Terminada a Taça das Confederações 2013,
vencida pelo Brasil, é altura de escolher o Onze Ideal.
Guarda-redes:
Longe da plenitude das suas capacidades, Júlio César foi resgatado por Luiz
Felipe Scolari para o “seu” Brasil, depois de ter sido afastado por Mano
Menezes após a Copa América 2011.
Ao longo da Taça das Confederações, sofreu
apenas três golos (em cinco jogos), defendeu uma grande penalidade nas
meias-finais e foi enchendo a baliza canarinha com várias intervenções de
qualidade. O rótulo de “patinho feio” já não lhe pertence…
Defesas-Laterais:
Conhecido por ser um lateral bastante
ofensivo, aos 30 anos, Daniel Alves
sabe melhor que terrenos tem de pisar, e por isso mostrou-se mais assertivo e
contido nas subidas pelo flanco. No entanto, tudo o que fez, foi bem feito!
Muitas vezes quando se fala em
defesas-laterais, esquece-se da primeira parte desta palavra: defesa. E o
atleta do Barcelona foi sem dúvidas um elemento importante no processo
defensivo, contribuindo para os apenas três golos sofridos durante a competição.
Sem a dinâmica de outros encontros nos
jogos decisivos da Taça das Confederações, o meio-campo espanhol não conseguiu impor
o seu reconhecidíssimo estilo nas partidas decisivas. Ainda assim, no lado
esquerdo da defesa morava um dos jogadores mais aguerridos de La Roja, que nunca dava uma bola por
perdida e que até mostrou a sua veia goleadora, falo é claro de Jordi Alba. Contra a Nigéria, assinou
um bis na vitória por 3-0.
Defesas-Centrais:
Durante toda a competição, David Luiz nunca comprometeu. Mas fez muito
mais do que isso: impôs o seu físico, esteve sempre bem posicionado e levou
para a canarinha a sua capacidade para sair a jogar.
Chegou a assustar quando saiu lesionado
diante de Itália, mas voltou em grande estilo nos encontros decisivos, dando
nas vistas sobretudo pelo corte fantástico que impediu o golo da Espanha perto
do intervalo da final.
O outro central é o companheiro de David
Luiz no eixo defensivo. Thiago Silva,
para além de ter exibido as qualidades que o seu colega demonstrou, tem uma
virtude que o ex-Benfica não tem: recorre pouco à falta e mesmo assim consegue
travar os adversários.
Com 28 anos, é dos melhores do mundo na
sua posição.
Médios:
No jogo de estreia da squadra azzurra, Pirlo mostrou
in loco aos brasileiros toda a sua classe, com um pontapé livre cobrado de
forma absolutamente fantástica.
Embora não sendo propriamente o mais
pressionante dos trincos, geralmente é auxiliado nas tarefas defensivas por De
Rossi, e assume especial importância através dos seus passes longos precisos
que fazem com que a distância entre atacantes e restante equipa italiana não
seja um problema.
Cobiçado por vários clubes europeus, Paulinho mostrou-se aos adeptos não tão
familiarizados com o futebol brasileiro. É um box-to-box, pressionante e inteligente a defender, fazendo as
tarefas de cobertura, e também um jogador que constrói jogo e liga setores,
aparecendo com frequência à entrada da área adversária. Marcou dois golos
(diante de Japão e Uruguai) e assinou pelo Tottenham.
Não foram propriamente de luxo as exibições
de Iniesta na Taça das Confederações,
no entanto, o centro-campista conhecido como “ilusionista” foi um dos pilares
da seleção espanhola que conseguiu o pleno na fase de grupos.
Participou em todos os encontros e
apresentou o seu habitual futebol rendilhado.
Atacantes:
Neymar apareceu nesta Taça das Confederações com
dois tipos de críticos: os seus fãs e os que o apelidavam de sobrevalorizado, e
que se referiam a ele como uma jogada de marketing
dos brasileiros para promover o Campeonato do Mundo que vão organizar em 2014.
A base da tese destes últimos surgiu pelas exibições pouco inspiradas na Copa América
2011 e na derradeira edição dos Jogos Olímpicos.
No entanto, o prodígio sul-americano calou
as críticas ao ritmo de excelentes prestações, e de um futebol rendilhado,
inteligente entusiasmante, acompanhado por quatro golos (um em cada jogo, só não
marcou ao Uruguai).
Foi eleito pela FIFA o melhor jogador do
torneio, e agora, os adeptos do futebol aguçam o apetite para o ver na mesma
equipa que Messi, em Camp Nou.
Aos 26 anos, Cavani entrou nesta Taça das Confederações com o estatuto de melhor
marcador da Serie A e como um dos pontas-de-lança mais temidos e cobiçados do
futebol europeu.
Após uma fase de grupos algo discreta,
apareceu na semifinal e no jogo de consolação com o seu estilo elegante,
guerreiro e matador, encontros nos quais apontou três golos no total.
Fred foi mais um patinho feio que Scolari
resgatou para o seu Brasil, fruto também da ausência do lesionado Leandro Damião.
Longe de ser o ponta-de-lança mais brilhante que o escrete já esteve, conseguiu
boas exibições nos primeiros jogos, onde se mostrou um avançado de coletivo.
Entendia-se bem com quem o servia mais de perto (leia-se Neymar, Oscar e Hulk),
mas faltavam-lhe os golos. Esses apareceram na 4ª jornada da fase de grupos, e
a partir daí não mais parou de marcar, tendo fechado a prova com cinco tentos,
os mesmos que Fernando Torres, artilheiro da competição. Só que o espanhol foi
bafejado pela sorte de enfrentar o Taiti…
Treinador:
À imagem do que tinha acontecido com
Portugal no EURO 2004, Luiz Felipe
Scolari tratou de unir o povo em torno da sua seleção, formar um grupo
forte e escolher um onze sujeito a poucas ou nenhumas alterações de jogo para
jogo.
E assim foi! Só por lesão Felipão trocou
Paulinho por Hernanes diante de Itália, apostando sempre no mesmo conjunto por
titulares, e conseguiu construir um coletivo sólido, organizado taticamente,
alegre na forma de jogar e com muita alma.
11 muito bem feito
ResponderEliminarnao ha muito mais a escolher excepto o suarez o forlan o buffon
Estive até à última da hora para escolher entre o Buffon e o Júlio César.
EliminarA diferença é que o Júlio César sofreu menos golos e defendeu uma grande penalidade num jogo realmente importante (meias-finais).
Os outros dois não equacionei, estiveram muito desaparecidos nos jogos importantes.
quando e que tencionas fazer o 11 ideal da premier league , da bundesliga e desta champions?
ResponderEliminargostaria muito de saber a tua analise
Não vi jogos suficientes das últimas edições dessas competições para elaborar uma análise. Não gosto de falar do que não conheço bem ;)
EliminarMas obrigado pela apreciação ao meu trabalho!
uma ultima pergunta: achas que guardiola conseguirá introduir o seu estilo de jogo num futebol que nao me parece ser tatico o sufeciente para tal ( bundesliga )
ResponderEliminarAcredito que Guardiola possa dar ao Bayern uma maior cultura de posse e de mobilidade... mas não acredito numa 'Barcelonização' nem do clube nem do futebol alemão
EliminarNem eu ainda por cima apos a lição dada pelos alemaes nas meias na champions.
ResponderEliminarAcredito que com esta passagem o futebol alemao fique mais interessante ( ainda mais com a contratação do thiago alcantara ) e mais desenvolvido taticamente.
Esta passagem vai permitir isso e uma maior maturidade na maneira de pensar de guardiola para alem de lhe preencher mais o currculo.
Finalmente vai se perceber o potencial alemao ( muito melhor que o espanhol ), julgo eu que tera uma grande influencia nas seleçoes alema e espanhola.
Pode nao ser no proximo mundial pas acredito que possa futuramente.
O futebol alemão está em estado de graça e considero errado mexer no que está em estado ótimo:
Eliminar- Bayern Munique chegou a três finais nas últimas quatro Champions, tendo vencido uma.
- A seleção alemã chegou no mínimo às meias-finais das últimas quatro competições a que chegou: EURO's 2008 e 2012 e Mundiais 2006 e 2010.
Creio que Guardiola, mais do que tudo, vai dar à Bundesliga o que lhe falta, a atração mediática.
exato foi o que eu disse.
ResponderEliminarmas acho que como esta a acontecer a forma de pensar vai-se virar po fut alemao e com isso a seleçao alema vai beneficiar e acho que vai prejudicar a espanhola