Se há jogador que fica bem no resumo de
qualquer jogo ou numa compilação de momentos é Mesut Ozil. Passes
extraordinários, visão de jogo fantástica e pormenores de excelência.
No entanto, um jogo não se esgota num resumo. Uma compilação de
momentos é apenas uma amostra enviesada da real capacidade de um jogador. O
médio-ofensivo germânico é um exemplo clássico.
A sua imagem percecionada não é real. Trata-se de um jogador que se
desliga durante muito tempo do jogo durante os 90 minutos, pouco se dá por ele
e parece estar muito apagado. No entanto, em um, dois ou três raros momentos,
faz um passe que jamais alguém imaginaria e entrega um golo feito a um colega.
Cristiano Ronaldo e Olivier Giroud que o digam.
No final da temporada, coleciona assistências e poucos o superam no
panorama europeu. Aí surge o dilema que tem acompanhado José Mourinho, Arsène
Wenger e Joachim Low. Que fazer a um futebolista que deveria estar a ter muito
mais influência no jogo e que as coisas não lhe estão a correr bem?
Substitui-lo? E quando se trata de Ozil, que em 90 minutos pode ter apenas um
bom momento, mas ser nesse lance que a partida se resolve?
Quantas vezes foi visto a estar bem desde o pontapé de saída até ao
apito final? A genialidade reconhecida vai disfarçando os seus sucessivos
apagões, mas aos 25 anos, já se exige que apresente maior consistência e que
apareça mais a assumir um papel fundamental na organização de jogo das equipas
representa. Mas que não deixe de entregar golos feitos, claro.
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