sábado, 15 de setembro de 2018

O que teria sido Jeff Hardy sem as drogas?

Jeff tem a carreira marcada pelos spots e... pelos problemas

A WWE bem tentou utilizar Matt e Jeff Hardy para reforçar a divisão de tag team em abril do ano passado, mas acabou por não resistir à tentação de relançar o The Charismatic Enigma a solo.

Não é para menos. Por muitos anos que passem, há o reconhecimento de que a divisão de equipas há muito que passou a ser pequena para Jeff, que passou ao lado de uma carreira ainda maior.

Quando enumeramos os melhores performers de todos os tempos, provavelmente não referiremos o nome dele, mas ficará no ar a ideia de que tinha todos os atributos – menos os psicológicos… - para singrar como main-eventer da WWE no século XXI.


Afinal, Jeff Hardy é uma superstar única e inconfundível, a começar pelo que visual que se diferencia dos demais, desde o cabeço multicolorido às mangueiras nos braços, passando pelo restante gear pouco comum e as ocasionais pinturas no rosto. Depois, combina um estilo que os fãs de wrestling muito apreciam com um físico maior (1,88 m e 102 kg) do que os típicos high-flyers. E se olharmos para o seu move-set, constatamos que deverá ser o mais personalizado que há na WWE, recheado de golpes que apenas ele utiliza, como o Whisper in the Wind, o Mule Kick, o Double leg drop nas pernas do adversário ou o seu Swanton Bomb tão característico.


Este antigo campeão mundial por três vezes na WWE e outras tantas na TNA nem precisa de falar muito para ser um babyface que cative os fãs, dos mais jovens aos mais velhos, produzindo uma força de atração bastante natural e muito própria que não cabe numa simples divisão de tag team. E por ser o bom da fita, não está tão exposto em ringue, deixando para os heels a missão de conduzir os combates.

O mais novo dos Hardys conquistou praticamente todos os títulos que haviam para conquistar, mas, olhando para trás, certamente se chegará à conclusão de que poderia ter tido uma carreira mais consistente e solidificado a sua posição no main-event, até porque oportunidades não lhe faltaram.

Numa primeira instância, não conseguiu dar sequência ao célebre combate de escadote diante de Undertaker no verão de 2002, acabando por sair da WWE no início do ano seguinte devido ao uso de drogas.


Na segunda passagem (2006 a 2009), numa fase em que havia uma crise de main-eventers, atrasou a sua progressão novamente devido a problemas com substâncias ilícitas – falhou a Wrestlemania XXIV precisamente devido a esse motivo – e não renovou o seu contrato quando era uma das principais estrelas do Smackdown e estava a protagonizar uma belíssima feud com CM Punk no verão de 2009, saindo quase inexplicavelmente para a TNA.

O seu palmarés pode ser muito vasto, mas não deixa de saber a pouco. E agora, aos 41 anos e um cadastro que não gera muita confiança, já será tarde para uma redenção.











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