Marcos
Acuña apresentou-se aos adeptos portugueses como um extremo esquerdo
durante a sua primeira época no Sporting, às ordens de Jorge Jesus.
Fixou-se como titular indiscutível, marcou meia dúzia de golos e
aproveitou a montra da Liga dos Campeões para entrar no radar dos
colossos europeus.
Contudo,
apesar da tremenda qualidade de cruzamento e da apetência para as
tarefas defensivas, fez notar alguma falta de magia e de fantasia que
o impediam de ultrapassar adversários e queimar linhas através do
drible. E um extremo de uma equipa como o Sporting, que joga
permanentemente no meio-campo ofensivo e muitas vezes frente a
adversários organizados em bloco baixo, tem de ter qualidade de
drible.
Esta
temporada, mesmo tendo em conta a debandada de alguns jogadores que
podiam aturar no lado esquerdo do ataque, casos de Gelson Martins,
Bryan Ruiz ou Rúben Ribeiro, José Peseiro e depois Tiago Fernandes
colocaram o argentino de 27 anos no lado esquerdo... da defesa.
Nessa
posição, além de continuar a contribuir com cruzamentos calibrados
e agressividade defensiva, não se vê tão obrigado a recorrer ao
drible, ocultando assim um aspeto em que é menos forte. A função
não é nova para ele, que entra nas contas da seleção argentina
precisamente enquanto lateral.
A
forma como embala desde trás no carril esquerdo dos leões
entusiasma os sportinguistas e faz lembrar alguns laterais de topo.
É, sem dúvida, a melhor forma não só de servir o emblema de
Alvalade como de se valorizar enquanto jogador e talvez dar mais um
salto na carreira. Veremos se Marcel Keizer será da mesma opinião.
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