcou quatro golos no campeonato ao longo de três temporadas, tendo perdido espaço na equipa após a chegada de Lito Vidigal para o comando técnico.
No verão de 2016 deixou o clube da serra da Freita e transferiu-se para o Sp. Covilhã.
 
 
 

6. Hugo Basto (61 jogos)

Hugo Basto
Disputou o mesmo número de jogos de Pintassilgo, mas amealhou mais 976 minutos em campo – 5034 contra 4058.
Defesa central internacional sub-18 que jogou ao lado de Kadú, Christian Atsu, Fábio Martins, Mikel Agu e Gonçalo Paciência na formação do FC Porto, reforçou o Arouca em janeiro de 2015, proveniente do Sp. Braga, clube pelo qual só jogou na equipa B.
Mesmo em estreia absoluta, teve impacto imediato na equipa e tornou-se um titular indiscutível durante o primeiro ano e meio nos arouquenses, período em que amealhou 44 jogos (todos no onze inicial) e dois golos no primeiro escalão, contribuindo para o apuramento para a Liga Europa.
“Foi um ano inesquecível, de sonho, de um trabalho enorme de todos, da equipa técnica, do presidente, de todo o staff. Foi um ano difícil e duro, muitas vezes com condições de treino difíceis, a treinar várias vezes fora de Arouca. Tudo isto teve um sabor especial porque batemos muitos recordes neste que é o terceiro ano do clube na I Liga, alcançando a melhor pontuação, no ano com mais golos marcados e menos golos sofridos e com vitórias ao Benfica e ao FC Porto a tornarem tudo mais histórico”, afirmou, em declarações ao Maisfutebol.
Em 2016-17 perdeu espaço na equipa, não indo além de 17 partidas (12 a titular) no campeonato, numa temporada que culminou com a descida à II Liga.
Após a despromoção permaneceu no clube durante mais uma época, transferindo-se depois para o Desp. Chaves.
 
 
 

5. Diego Galo (81 jogos)

Diego Galo
Disputou o mesmo número de jogos de Pintassilgo e Hugo Basto, mas amealhou mais minutos em campo: 5243.
Defesa central brasileiro que entrou no futebol português em 2008 pela porta do Tondela, passou pela Oliveirense antes de ingressar no Arouca no verão de 2013, aquando da subida dos arouquenses à I Liga.
Em duas temporadas no emblema da serra da Freita amealhou um total de 61 encontros (58 a titular) e um golo, contribuindo em ambas para a obtenção da permanência.
Depois transferiu-se para o União da Madeira.
 
 
 

4. Roberto (66 jogos)

Roberto
Avançado que concluiu a formação no FC Porto ao lado de Ukra, André Pinto e Castro, entre outros, foi subindo a pulso na hierarquia do futebol português quando subiu a sénior, tendo passado por clubes como Tirsense e Naval de reforçar o Arouca em janeiro de 2013, indo a tempo de contribuir para a subida à I Liga.
Seguiram-se três temporadas de bom nível no primeiro escalão, nas quais amealhou um total de 66 jogos (55 a titular) e 14 golos, registo que faz de Roberto o melhor marcador de sempre dos arouquenses no patamar maior do futebol português. Depois de ter ajudado o emblema do distrito de Aveiro a assegurar a permanência nas duas primeiras épocas, participou em 2015-16 na caminhada que culminou no apuramento para a Liga Europa.
No entanto, perdeu algum espaço após a chegada de Lito Vidigal ao comando técnico e acabou por ser emprestado ao Moreirense em 2016-17. Curiosamente, nessa temporada os minhotos conquistaram a Taça da Liga e asseguraram a permanência, ao passou que o Arouca desceu à II Liga.
Após a despromoção regressou ao clube da serra da Freita, mas no verão de 2018 transferiu-se para o Estoril.
 
 
 

3. David Simão (79 jogos)

David Simão
Médio dotado internacional jovem português de um pé esquerdo de qualidade, fez quase toda a formação no Benfica e chegou mesmo a estrear-se pela equipa principal dos encarnados, mas foi obrigado a mudar de ares para se afirmar no futebol português, tendo passado por Fátima, Paços de Ferreira, Académica e Marítimo antes de ingressar no Arouca no verão de 2013.
Em três temporadas no emblema da serra da Freita amealhou um total de 79 encontros (73 a titular) e onze golos. Depois de ter ajudado os arouquenses a assegurar a permanência nas duas primeiras épocas, participou em 2015-16 na caminhada que culminou no apuramento para a Liga Europa.
“Fiquei três anos em Arouca, excelentes pessoas, uma vila muito simpática, tive ali bons momentos, pude estabilizar com a minha família e durante três anos estivemos todos juntos e não andei com a casa às costas como tinha andado até ali. Aliás, foi o clube onde joguei mais anos seguidos, tirando a formação do Benfica. Acabo por sair em grande, com uma qualificação para a pré-eliminatória da Liga Europa, pois ficámos em 5.º lugar”, resumiu, em entrevista à Tribuna Expresso.
No verão de 2016 deixou o emblema do distrito de Aveiro para se aventurar pela primeira vez no estrangeiro, com a camisola dos búlgaros do CSKA Sófia.
 
 
 

2. Artur (83 jogos)

Artur
Médio ofensivo/extremo natural de Cacia, no concelho de Aveiro, passou mais de uma década no Beira-Mar (incluindo a fase final da formação) e vestiu as camisolas dos ucranianos do Chernomorets e do Marítimo antes de ingressar no Arouca no verão de 2014. “Foi fácil chegar a acordo com o Arouca e para isso contribuiu a seriedade do clube”, disse, à chegada ao clube.
Se na primeira época na serra da Freita alternou muito entre o onze inicial e o banco com Pedro Emanuel, nas duas temporadas seguintes afirmou-se como titular com Lito Vidigal. No total, disputou 83 jogos (67 a titular) e um golo na I Liga pelos arouquenses entre 2014 e 2017, tendo contribuído para a obtenção do 5.º lugar e consequente apuramento para a Liga Europa em 2016. Contudo, um ano depois mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão regressou ao Beira-Mar, então a militar nos campeonatos distritais da AF Aveiro.
 
 
 

1. Nuno Coelho (115 jogos)

Nuno Coelho
Defesa central/médio defensivo internacional jovem português, estreou-se pelo Sp. Covilhã aos 16 anos e passou ainda por FC Porto B, União de Leiria, Portimonense, Villarreal B (Espanha), Académica, Benfica, Beira-Mar e Aris Salónica (Grécia) antes de reforçar o Arouca no verão de 2013.
Titular indiscutível ao longo das primeiras quatro épocas do emblema do distrito de Aveiro na I Liga, disputou um total de 115 jogos (109 a titular) e apontou quatro golos entre 2013 e 2017. Depois de ter ajudado os arouquenses a assegurar a permanência nas duas primeiras épocas, participou em 2015-16 na caminhada que culminou no apuramento para a Liga Europa. Porém, não conseguiu evitar a descida à II Liga na temporada que se seguiu.
Após a despromoção permaneceu mais um ano no clube, rumando depois ao Belenenses SAD.
 











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