2019 é um ano de
desafios inéditos para a Seleção Nacional. Pela primeira vez, vai
defender um título, começando por uma fase de qualificação em que
vai medir forças com Ucrânia, Servia, Lituânia e Luxemburgo. E
também terá a oportunidade de vencer em casa a edição inaugural
da Liga das Nações da UEFA, tendo agendado um confronto com a Suíça
nas meias-finais que dará acesso à final com Inglaterra ou Holanda.
A importância destes
compromissos deverá levar ao regresso de Cristiano Ronaldo, que tem
estado de fora desde o Mundial 2018, mas não impedirá certamente
que Fernado Santos promova mais estreias pela principal equipa das
quinas. Por enquanto, são 38 desde setembro de 2014, mas é realista
perspetivar que ultrapassem as quatro dezenas até ao final do ano.
Eis os principais candidatos a somarem a primeira
internacionalização.
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Ferro |
Comecemos pela defesa,
mais propriamente pelo eixo defensivo, uma posição em que há
carência de jogadores a atuar ao mais alto nível. Precisamente por
haver uma escassez de centrais é que algum que conquiste a
titularidade no Benfica surge automaticamente como forte candidato a
tornar-se internacional. E é precisamente neste contexto que surge o
nome de
Ferro. Depois de dois anos e meio a mostrar qualidade
na equipa B, foi lançado por Bruno Lage na formação principal e
tem dado contado do recado, à beira de completar 22 anos, exibindo
segurança ao lado de Rúben Dias frente a adversários como Sporting
e Galatasaray e fazendo valer o 1,92 m também no aspeto ofensivo,
tendo marcado a Nacional e Desp. Aves. A seu favor tem igualmente o
histórico nas seleções jovens: 51 internacionalizações entre os
sub-17 e os sub-21.
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Sequeira |
Ainda pela defesa, outra
posição de deficitária é a de lateral esquerdo, embora essa
posição possa ser cobrida por jogadores que atuem no lado direito.
Desde o Mundial 2018 que Raphael Guerreiro e Mário Rui são as
escolhas habituais, com Kévin Rodrigues a aparecer como alternativa,
embora tenha apenas disputado seis jogos esta época pela Real
Socidad. É verdade que existe Antunes, que está a atravessar um bom
momento na equipa-sensação da liga espanhola, o Getafe, mas em caso
de alguma indisponibilidade de alguns dos principais convocados não
é de descartar a chamada do bracarense
Sequeira.
Aos 28 anos, é titular indiscutível no Sp. Braga, exibindo grande
consistência a fazer o corredor e qualidade de cruzamento bem acima
da média. A confirmar-se, seria um regresso às seleções nacionais
11 anos depois de ter representado os sub-18, quando pertencia ao
Leixões.
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João Félix |
Da defesa saltamos para o
ataque, e logo com a grande sensação do momento. Não por qualquer
tipo de carência, mas por uma afirmação impressionante,
João
Félix surge como principal candidato a tornar-se no 39.º
estreante de Fernando Santos. Aos 19 anos, está a vingar no Benfica
às ordens de Bruno Lage, atuando como segundo avançado, com
liberdade de movimentos e a fazer mossa não só no espaço
entrelinhas como nas balizas adversárias: 10 golos na época de
estreia ao mais alto nível. Já sob o olhar dos colossos europeus,
tem a particularidade de apenas ter somado 14 internacionalizações
pelas seleções jovens, dos sub-18 aos sub-21. Não é descabida a
possibilidade de aparecer já na convocatória para os jogos de 22 e
25 de março, diante de Ucrânia e Sérvia, ambos na Luz.
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Diogo Jota |
Se o Wolverhampton de
Nuno Espírito Santo já catapultou esta época para a seleção
nacional o atacante Hélder Costa, que contabiliza 23 jogos (16 a
titular), 1325 minutos e um golo na liga inglesa, o que dizer de
Diogo Jota, que atua em posição semelhante? O ex-Paços de
Ferreira e FC Porto soma igualmente 23 encontros, mas 19 na condição
de titular, 1552 minutos e cinco golos na Premier League. E já na
época anterior tinha estado uns furos acima do antigo companheiro. A
juntar a tudo isto, o facto de ter deixado de poder alinhar pelos
sub-21, onde era capitão. A concorrência é feroz, mas quem tem
causado tão boa impressão naquele que para muitos é o campeonato
mais competitivo do mundo e tem vindo a fazer nos últimos anos um
percurso nas seleções jovens, com 30 internacionalizações dos
sub-19 aos olímpicos, tem direito a sonhar... a curto-prazo.
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Rafael Leão |
Quem também tem direito
a sonhar a curto-prazo pela boa impressão que está a causar num dos
principais campeonatos europeus e pelo percurso nas seleções jovens
é
Rafael Leão, que tem a vantagem de atuar numa posição
deficitária na equipa das quinas, a de ponta de lança. Rumou ao
Lille no verão após ter rescindido unilateralmente com o Sporting
na sequência dos ataques na Academia e impôs-se rapidamente,
levando já sete golos em 16 jogos na liga francesa. As boas
exibições, os golos, o estilo e as semelhanças físicas já
motivaram comparações com Kylian Mbappé. Ainda com 19 anos, é
candidato a aparecer já na convocatória para os compromissos de
março. Seria o culminar de uma caminhada iniciada nos sub-16 e que
já conta com 45 internacionalizações pelas seleções jovens.
João Félix es un jugador único. Tiene cualidades y habilidades muy especiales, y ha transformado por completo el modo de funcionamiento del Barcelona. Puede ser competente en el mediocampo defensivo y ofensivo del equipo, con una excelente visión y una precisión natural en el pase. él favorecido por el entrenador del equipo.
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