Esta tarde, no Estádio Petrovsky, em São Petersburgo , o
Zenit derrotou o Paços de Ferreira por 4-2 (8-3 no agregado), em jogo da segunda mão do Play-Off de acesso à Liga dos Campeões.
Danny (2), Bukharov e Arshavin (de grande penalidade) marcaram para os russos,
e Manuel José e Carlão para os pacenses.
Eis a constituição das equipas:
Zenit
Na primeira mão, os russos
venceram no Estádio do Dragão por 4-1, com golos de Shirokov (3) e Degra na
própria baliza.
Na 3ª Pré-Eliminatória,
“despacharam” o Nordsjaelland com um agregado de 6-0.
Depois do 2º lugar na temporada
passada no campeonato local, o Zenit ocupa o 4º lugar ao cabo de seis jornadas,
a três pontos do líder CSKA Moscovo.
Lodigin (ex-Xanthi), Ansaldi
(ex-Rubin Kazan), Smolnikov (ex-Krasnodar), Shatov (ex-Anzhi), Tymoshchuk
(ex-Bayern Munique), Solovyev (ex-Dínamo Moscovo) e Arshavin (ex-Arsenal) são
os principais reforços para 2013/14.
Os portugueses Luís Neto e Danny,
assim como Witsel (ex-Benfica) e Hulk (ex-FC Porto), integram o plantel.
Malafeev e Hulk estão lesionados.
Paços
de Ferreira
André Leão apontou o golo dos
pacenses na primeira mão.
Os castores terminaram no último
lugar do pódio da última edição da Liga ZON Sagres, e procuram agora pela
primeira vez o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões.
Monteleone (ex-CTL Campania),
Degra (ex-AEL Limassol), Jaílson (emprestado pelo CSP), Grégory (ex-Sporting
Gijón), Hélder Lopes e Rúben Ribeiro (ex-Beira Mar), Fernando Neto
(ex-Fluminense), Romeu (ex-Desp. Aves), Sérgio Oliveira (emprestado pelo FC
Porto), Rodrigo Antônio (ex-Marítimo), Gino Guerrero (ex-Alianza Lima), Seo
Dong-Wook (ex-Bucheon SK) e Carlão (ex-Sp. Braga), tal como o treinador
Costinha, são as aquisições para a nova época.
Duarte Duarte, Rúben Ribeiro,
Tiago Valente e Tony estão lesionados.
Cronómetro:
Zenit parecia apostar num futebol direto, com a bola a ser bombeada
por Neto para um dos extremos.
Bom jogo em
São Petersburgo , com oportunidades para ambos os lados.
Ao intervalo, Arshavin rendeu Shirokov.
Paços de Ferreira termina o encontro no meio-campo contrário.
90+3’
Vítor, de livre direto, acertou no poste.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo do Zenit.
Análise:
Com a eliminatória praticamente resolvida à entrada para este jogo, as
equipas entraram um pouco desconcentradas, e nos primeiros minutos, assistiu-se
a várias “ofertas” de parte a parte.
Curiosamente, ambas as formações recorreram a futebol direto para tentar
chegar ao último terço, o Zenit direcionando passes longos para os extremos, e
o Paços para o seu ponta-de-lança, Carlão.
Assim que as duas equipas assentaram, assistiu-se a um encontro com
mais passes curtos e com a bola a circular de pé para pé, e a categoria dos
russos viria a sobressair quando Danny inaugurou o marcador à passagem da meia
hora, depois de grande trabalho de Smolnikov pela esquerda.
No segundo tempo, o conjunto orientado por Luciano Spalletti não
abrandou e voltou a marcar por Danny, naquele que foi um extraordinário golo do
internacional português.
O 3-0 apareceu pela cabeça de Bukharov, dando a melhor resposta a um
cruzamento de Anyukov. Um minuto depois, Manuel José marcou para o Paços.
Numa fase em que o resultado do jogo e da eliminatória estava mais que
feito, ainda houve tempo para mais dois golos, um para cada lado. Arshavin, de
grande penalidade, apontou o quarto para os russos, e Carlão, com um bom
cabeceamento, estabeleceu em 4-2 o resultado final.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Zenit…
Lodigin não teve culpas no
golo sofrido, num jogo em que até nem teve muito trabalho;
Anyukov fez o
cruzamento para o 3-0; Neto esqueceu-se de marcar Carlão no lance do
4-2; Lombaerts deu conta do recado; e Smolnikov fez a assistência
para o 1-0 depois de uma grande arrancada pelo corredor esquerdo;
Tymoshchuk, discreto, foi
o responsável pelos equilíbrios da equipa; Witsel correu imenso, de uma
área à outra e ainda foi aparecendo pelo lado esquerdo, compensando as
diagonais de Danny; e Shirokov esteve bastante eficiente nas suas ações,
intervindo pouco, mas bem;
Mogilevets foi a novidade
no onze, e mudou-se para as costas do ponta-de-lança no segundo tempo; Danny
fez vários movimentos diagonais da esquerda para o meio, e apontou dois grandes
golos; e Bukharov é muito possante, mas tem um futebol pouco técnico,
tendo ainda assim apontado o terceiro golo;
Arshavin posicionou-se nas
alas, fletindo sempre que possível para a zona central, tendo conquistado e
convertido a grande penalidade que deu o 4-1; Zyryanov refrescou o miolo;
e Kerzhakov, habitualmente um ponta-de-lança, jogou
descaído pela direita.
Quanto aos jogadores do Paços
de Ferreira…
Degra não mostrou
ser o mais seguro dos guarda-redes, ainda que sem responsabilidades diretas nos
golos sofridos;
Nuno Santos, apesar de ser
canhoto, atuou no lado direito, puxando a bola normalmente para o seu melhor pé,
e fechou quase sempre bem o seu flanco; Grégory, apesar da experiência,
nem sempre teve “pedalada” para os atacantes russos; Ricardo foi
“sentado” por Danny no lance do 1-0; e Hélder Lopes esteve seguro;
André Leão foi uma
referência na recuperação de bola, e foi também certeiro no passe; Romeu
soltou-se pouco, devido às exigências defensivas; e Vítor mostrou bons
recursos técnicos na montra europeia, e ainda acertou no poste, de livre
direto, no último minuto dos descontos;
Manuel José apontou um
grande golo; Hurtado mostrou irreverência e inconformismo ao longo da
primeira parte, mas foi desaparecendo na segunda; e Carlão, de baixa
rotatividade, foi alvo de futebol direto, procurou usar a sua estampa física
para segurar a bola e apontou o 4-2 com um belo cabeceamento;
Rui Miguel foi lançado
para a faixa esquerda quando já havia pouco a fazer, e cometeu a grande
penalidade que deu o 4-1 ao Zenit; Rodrigo Antônio
rendeu o já amarelado Nuno Santos no lado direito da defesa; e Caetano
teve direito a dez minutos de Liga dos Campeões, e ainda foi a tempo de fazer a
assistência para o segundo golo dos pacenses.
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