O início de época nos
principais campeonatos europeus tem sido marcado por várias surpresas. Há
candidatos que desiludem, gigantes que renascem e equipas modestas a aparecer
em bom plano.
Comecemos por Portugal, onde
apesar de os resultados de FC Porto e Benfica lhes garantirem a presença nos
lugares de topo, a qualidade exibicional de ambos os conjuntos ainda não encheu
as medidas aos seus exigentes adeptos. O Sporting tem tido um bom arranque, dos
melhores na última década. O Sp. Braga ameaça iniciar uma curva descendente,
fruto das derrotas que já somou e da eliminação precoce na Liga Europa. E o
Paços de Ferreira, que esta época já disputou a Champions, é lanterna vermelha na Liga ZON Sagres.
Em Espanha, o Barcelona é
líder, e as principais de equipas de Madrid os seus perseguidores. Aqui a
novidade nem é tanto a classificação, mas sim as mudanças de estilo. Os blaugrana já não assentam tanto o seu
modelo de jogo no tiki-taka, e neste defeso
tiveram a particularidade de juntar os ‘galáticos’ Neymar e Messi. O Real,
exceção feita ao investimento em Gareth Bale, parece finalmente investir na cantera e no mercado interno: Carvajal,
Illarramendi e Jesé Rodríguez são exemplos. Já os colchoneros estão a provar que o que fizeram no último ano e meio
não foi obra do acaso, e até Radamel Falcao foi esquecido. Valencia, Málaga e
emblemas de Sevilha têm desiludido.
Por Terras de sua Majestade, tem-se
assistido ao aguardado renascimento do Arsenal, campeão pela última vez em
2003/04. O Liverpool aparentemente atravessa a sua melhor fase no pós-Benítez,
e promete ser um caso sério nesta Premier League. Em sentido contrário está o
campeão Manchester United, que para já mergulha no meio da tabela.
Em França, a novidade nem é a
liderança do Paris SG, mas sim a possibilidade bem real de haver um bicampeão,
o que aconteceria pela primeira vez desde o período de hegemonia do Lyon.
No Calcio, a AS Roma assume-se
como uma das grandes sensações europeias, até pelas dez vitórias consecutivas
com que iniciaram a Serie A e pelo número muito reduzido de golos sofridos. O
Inter tem andado pelo top 5, e é o seu rival de Milão que tem desiludido. Mesmo
com Balotelli e companhia, até a presença na próxima edição da Liga dos
Campeões parece uma miragem.
Em solo germânico, Bayern e
Borussia Dortmund têm dominado, à imagem dos últimos anos, apesar da
resistência do Bayer Leverkusen com uma pontuação próxima dos dois finalistas
da última Champions.
Para finalizar, na Holanda,
onde o Ajax tem sentido dificuldades, tem-se assistido a um começo de temporada
bem competitivo, com poucos pontos a diferirem entre os principais emblemas. Para
além dos tricampeões, PSV, Twente, AZ, Feyenoord e os surpreendentes Vitesse e
Zwolle têm contribuído para o equilíbrio.
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