Já com a designação Clube de
Futebol União de Coimbra,
os unionistas atingiram o ponto alto da sua história em 1972-73, quando participaram
pela única vez na sua história na I
Divisão, não indo além do 14.º (e antepenúltimo) lugar, que haveria de
ditar a presença numa liguilha de permanência/promoção e consequente
despromoção à II Divisão.
Curiosamente, nessa temporada a
rival Académica
competiu no segundo escalão, ainda que se tivesse sagrado campeã nacional da II
Divisão, sucedendo ao… União, que em 1972 bateu o Montijo
na final.
Até 2007 os unionistas
continuaram a militar nos campeonatos nacionais, mas depois mergulharam numa
crise profunda que culminou na impossibilidade de inscrição na III Divisão
Nacional em 2009-10 e na insolvência do clube em 2016.
No entanto, alguns sócios e
antigos dirigentes decidiram criar o Clube União 1919, que em 2018 regressou ao
futebol sénior nos distritais da AF
Coimbra.
10. Damião (21 jogos)
Damião |
Médio proveniente do Tirsense,
reforçou o União de Coimbra
em 1972-73, época da participação dos coimbrenses na I
Divisão, tendo participado em 21 jogos (15 a titular) e marcado um golo ao Barreirense,
insuficiente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão, Damião
permaneceu no clube por mais… 12 anos, tornando-se numa das figuras do emblema
da Cruz de Santiago. Até 1985 viveu uma descida à III Divisão (em 1980) e uma
subida à II Divisão (em 1981).
Após 13 longas temporadas nos
unionistas, transferiu-se para o Mealhada.
9. Reis (21 jogos)
Fernando Reis |
Disputou o mesmo número de jogos
de Damião, mas amealhou mais 295 minutos em campo – 1674 contra 1379.
Avançado natural de Maceira, no
concelho de Leiria, concluiu a formação na Académica
e passou pelos seniores do Marialvas antes de ingressar no União de Coimbra
no verão de 1972, aquando da subida dos unionistas à I
Divisão.
Na única temporada que passou no
clube participou em 21 encontros (20 a titular) e somou seis remates certeiros,
frente a União
de Tomar, Benfica,
Atlético,
Leixões,
Sporting
e Belenenses,
ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
permaneceu mais dois anos no clube, não conseguindo evitar a queda até à III
Divisão em 1975.
Depois mudou-se para o Lusitânia
Lourosa, regressando posteriormente ao primeiro
escalão com as camisolas de Sp. Espinho, Vitória
de Setúbal e Académica.
Entretanto tornou-se treinador,
tendo vindo a falecer em julho de 2011, aos 59 anos.
8. Vítor Gomes (22 jogos)
Na única época que passou no
clube da Cruz de Santiago atuou em 22 partidas (16 a titular), mas mostrou-se
impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se
para o Penafiel,
tendo depois passado pelo Famalicão
e por emblemas importantes na região Centro, como Recreio
de Águeda, Sanjoanense,
Oliveirense
e Arouca.
7. Luís Pinto (26 jogos)
Na única época que passou no
emblema coimbrense atuou em 26 partidas (23 a titular) na I
Divisão, não conseguindo evitar a despromoção.
Após a descida de divisão terá deixado
de jogar futebol.
6. Barros (26 jogos)
Barros |
Disputou o mesmo número de jogos
de Luís Pinto, mas amealhou mais 236 minutos em campo – 2307 contra 2071.
Polivalente defesa internacional
jovem português formado e revelado pelo Leixões,
chegou ao União de Coimbra
em 1972-73 por empréstimo do Benfica,
clube pelo qual se tinha sagrado campeão nacional dois anos antes.
Na única temporada que passou nos
unionistas foi titular nos 26 jogos que disputou, mas mostrou-se impotente para
evitar a despromoção.
Depois regressou ao Benfica,
somou sete internacionalizações pela seleção nacional AA e conquistou mais três
campeonatos (1974-75, 1975-76 e 1976-77).
Haveria de falecer em abril de
2018, aos 68 anos.
5. Niza (27 jogos)
Fernando Niza |
Médio natural de Vieira de Leiria,
no concelho da Marinha Grande, passou pelos juniores do Benfica
e pelos seniores de União
de Tomar, Nazarenos e Marinhense antes de ingressar no União de Coimbra
em 1969-70, quando o emblema coimbrense militava na III Divisão.
Na primeira época no clube subiu
à II Divisão e dois anos depois sagrou-se campeão nacional da II Divisão e
alcançou a consequente subida ao primeiro
escalão, no qual disputou 27 jogos (21 a titular) e marcou um golo ao
Beira-Mar, insuficiente para evitar a despromoção dos unionistas.
Após a descida de divisão
mudou-se para a União
de Leiria, mas voltou a jogar com a Cruz de Santiago ao peito em 1974-75 e
em 1977-78, em ambas as ocasiões na II Divisão.
Após pendurar as botas tornou-se
treinador, tendo orientado o União de Coimbra
em diversas ocasiões no final da década de 1980 e no início da de 1990.
4. Rui Silva (27 jogos)
Rui Silva |
Disputou o meso número de jogos
de Niza, mas amealhou mais 424 minutos em campo – 2567 contra 1843.
Médio proveniente do Norte e
Soure no verão de 1971, contribuiu para a conquista do título nacional da II
Divisão e consequente promoção ao primeiro
escalão logo na primeira época nos unionistas.
Na I
Divisão atuou em 27 partidas (24 a titular), mas mostrou-se impotente para
evitar a despromoção.
3. Melo (27 jogos)
Guarda-redes natural de Coimbra
e formado no União, tinha como alcunha “o corvo” e transitou para a equipa
principal em 1967-68, quando os unionistas militavam na III Divisão. Em 1970 esteve
na subida à II Divisão e dois anos depois na promoção ao primeiro
escalão.
Em 1972-73 estreou-se na I
Divisão, tendo atuado em 27 partidas e sofrido 48 golos, não conseguindo
evitar a despromoção.
Apesar da descida de divisão,
valorizou-se e deu o salto para o Belenenses.
Mais tarde tornou-se internacional B, conquistou um título nacional pelo Sporting
(1981-82) e uma Taça
de Portugal pelo Estrela
da Amadora (1989-90).
2. Zeca (28 jogos)
Zeca |
Extremo natural de Torres Vedras,
surgiu na equipa principal da Académica
no início da década de 1960.
Em 1972-73 integrou a equipa do
União de Coimbra
que disputou a I
Divisão, tendo atuado em 28 encontros (26 a titular) e apontado seis golos,
diante de CUF,
Barreirense
(dois), União
de Tomar, Vitória
de Guimarães e Leixões,
registo que fez dele o melhor marcador da equipa – a par de Reis –, mas que foi
insuficiente para evitar a despromoção.
Nessa temporada assumiu ainda o
comando técnico dos unionistas em três jogos, já na reta final do campeonato.
1. Jerónimo (28 jogos)
Jerónimo |
Disputou o mesmo número de jogos
de Zeca, mas amealhou mais onze minutos em campo – 2352 contra 2341.
Defesa natural do país que atualmente
se designa por República Democrática do Congo, mas que anteriormente era
conhecido como Congo Belga ou Zaire, entrou no futebol português em 1968-69
pela porta da Naval, tendo ainda passado pelo Beira-Mar, clube pelo qual se
estreou na I
Divisão.
Em 1972-73 mudou-se para a União
de Coimbra,
tendo nessa temporada atuado em 28 jogos (26 a titular) no primeiro
escalão, embora se tivesse mostrado impotente para evitar a despromoção.
Após a despromoção permaneceu no
clube por mais dois anos, tendo descido à III Divisão na despedida, em 1975.
Depois voltou ao Beira-Mar, mas acabou por falecer no início dessa temporada.
Gostaria de saber como ficou o espolio do clube SPORTING NACIONAL o qual foi dirigido pelo Exmo.Senhor MANUEL FERNANDES.Dignissimo alfaite de Coiombra
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