O mítico guarda-redes do Vitória FC na viragem do milénio. Quem se lembra de Marco Tábuas?
Marco Tábuas defendeu a baliza do Vitória de Setúbal em 155 jogos
A cantera do Vitória
de Setúbal foi especialmente produtiva na década de 1990, com as promoções
à equipa principal de jogadores como Sandro, Mário Loja, Bruno
Ribeiro, Frechaut,
Carlos Manuel, Mamede, Paulo Filipe, Nuno
Santos e, claro, Marco Tábuas.
Guarda-redes de baixa estatura
(1,78 m), à moda antiga, começou a jogar futebol nas camadas jovens do Marítimo
Rosarense, clube do concelho da Moita, de onde é natural. Em 1989-90 passou
para a formação dos sadinos,
tendo feito parte da equipa de juniores que, de forma polémica, perdeu o título
nacional para o Boavista
em 1994-95. Na época seguinte transitou para
a equipa principal, mas demorou a conquistar o seu espaço. Em 1995-96 não somou
minutos, em 1996-97 foi emprestado ao Desportivo
de Beja e em 1997-98 disputou só um jogo, tendo vivido quase sempre na
sombra de Nuno
Santos. Em 1998-99, porém, aproveitou a saída
de Nuno
Santos para os ingleses do Leeds United para se afirmar no Bonfim,
tendo sido o guardião titular de uma equipa do Vitória
que conseguiu um honroso quinto lugar e a qualificação para a Taça
UEFA, naquele que foi o primeiro apuramento dos sadinos
para as competições europeias em 25 anos. Nessa temporada, o “tubarão”, como
muitas vezes era apelidado pelos adeptos vitorianos,
mostrou finalmente o seu estilo pouco ortodoxo nos grandes palcos nacionais,
tendo sido utilizado em 34 jogos e sofrido 31 golos em todas as competições.
Mas o que parecia ser apenas um
início prometedor de carreira acabou por ser, na verdade, o auge. Na temporada
seguinte manteve o estatuto de titular, mas periodicamente chegou a ser
suplente de Brassard, e não conseguiu impedir a despromoção à II
Liga – em setembro de 1999 foi o guarda-redes dos setubalenses
na goleada sofrida às mãos da AS
Roma na capital italiana (7-0). A partir daí, nunca teve uma
época em que tivesse sido o dono da baliza de forma indiscutível desde o início
ao fim: alternou com Brassard (novamente) em 2000-01, Bossio em 2001-02, Pedro
Espinha em 2002-03 e Roberto Trigão em 2003-04. A partir daí, foi quase sempre
segunda ou terceira opção.
Haveria de permanecer à beira-Sado
até 2007-08, temporada marcada pela conquista da Taça
da Liga. Porém, não somou um único minuto de jogo. Nas derradeiras épocas de
carreira defendeu as balizas de Torreense
e Mineiro
Aljustrelense na antiga II Divisão B. Depois tornou-se treinador, tendo
trabalhado já como treinador principal, treinador adjunto e treinador de
guarda-redes em diversos clubes. Presentemente é adjunto de Nikola Popovic no Atlético.
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