segunda-feira, 5 de abril de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Paços de Ferreira na II Liga

Dez jogadores que ficaram na história do Paços de Ferreira
Fundado a 5 de abril de 1950, o Futebol Clube Vasco da Gama competiu nas divisões secundárias da Associação de Futebol do Porto durante mais de uma década até ganhar a designação atual: Futebol Clube Paços de Ferreira.
 
Por essa altura, também mudaram as cores do clube. O amarelo deu lugar a um equipamento em tudo semelhante ao do FC Porto, algo que vigorou até 15 de março de 1981, quando os sócios decidiram mudar novamente as cores para o amarelo e verde do concelho. Nessa fase, já os pacenses tinham alcançado os campeonatos nacionais, tendo subido à III Divisão e à II Divisão em anos consecutivos, em 1973 e 1974.
 
Porém, ainda havia bastante espaço para crescer. Depois de uma década e meia na II Divisão – Zona Norte, o Paços de Ferreira não só participou na edição inaugural da II Liga, em 1990-91, como se sagrou campeão e, consequentemente, foi promovido ao patamar maior do futebol português.
 
Os castores voltariam a competir no segundo escalão entre 1994 e 2000, em 2004-05 e em 2018-19, voltando a terminar o campeonato em primeiro lugar 1999-00, 2004-05 e 2018-19. Com quatro títulos, o emblema da Capital do Móvel é a recordista de conquistas na II Liga.
 
Relativamente a futebolistas, foram 176 os que jogaram com a camisola amarela na II Liga. Vale a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
 
 

10. Paulito (65 jogos)

Paulito
Disputou o mesmo número de jogos que Carlos Miguel, mas amealhou mais 105 minutos em campo – 5485 contra 5380.
Defesa natural de Coimbra e capaz de cobrir todas as posições do setor mais recuado, jogou na I Divisão ao serviço de Farense, Boavista, Nacional e União de Leiria antes de reforçar o Paços de Ferreira no verão de 1998.
Na primeira época na Mata Real foi utilizado nas 34 jornadas da II Liga, sempre na condição de titular, numa campanha em que os pacenses não foram além do 11.º lugar.
No entanto, em 1999-00 foi um dos esteios da equipa que, com José Mota ao leme, se sagrou campeã do segundo escalão e recolocou os castores na I Liga após meia dúzia de anos de ausência, tendo atuado em 31 encontros (28 a titular) no campeonato. “Optei pelo Paços de Ferreira na II Liga, fomos campeões, subimos de divisão e cá estamos de novo na divisão onde está a elite do futebol. É sempre uma sensação diferente”, afirmou em dezembro de 2000.
Paulito haveria de permanecer mais dois anos no clube, tendo encerrado a carreira em 2002, aos 34 anos.
 
 

9. José Alves (72 jogos)

José Alves
Médio defensivo proveniente da Ovarense, chegou à Mata Real no verão de 1995 com o intuito de atacar a subida à I Liga, mas acabou por nunca a conseguir.
Na primeira época em Paços de Ferreira disputou 27 jogos, todos na condição de titular, e ajudou os castores a alcançar o 5.º lugar na II Liga.
Nas temporadas que se seguiram as classificações foram mais modestas e José Alves também perdeu algum espaço na equipa, não indo além de 22 partidas (18 a titular) em 1996-97 e 23 (17 a titular) na época que se seguiu.
No verão de 1998 transferiu-se para o Moreirense.
 
 

8. Ricardo Jorge (79 jogos)

Ricardo Jorge
Lateral esquerdo internacional jovem português formado e revelado pelo Montijo, mas que jogou ao lado de Paulo Madeira e Paulo Sousa nos juniores do Benfica, passou ainda por Barreirense e Vitória de Guimarães antes de reforçar o Paços de Ferreira no verão de 1994.
Com impacto imediato na equipa, foi maioritariamente titular na primeira época na Mata Real, tendo disputado 23 jogos (todos no onze inicial) numa campanha em que os pacenses ficaram a dois pontos da subida à I Liga.
Em 1995-96 manteve o estatuto, participando em 29 partidas (sempre a titular) na caminhada dos castores até ao 5.º lugar, a cinco pontos da zona de promoção.
Na temporada que se seguiu foi perdendo algum espaço, mas ainda assim amealhou 20 encontros (todos a titular).
Já em 1997-98 não foi além de apenas sete jogos (três a titular) e no final dessa época rumou ao Portimonense.
 
 

7. Monteiro (82 jogos)

Pedro Monteiro
Lateral direito natural de Lousada, ingressou no Paços de Ferreira ainda júnior, em 1983, tendo chegado à equipa principal menos de dois anos depois.
Após seis anos na antiga II Divisão Nacional, fez parte da equipa que em 1990-91 se sagrou campeã da edição inaugural da II Liga sob o comando técnico de Vítor Oliveira, tendo nessa campanha disputado 36 jogos (todos a titular) no campeonato e apontado três golos, diante de Freamunde, Feirense e Varzim.
Depois de três anos na I Liga, regressou ao segundo escalão em 1994-95 para atuar em onze partidas (todos a titular), ficando perto de nova subida de divisão.
Na temporada que se seguiu participou em 23 encontros (sempre a titular) e marcou um golo ao Beira-Mar.
Por fim, em 1996-97 marcou presença em 12 jogos (todos no onze inicial), rumando ao vizinho Freamunde no final dessa época.
Um dos seus filhos, Pedro Monteiro, passou pela formação dos castores entre 2005 e 2007 e jogou na equipa principal dos pacenses em 2016-17 por empréstimo do Sp. Braga.
 
 

6. César Vaz (85 jogos)

César Vaz
Defesa central lisboeta formado no Belenenses, passou por Olhanense, Atlético, Vitória de Guimarães, Benfica Castelo Branco e União de Leiria, assinou pelo Paços de Ferreira no verão de 1994, aquando da descida à II Liga.
Na primeira época na Mata Real disputou 18 jogos (todos a titular) no segundo escalão, falhando por dois pontos a subida à I Liga.
Em 1995-96 ganhou protagonismo, tendo atuado em 26 encontros (25 a titular), mas voltou a não conseguir ajudar os pacenses a regressar ao patamar maior do futebol português.
Na temporada que se seguiu foi ainda mais utilizado, tendo contabilizado 30 encontros (todos a inicial) e um golo ao União da Madeira.
Por fim, em 1997-98, não foi além de onze jogos (todos a titular) e um golo ao Penafiel logo na jornada inaugural.
Após quatro anos na Capital do Móvel, mudou-se no verão de 1998 para o Portimonense na companhia de Ricardo Jorge, tendo reencontrado o treinador Bernardino Pedroto, que já o tinha orientado em Castelo Branco e Guimarães.
 
 

5. Carlos Carneiro (93 jogos)

Carlos Carneiro
A eterna arma secreta dos pacenses, que na maioria das vezes ia a jogo na condição de suplente utilizado.
Ponta de lança natural de Paços de Ferreira formado no clube da terra, chegou a integrar o plantel principal em 1994-95, mas só se estreou na época seguinte, tendo disputado 27 jogos (sete a titular) e apontado quatro golos na II Liga, diante de Ovarense, Rio Ave, Estoril e Penafiel.
Em 1996-97 foi utilizado em 25 encontros (nove a titular) e faturou por três vezes, frente a Desp. Beja, Penafiel e Desp. Aves.
Na época seguinte começou a época na Mata Real, tendo atuado em 12 partidas (quatro a titular) e marcado um golo ao Torreense, mas em janeiro mudou-se para o Sp. Covilhã, tendo permanecido na Beira Baixa durante ano e meio.
No verão de 1999 regressou a casa para festejar a conquista do título de campeão da II Liga e consequente promoção ao primeiro escalão, tendo contribuído com quatro golos, diante de Naval, Freamunde, Moreirense e Esposende, em 29 partidas (11 a titular).
Entre 2000 e 2003 e em 2008 e 2009 representou o Paços de Ferreira na I Liga, tendo pelo meio representado Vitória de Guimarães, Gil Vicente, os gregos do Panionios e os ingleses do Walsall. Em 2008-09 ajudou os pacenses a atingir pela primeira (e por enquanto única) vez a final da Taça de Portugal.
Após pendurar as botas tornou-se dirigente. Entre 2010-11 e 2013-14 foi diretor desportivo dos castores, voltando a assumir o cargo a partir de maio de 2019.
 
 
 

4. Yulian (100 jogos)

Yulian Spassov
Médio ofensivo/extremo búlgaro, chegou à Mata Real no verão de 1989, na companhia do irmão, o malogrado goleador Nicola Spassov.
Na segunda época em Paços de Ferreira ajudou o clube a tornar-se no campeão da edição inaugural da II Liga, numa campanha em que disputou 27 jogos (17 a titular) e apontou três golos, diante de Freamunde, Barreirense e União de Leiria.
Nos três anos que se seguiram competiu na I Liga, mas regressou ao segundo escalão em 1994-95, tendo atuado em 19 partidas (15 a titular) e faturou por três vezes, frente a Portimonense (dois) e Nacional, falhando por dois pontos o regresso ao patamar maior do futebol português.
Na época seguinte atuou em 27 encontros (20 a titular) e marcou cinco golos, diante de Penafiel, Rio Ave, Moreirense e Ovarense (dois).
Por fim, em 1996-97 foi utilizado novamente em 27 partidas (19 a titular) e somou seis remates certeiros, apontados a União de Lamas, Sp. Covilhã, Varzim (dois), Tirsense e Desp. Aves.
Apesar dos bons registos, em 1997 deixou a Capital do Móvel rumo à Lusitânia de Lourosa, numa altura em que já tinha 34 anos.
 
 
 

3. Ricardo António (124 jogos)

Ricardo António
Defesa central natural de Azurém e formado no Vitória de Guimarães ao lado de Quim Berto, passou por clubes como Benfica Castelo Branco e Vizela antes de reforçar o Paços de Ferreira no verão de 1995.
Com impacto imediato na equipa, disputou 32 jogos (todos a titular) e marcou um golo ao Alverca, numa campanha em que os pacenses concluíram a II Liga em 5.º lugar.
Nas temporadas seguintes apresentou números idênticos: 32 jogos em 1996-97, 29 e um golo ao Estoril em 1997-98 e 31 em 1998-99. Em todos esses 124 encontros, Ricardo António foi titular.
Apesar do estatuto de titular indiscutível, transferiu-se no verão de 1999 para o Sp. Covilhã, reencontrando o treinador António Jesus, com o qual já tinha trabalhado na Mata Real.
 
 

2. Pedro (156 jogos)

Pedro
Desde que começou a jogar futebol nos infantis até ao encerramento da carreira, o guarda-redes Pedro passou 24 anos consecutivos na Mata Real, entre 1985 e 2009. Nesse período, participou em quase 300 jogos, o que faz dele o segundo futebolista com mais encontros com a camisola pacense em toda a história, contabilizando todas as competições.
Campeão da II Liga em 1999-00 e 2004-05, disputou 156 encontros no segundo escalão e sofreu 164 golos.
Também no patamar maior do futebol português defendeu a baliza dos castores mais de uma centena de vezes, acumulando 120 partidas e 162 golos sofridos.
Entre 1996 e 2006 foi maioritariamente o guardião titular na Capital do Móvel, tendo roubado a titularidade a Tomás e perdido a mesmo para Peçanha, ainda que em 2001-02 e 2002-03 tenha dividido protagonismo com Pinho.
Após pendurar as luvas continuou ligado ao clube enquanto treinador de guarda-redes até 2014.
 
 
 

1. Adalberto (189 jogos)

Adalberto
O sr. Paços de Ferreira, o futebolista com mais jogos pelo clube em toda a história. Emblemático capitão, esteve nas três primeiras subidas à I Liga dos pacenses, em 1990-91, 1999-00 e 2004-05.
Defesa central natural de Lordelo e formado no Paços de Ferreira, subiu à equipa principal à 1988, quando ainda não existia II Liga e numa altura em que os castores não se tinham estreado no patamar maior do futebol português, e por lá permaneceu até 2005.
Em 189 jogos no segundo escalão, foi titular em 164 e apontou 15 golos. Benfica Castelo Branco em 1990-91, Torreense (dois) e Ovarense em 1994-95, Académica em 1995-96, Tirsense em 1996-97, Beira-Mar e Penafiel em 1997-98, União da Madeira, Sp. Espinho, Esposende e Desp. Aves em 1998-99 e Beira-Mar, Imortal e Sp. Espinho em 1999-00 foram as vítimas de Adalberto.
Após encerrar a carreira com a conquista do título de campeão da II Liga continuou ligado aos pacenses nas funções de observador. No total, foram três décadas ao serviço dos castores.
Hoje é treinador dos veteranos do Paços de Ferreira, mas desde março de 2017 que trabalha como motorista numa empresa de transportes.
 




 




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