Esta tarde, em Stamford Bridge, Chelsea e Tottenham empataram sem golos, num encontro a contar para a Premier League. Com grande atenção ao jogo, devem ter estado os responsáveis do Benfica, que vão enfrentar os “blues” na próxima terça-feira para a Liga dos Campeões.
Eis a constituição das equipas:
Chelsea
Depois de quatro vitórias sob o comando de Di Matteo, o Chelsea perdeu a meio da semana no Etihad Stadium, diante do Manchester City por 1-2 (vejam análise AQUI). Ainda assim, o técnico italiano está invicto em Stamford Bridge, onde o Tottenham não vence desde 1990.
John Terry está de regresso à equipa, após lesão.
Tottenham
Os “Spurs” estão a ser a grande sensação deste campeonato, no entanto, não vencem para a Premier League há quatro jogos, com a particularidade de a última vitória fora ainda ter sido em 2011.
O encontro começou com o equilíbrio como nota dominante, com as duas equipas a equivalerem-se e a lutarem imenso no meio-campo, pois no ataque eram incapazes de criar ocasiões de golo. Só perto da meia hora o jogo se abriu mais, no entanto, as oportunidades eram inexistentes.
Embora no gráfico acima mostre o Tottenham em 4-4-2 losango, a defender a distribuição geométrica dos jogadores era em 4-1-4-1 com Bale no lado esquerdo do meio-campo, Sandro a médio interior e van der Vaart na direita, com Adebayor como único avançado.
No Chelsea, a principal variação táctica foi mesmo a troca de flancos entre Sturridge e Mata, ainda que em dadas fases do jogo, Ramires tornava-se um flanqueador e o espanhol ex-Valência flectia para zonas mais interiores.
A primeira ocasião de perigo apareceu já nos descontos do primeiro tempo, com John Terry a falhar a intercepção a um cruzamento de Modric pela esquerda, e van der Vaart a rematar inicialmente para defesa de Cech, na recarga foi Ashley Cole sobre a linha de baliza a negar-lhe o golo, e na sequência do lance o ponta-de-lança togolês dos “Spurs” cabeceou por cima.
Já no segundo tempo, nova oportunidade para o Tottenham com Gareth Bale a aparecer pelo meio e a desmarcar Walker pela direita que atirou à malha lateral.
Aos 73’, Juan Mata de livre directo enviou a bola ao poste. Friedel estava batido.
Pouco depois, Di Matteo abdicou do seu trinco, Michael Essien, arriscando e colocando em campo Fernando Torres, para fazer companhia a Didier Drogba na frente de ataque.
Já Harry Redknapp retirou van der Vaart e Sandro e fez entrar Saha e Livermore, refrescando o meio-campo e dando outras soluções ofensivas à equipa, sobretudo com a entrada do francês.
Perto de atingir-se os derradeiros dez minutos, Modric isolou Adebayor que contornou Cech e rematou para a baliza, mas Cahill evitou o golo sobre a linha. Na sequência do canto, marcado pelo croata, Bale cabeceou à trave e de seguida o togolês também de cabeça fez a bola passar por cima do alvo.
No último dos quatro minutos de descontos, o extremo galês do Tottenham de livre directo rematou forte e colocado, mas o guardião checo do Chelsea defendeu para fora, confirmando assim o empate neste “derby” londrino.
Acabou por ser uma igualdade que se ajustou ao que se passou em campo, apesar dos visitantes terem tido mais ocasiões e mais posse de bola, nunca definiram foram ambiciosos o suficiente para definirem como prioridade a vitória, preocupando-se sobretudo para não se deixarem aproximar pontualmente pelos rivais desta tarde.
Neste encontro houve duas partes distintas: a primeira em que se viu muita luta a meio-campo, pouco perigo, quer em remates quer em aproximações às balizas, e uma segunda em que ambas as formações se abriram mais, houve bolas nos ferros e oportunidades de parte a parte para se chegar à vantagem. É impressionante como um 0-0 na Premier League consegue ser um grande jogo!
Analisando os atletas do Chelsea…
Cech chegou atrasado a um lance em que Adebayor apareceu isolado, mas fez algumas defesas importantes.
Bosingwa nunca deixou que Bale se impusesse na primeira parte, Cahill foi quem esteve em destaque no sector mais recuado, ainda que Terry não tenha comprometido e Ashley Cole a nível defensivo nunca teve grande trabalho pois o Tottenham optava maioritariamente por atacar pela esquerda, e ofensivamente o Chelsea também nunca se preocupou muito em explorar o seu lado, ainda assim, evitou um golo sobre a linha.
Essien segurou o meio-campo, Ramires apareceu muitas vezes como flanqueador na direita e Lampard foi discreto mas longe de ter feito uma má exibição.
Juan Mata teve nos pés a melhor oportunidade dos “blues”, num livre directo que acertou no poste, Sturridge não conseguiu criar muitos desequilíbrios e Drogba foi batalhador, mas sem grande sucesso.
Quanto aos suplentes que saltaram do banco, David Luiz não entrou muito bem, cometendo algumas faltas desnecessárias e deixando-se ultrapassar por Adebayor assim que entrou no jogo, Fernando Torres jogou descaído para a direita, lutou mas foi inconsequente e Kalou não teve tempo para nada.
Quando aos jogadores do Tottenham…
Friedel não fez uma única defesa complicada, Walker foi dono e senhor do flanco direito, Gallas foi o treinador da equipa em campo, sendo visto várias vezes a dar indicações aos colegas, Kaboul esteve bem, tal como Assou-Ekotto.
Scott Parker foi importante a segurar o meio-campo, Sandro continuou sem mostrar grandes qualidades, Modric foi o armador de jogo da equipa, com uma precisão de passe fantástica e van der Vaart fez um trabalho semelhante ao do croata mas numa zona mais adiantada do terreno.
Gareth Bale foi o homem mais perigoso dos “Spurs”, sobretudo na segunda parte, e Adebayor lutou muito, mostrou a sua dimensão física impressionante mas não conseguiu marcar.
Saha trouxe novas soluções ofensivas e Livermore veio reforçar o meio-campo.
Com este empate, fica assim disposta a classificação da Premier League:
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