Dez jogadores brasileiros importantes na história do Belenenses |
Daí para cá, foram-se sucedendo
os jogadores brasileiros nos azuis
do Restelo. Uns fizeram história, outros viraram flops. Nenhum foi campeão
em 1945-46, mas, aquando da conquista da terceira (e última) Taça
de Portugal, em 1988-89, a turma de Belém
apresentou em campo três futebolistas canarinhos (Zé Mário, Baidek e Macaé) e
ainda tinha no banco um treinador brasileiro, Marinho Peres.
Vale por isso a pena recordar os
dez futebolistas brasileiros com mais jogos pelo Belenenses
na I Divisão.
10. Luiz Gustavo (64 jogos)
Luiz Gustavo |
Seguiram-se três anos com a Cruz
de Cristo ao peito no patamar maior do futebol português. Capaz de
desempenhar várias posições no ataque, atuava preferencialmente no flanco
direito, mas nunca foi propriamente um titular indiscutível e também por isso
não marcou muitos golos, tendo somado tantos golos em três épocas como os que
apontou na temporada de estreia. Em 1992-93 faturou três vezes em 24 jogos (17
a titular); na época seguinte marcou dois golos em 17 encontros (14 a titular);
e por último somou quatro remates certeiros em 23 partidas (16 a titular).
Apesar de não ter grandes
números, transferiu-se para o Benfica
no verão de 1995 e, após um ano na Luz,
regressou ao futebol brasileiro.
9. Luís Carlos (66 jogos)
Luís Carlos |
Porém, com a Cruz
de Cristo ao peito Luís Carlos afirmou-se imediatamente num plantel em que
constavam os nomes de Mourinho Félix, Pietra ou Quaresma, sob a orientação do
compatriota Zezé Moreira. “Feijão”, como era conhecido, apontou dez golos em 18
jogos na temporada de estreia, entre os quais um ao FC
Porto. Na época seguinte foi mais utilizado, tendo cumprido 29 partidas (28
a titular) e marcado 11 golos, ajudando o Belenenses
a sagrar-se vice-campeão nacional. E por último, na terceira e última temporada,
participou em 19 encontros e somou cinco remates certeiros, entre os quais um
ao Benfica
e outro ao Sporting.
Quando ainda tinha muito para dar
e contrato acertado para representar os espanhóis do Valência, lesionou-se com
gravidade na parte direita ainda na primeira parte de um jogo com o Boavista no
Bessa em março de 1974, após um choque com o guarda-redes boavisteiro Vítor
Cabral, e foi obrigado a encerrar uma carreira que muito prometia.
Haveria de falecer em abril de
2011, vítima de pneumonia, aos 64 anos.
8. Pelézinho (67 jogos)
Pelézinho |
Na primeira época disputou 21
encontros. Em 1963-64 esteve em 24 partidas e apontou sete golos, entre os
quais um ao FC
Porto. Depois foi perdendo gás. Em 1964-65 esteve em 15 encontros e somou
dois remates certeiros e na quarta e última temporada no Restelo
não foi além de sete jogos e um golo.
Depois prosseguiu a carreira no Olhanense,
nas divisões secundárias, e, entretanto, passou por Bélgica e Espanha.
7. Mauro Soares (72 jogos)
Mauro Soares |
Nas duas épocas seguintes ganhou
mais influência. Em 1993-94 disputou 27 encontros (22 a titular) e somou quatro
remates certeiros. E na época que se seguiu esteve em 27 partidas (todas como titular).
Em 1995-96 começou muito bem a
época no Restelo,
com dois golos nas primeiras quatro jornadas, mas subitamente rescindiu
unilateralmente o contrato, alegando incumprimento salarial, e transferiu-se a
custo zero para o Sporting.
Entretanto voltou ao Brasil, mas
regressou a Portugal para representar Farense
e Campomaiorense.
6. Macaé (75 jogos)
Macaé |
Melhor época de estreia no Belenenses
seria difícil, uma vez que foi coroada com a conquista da Taça
de Portugal, troféu que escapava ao clube há quase três décadas. Titular na
tarde de glória do Jamor, foi utilizado em 24 jogos (20 a titular) e apontou
quatro golos no campeonato, entre os quais um ao FC
Porto.
Em 1989-90 disputou o mesmo
número de encontros (22 a titular) e amealhou três remates certeiros, entre os
quais mais um ao FC
Porto. Na temporada seguinte até participou em mais encontros, 28 (19 a
titular), mas não marcou qualquer golo e não conseguiu evitar uma inesperada
descida de divisão.
Após a despromoção voltou ao
Brasil, mas em dezembro de 1992 regressou a Portugal, onde haveria de
representar Amora,
Lusitano Évora, Juventude Évora e Atlético antes de dar por terminada a
carreira.
5. Amaral (91 jogos)
Amaral |
Logo na primeira época no Restelo
foi totalista na I Liga: 34 jogos, 3060 minutos - e ainda marcou um golo, ao
Moreirense. Na atribulada temporada seguinte, marcada pela salvação na
secretaria devido ao Caso Mateus, manteve o estatuto de titular, mas disputou
apenas 25 encontros (24 a titular). Ainda haveria de jogar mais dois anos com a
Cruz
de Cristo ao peito, nos quais teve como treinador Jorge
Jesus, que preferiu adaptar Cândido Costa a lateral direito em vez de
apostar no brasileiro, que nesse período participou somente em 32 encontros (26
a titular). Ainda assim, foi titular na final de 2006-07 da Taça
de Portugal, perdida para o Sporting.
Em 2008 não só deixou o clube de Belém
como pendurou as botas, aos 30 anos.
4. Zé Mário (97 jogos)
Zé Mário |
Embora só tivesse feito a estreia
na I Divisão à 5.ª jornada, agarrou imediatamente a titularidade e não mais a
largou, contribuindo com dois golos (em 32 jogos), ao Sporting
e ao O Elvas, para a obtenção do 3.º lugar, a melhor classificação do clube em
mais de uma década.
Em 1988-89 manteve o estatuto,
foi titular em ambos os encontros da célebre eliminatória europeia com o Bayer
Leverkusen e teve um papel ativo na caminhada até à final da Taça
de Portugal e na vitória sobre o Benfica
no Jamor, embora tivesse sido expulso instantes antes do golo de Juanico.
No campeonato participou em 28 encontros e marcou três golos.
Na terceira e última temporada
também foi maioritariamente titular, tendo disputando 21 desafios (19 a
titular) e marcado um golo, mas foi impotente para evitar a surpreendente
descida de divisão.
Após a despromoção à II Liga
pendurou as botas, aos 32 anos.
3. Verona (112 jogos)
Verona |
Maioritariamente titular,
disputou 25 jogos (24 a titular) e marcou cinco golos na época de estreia.
Porém, foi nas temporadas seguintes que explodiu: 26 encontros (21 a titular) e
oito golos em 2001-02, entre os quais um
ao Benfica e outro
ao FC Porto; e 33 partidas (todas a titular) e nove remates certeiros em
2003-04, entre os quais um ao FC
Porto e outro ao Benfica.
Na quarta e última temporada no Restelo
esteve mais apagado – tal como a globalidade da equipa, que quase desceu de
divisão -, tendo participado em 28 jogos (21 a titular), sem qualquer golo para
amostra.
Depois voltou ao Estrela
da Amadora e de lá foi para o Olivais e Moscavide. Mas ambas as
experiências foram curtas, seguindo-se o regresso ao Brasil.
2. Filgueira (177 jogos)
Filgueira |
Durante esse período foi quase
titular, tendo formado dupla com Paulo Madeira, Barny, Rui Gregório e
especialmente com Wilson, com quem emparelhou entre 1999 e 2004. Após 51 jogos
e cinco golos na I Liga pelos azuis
do Restelo entre 1996 e 1998, foi impotente para evitar a despromoção, mas
em 1998-99 ajudou a equipa a regressar à elite do futebol português.
No regresso ao primeiro escalão
foi importante para a consolidação do clube nesse patamar competitivo, tendo
contribuído, por exemplo, com seis golos para o 5.º lugar obtido em 2001-02.
Nessa temporada, apontou um hat trick
num jogo com o Varzim.
Porém, os chamados três grandes
também sofreram com a qualidade no jogo aéreo de Filgueira, que em abril de
2000 marcou um dos golos com que o Belenenses
venceu o Benfica
na Luz e em outubro de 2001 faturou num triunfo sobre o FC
Porto nas Antas.
No entanto, a idade começou a
pesar e, aos 37 anos, após uma pesada derrota no Estádio
do Dragão, Augusto Inácio tirou-o da equipa… para sempre.
Após pendurar as botas continuou
ligado ao clube como treinador nas camadas jovens, adjunto na equipa principal
e coordenador técnico do futebol feminino. Em 2011 chegou a ser dispensado pela
direção de António Soares, mas voltou em 2014.
1. Marco Aurélio (228 jogos)
Marco Aurélio |
Um dos pilares da equipa que, sob
o comando técnico de Vítor Oliveira, conseguiu imediatamente o regresso ao
primeiro escalão, tendo sofrido apenas 24 golos em 30 jogos, Marco Aurélio
revelou-se depois um elemento importantíssimo para a estabilização dos azuis
do Restelo no patamar maior do futebol português.
Em 1999-00 começou a temporada
como suplente de Botelho, mas agarrou o lugar à 9.ª jornada e não mais o largou,
tendo sofrido 28 golos em 25 jogos. Foi precisamente nessa época, mais
precisamente à 33.ª ronda, que iniciou uma série de 193 jogos consecutivos (!)
na I Liga. No total, foram 17.370 minutos seguidos de competição. Nessa
sequência sofreu 239 golos. A época em que foi menos batido foi a de 2004-05,
quando foi buscar 34 bolas ao fundo das redes.
Em 2005-06 foi remetido para o
banco por José
Couceiro em três jogos, mas foi na temporada seguinte, já com Jorge
Jesus no comando técnico, que perdeu definitivamente a titularidade, tendo Costinha
conquistado o lugar no onze. Ainda assim participou na caminhada até à final da
Taça
de Portugal e participou nos dois últimos jogos do campeonato, que haveriam
de ser igualmente os derradeiros da carreira, dada como encerrada em junho de
2007, aos 37 anos, quando era capitão de equipa do Belenenses.
“Ser capitão de uma equipa como o
Belenenses
é sempre um orgulho para qualquer jogador. Durante estes anos o Belenenses
teve excelentes capitães, pessoas que cumpriram muito bem o papel de capitão,
como o Filgueira e o Tuck, dois companheiros e amigos. Agora, fui eu designado
capitão e espero poder corresponder e servir de exemplo para os mais jovens a
nível de postura, trabalho e profissionalismo”, afirmou ao jornal
Os Belenenses em dezembro de
2005.
Embora tivesse uma Escola de
Futebol com o seu nome em Portugal, decidiu voltar a Ribeirão Preto, estado de
São Paulo, após pendurar as luvas.
Oi! Encontrei um jogo valioso de futebol.
ResponderEliminarBrasil contra Japon 1999.
Jogador famoso Hidetoshi Nakata,Rivaldo,Cafú,Juninho Pernambucano
https://www.youtube.com/watch?v=6tsIQtix23I