Esta noite, no Estádio José Alvalade, o Sporting venceu o Sporting de Braga por 3-2, num jogo a contar para a 30ª e última jornada da Liga ZON Sagres. Ricky Van Wolfswinkel marcou todos os tentos dos leões, e Hélder Barbosa e Lima facturaram para os bracarenses.
Eis a constituição das equipas:
Sporting
No campeonato, os leões não têm mais objetivos… terminarão a época no 4º lugar, no entanto, no próximo fim-de-semana disputam a Taça de Portugal.
Onyewu e Polga, expulsos na última jornada, no Dragão, ficam de fora, tal como Rodríguez, Rinaudo e Izmailov.
Sp. Braga
A principal ambição dos bracarenses para esta partida é levar Lima ao topo da lista de melhores marcadores da Liga ZON Sagres, e para isso o brasileiro terá de bisar, já que Cardozo tem menos tempo de utilização e leva um golo a mais.
O encontro começou equilibrado, com ligeiro ascendente para o Sporting.
11’ Schaars do meio da rua atirou por cima.
17’ Wolfswinkel cabeceou para defesa de Quim, após canto de Matías Fernández.
34’ Ruben Amorim ao tentar aliviar uma bola perto da sua área, chutou contra Carrillo e o esférico sobrou para Ricky Van Wolfswinkel que em boa posição deu vantagem aos leões.
45’ João Pereira, pelo flanco direito, levou um cruzamento/remate a passar por cima do alvo.
Intervalo.
46’ Jeffrén, à meia-volta, atirou ao lado.
54’ O hispano-venezuelano voltou a estar em evidência, rematando por cima depois de ser servido por Insúa.
55’ Leonardo Jardim trocou Imorou por Hélder Barbosa.
57’ Lima apareceu desmarcado descaído pela direita dentro na área, assistiu Miguel Lopes mas João Pereira conseguiu interceptar o remate do lateral português, no entanto, na recarga, Hélder Barbosa igualou a partida, precisando de apenas dois minutos em campo pata marcar.
62’ Jeffrén, pelo flanco direito, colocou a bola na área ao primeiro poste onde Schaars apareceu, tirou Nuno André Coelho do caminho, atirou para defesa de Quim, e no seguimento da jogada, Wolfswinkel voltou a dar vantagem ao Sporting.
Com dois golos em poucos minutos, o jogo ganhou um novo fôlego e entusiasmo, até na animosidade dos atletas.
65’ Lima, ainda de longe, obrigou Rui Patrício a aplicar-se.
68’ Nuno Gomes rendeu Ruben Amorim.
71’ Jeffrén foi substituído por Diego Capel.
75’ Insúa chutou do meio da rua para defesa fantástica de Quim, e na recarga, Wolfswinkel também não conseguiu bater o internacional português, que voltou a dar nas vistas por uma incrível intervenção.
76’ O avançado holandês esteve outra vez perto do terceiro da conta pessoal, mas o guardião bracarenses demonstrou novamente reflexos apuradíssimos.
79’ Ricardo Sá Pinto trocou Carrillo (com cãibras) por Evaldo, adiantando Insúa para extremo-esquerdo.
No Braga, saiu Custódio e entrou Ukra.
84’ Insúa serviu Wolfswinkel, que viu o seu remate ser desviado por Ewerton e entrar na baliza bracarense. Foi o primeiro “hat-trick” do holandês com a camisola do Sporting.
87’ Lima foi derrubado dentro da área leonina por Evaldo, e foi assinalada uma grande penalidade, que o próprio avançado brasileiro converteu em golo.
90+2’ Os leões trocaram de guarda-redes, Rui Patrício por Tiago.
Terminou o campeonato português, versão 2011/2012. O jogo foi sempre interessante, mais que não seja por se encontrarem duas equipas do Top 4 nacional, começando com uma toada equilibrada, ainda com ligeiro ascendente dos leões, que se adiantou um pouco depois da meia hora.
Até ao intervalo, nada a registar, mas a segunda parte foi bastante animada, com quatro golos, com o Sp. Braga a conseguir a igualdade e logo após a vir-se de novo em desvantagem, ficando a sua derrota sentenciada com o “hat-trick” de Wolfswinkel já na recta final. Até ao último apito, Lima ainda marcou de grande penalidade, mas insuficiente para se sagrar no melhor marcador do campeonato e para evitar o triunfo do Sporting.
Analisando os atletas em campo, começando pela formação leonina…
Rui Patrício até nem teve muito trabalho, apesar dos dois golos sofridos, pelos quais poucas ou nenhumas responsabilidades teve.
João Pereira deu profundidade ao flanco direito, Xandão colocou Lima em jogo no lance do 1-1, a Carriço nada há a apontar, e Insúa foi crescendo ao longo da partida, fazendo a assistência para o 3-1.
Schaars e Elias deram ritmo ao meio-campo, sobretudo o holandês que apareceu algumas vezes numa posição mais normal do que é habitual, e Matías Fernández, mesmo sem o brilhantismo de outras ocasiões, fez um bom jogo.
Carrillo apareceu a espaços mas foi fundamental no primeiro golo, Jeffrén mostrou mais intensidade e realizou uma boa exibição, e Wolfswinkel teve uma noite para não mais esquecer, marcando um “hat-trick”, o primeiro ao serviço do Sporting.
Diego Capel não apareceu muito mas também não teve muitos minutos e oportunidades, Evaldo ainda entrou a tempo de cometer uma grande penalidade e Tiago teve os seus primeiros segundos da época, que podem também ter sido os últimos de leão ao peito.
Quanto aos jogadores do Sp. Braga…
Quim realizou defesas fantásticas e impediu um resultado mais volumoso, Miguel Lopes defendeu e atacou com intensidade e qualidade, Nuno André Coelho fez uma série de cortes preciosos, Ewerton teve azar no lance que deu o 3-1 aos leões, e Elderson foi quem teve em maiores dificuldades na defesa.
Custódio e Hugo Viana não deram muito ritmo ao jogo da equipa, e Rúben Amorim ficou muito mal na fotografia no primeiro golo da partida.
Mossoró esteve longe do seu “habitat” e foi menos interventivo que é habitual, Imorou esteve apagadíssimo e Lima conseguiu marcar, ainda de que de “penalty”, mas não superou Cardozo na tabela dos melhores marcadores.
Hélder Barbosa facturou mal entrou, Nuno Gomes deu alguma dinâmica ao ataque e Ukra pouco se viu, mas o tempo em campo também foi pouco.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação final da Liga ZON Sagres:
Gostei da análise, em geral, mas não concordo com o desenho táctico do Braga que aqui apresentou... O Braga joga em 4x3x3, com um médio defensivo, Custódio, um construtor de jogo, Hugo Viana (a queimar linhas) e um criativo, Mossoró.
ResponderEliminarHugo Viana é um box-to-box, que aparece mais vezes no ataque, mas que quando parte é lado a lado no Custódio, mas o Custódio é fixo.
EliminarAinda que hoje, com o Ruben Amorim a não dar a mesma amplitude que geralmente o Mossoró dá como 10, admita que se desenhar um 4x3x3 com Amorim e Viana como interiores seja admissível.
Sim, hoje viu-se um Mossoró muito apagado, por estar a jogar longe da posição onde costuma ser mais decisivo. Curiosamente, continuo a gostar mais do Ruben Amorim como lateral direito do que como médio interior!
EliminarO principal virtude que atribuem ao Ruben Amorim, é o principal defeito que lhe aponto. De tão polivalente que é, não se especializou em nenhuma posição ainda, se bem que para uma equipa grande, creio que jogar a 10 ou a extremo não é para ele, talvez lateral-direito e box-to-box seja onde se dê melhor.
EliminarSem dúvida. Para um treinador, contar com um polivalente é excelente... mas para o jogador, traz as tais dificuldades de especialização. Concordo, também gosto de o ver como box-to-box, mas continuo a achá-lo mais interessante como lateral direito.
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