O FC Porto venceu esta noite o Sporting de Braga no Estádio do Dragão por 3-2, num jogo a contar para a Liga ZON Sagres. Para os dragões marcaram Hulk (2) e Kléber e para os minhotos Lima por duas vezes.
Eis a constituição das equipas:
FC Porto
No FC Porto, a dúvida reside em qual das faces a equipa irá apresentar esta noite: aquela que no passado fim-de-semana foi goleada em Coimbra ou a que foi a vencer quarta-feira na Ucrânia?
Os dragões precisam de ganharam para não se deixarem ultrapassar pelo Benfica, e ao mesmo tempo, alargar a distância para Sporting e Marítimo, que não venceram esta jornada, assim como o Sporting de Braga, adversário de hoje.
Vítor Pereira aposta no mesmo onze que venceu em Donetsk.
Sporting de Braga
O Sporting de Braga não venceu os últimos dois jogos para a Liga ZON Sagres e à entrada para esta jornada já se encontrava a cinco pontos da liderança, por isso, torna-se fundamental ganhar para não deixar fugir o Benfica e FC Porto. Uma vitória no Dragão igualaria os 22 pontos do Marítimo que é 4º e reduziria a distância para o Sporting que seria assim de apenas um.
Em relação ao onze que actuou em Alvalade, Quim regressa à baliza, Douglão substitui o castigado Elderson e Fran Mérida e Paulo César entram para o meio-campo ofensivo, ocupando os lugares que no jogo da Taça foram de Mossoró e Hélder Barbosa.
A segunda grande partida desta jornada começou muito taco-a-taco, com o Braga a querer assumir a sua condição de candidato ao título e a não trazer nenhum “autocarro” para a frente da sua grande área.
No entanto, ocasiões de golo nem vê-las para nenhum dos lados, todos os lances terminavam prematuramente e os remates que se faziam não davam para assustar até que o FC Porto, com Hulk ao leme, pegou de vez no jogo, e o brasileiro rematou aos 25’ para grande defesa de Quim.
Pouco tempo depois, os minhotos responderam, com um cruzamento de Alan que foi respondido ao segundo poste por Paulo César por cima.
Aos 37’, primeiro golo no Dragão e para a equipa da casa. Após uma bola jogada colectiva, James na direita fez um cruzamento de pé esquerdo que foi direito à cabeça de Hulk que saltou mais alto que os centrais adversários e fez assim o 1-0.
Para a segunda parte, quando se pensava que os comandados por Leonardo Jardim iriam aparecer com a ambição de mudar o resultado e mostrar as suas armas para o conseguir, foram os portistas que estiveram sempre mais próximos de ampliar a vantagem, anulando por completo os bracarenses.
Aos 67’, James Rodríguez cabeceia para uma grande defesa de Quim dando sequência a um cruzamento de Alvaro Pereira, e por esta altura, no Sporting de Braga, Hélder Barbosa e Mossoró entravam no jogo, mexendo com o mesmo, voltando a colocar a sua equipa a pisar terrenos mais próximos da baliza contrária.
Aos 73’, Alan rematou forte para uma grande defesa de Helton para canto, e quando todos pensavam que iríamos ter 20 minutos finais de grande equilibro e emoção, passado pouco tempo, Hulk de fora da área fez o 2-0 num remate espectacular de pé esquerdo não dando a mínima hipótese ao antigo guarda-redes do Benfica.
Logo a seguir, James foi substituído por Kléber e o ponta-de-lança brasileiro apenas precisou de dois minutos em campo para marcar, desviando a bola para a baliza após uma jogada incrível de Hulk na direita.
O clima no Estádio do Dragão era de festa, a equipa da casa estava a impor-se e a golear um forte opositor, parecia estar dado o pontapé na crise e os azuis e brancos estavam a marcar um impacto 24 horas depois de o Benfica ter vencido o “derby” da capital.
Ainda assim, antes do final do jogo, o Sporting de Braga marcou, por duas vezes, ambas por Lima, e chegou a assustar os milhares de adeptos portistas.
Primeiro, na conversão de uma grande penalidade aos 88’ e quando se pensava que este tinha sido o golo de honra, Paulo Vinicius aos 90+1’ tem um bom lance no flanco esquerdo, e cruza atrasado e rasteiro para o brasileiro, numa jogada em que Nuno Gomes teve uma movimentação muito boa.
Vitória justa dos campeões nacionais, que nunca foram inferiores ao adversário e com raras excepções nunca viram a sua vitória ser ameaçada. O resultado acaba por ser enganador, até porque até aos 88’ os comandados por Vítor Pereira venciam por 3-0.
O FC Porto em certos períodos do jogo pareceu o da temporada passada, não fez uma exibição apática como em jogos anteriores e até cativou a massa associativa, apesar de não termos assistido propriamente a um espectáculo brilhante.
Helton pouco trabalho teve, Maicon não atacou muito mas Hulk chegou e sobrou no seu flanco, os centrais quando chamados a intervir não estiveram mal também e Alvaro Pereira é o jogador que conhecemos.
O meio-campo controlou o jogo quando o resultado esteve 1-0 durante boa parte do jogo, James fez um bom jogo, Djalma não esteve mal mas talvez lhe fosse pedido mais, e Hulk, foi o melhor em campo, o autêntico abono de família desta equipa, esteve nos três golos e “levou o FC Porto ao colo”. Kléber marcou mesmo estando em campo durante muito pouco tempo.
Quanto ao Braga, não começou mal, mostrou personalidade, tal como já o tinha mostrado com o Benfica e em Alvalade na semana passada e esteve taco-a-taco com o FC Porto até perto da meia hora.
Depois, também com o golo sofrido, não conseguiu reagir, fruto também da pouca criatividade do seu meio-campo onde faltavam dois homens que entraram posteriormente e mexeram com a partida: Márcio Mossoró e Hélder Barbosa, embora fossem insuficientes para a obtenção de um resultado agradável.
Tenho de destacar Quim que foi gigante entre os postes e que tudo fez para que o Braga não fosse goleado, a defesa não esteve ao nível de encontros anteriores, o meio-campo como já afirmei foi pouco criativo e Lima apesar de ter bisado esteve desaparecido durante quase todo o jogo.
Com esta vitória do FC Porto, fica assim organizada a tabela classificativa da Liga ZON Sagres quando ainda se faltam disputar dois jogos da 11ª jornada: