Vasco da Gama competiu no Campeonato de Portugal em 2018-19 |
Fundado a 1 de outubro de 1945,
por um grupo de jovens que pretendia desenvolver a prática desportiva na vila
da Vidigueira, Clube
de Futebol Vasco da Gama, cujo nome visa honrar aquele que foi o primeiro
conde de Vidigueira e o descobridor do caminho marítimo para a Índia,
participou pela primeira vez nos campeonatos nacionais em 2012-13, quando
disputou a III Divisão.
A formação alentejana beneficiou
do quarto lugar na I Distrital da AF
Beja na época anterior e das recusas em subir de Praia de Milfontes e
Ferreirense para alcançar uma presença histórica nos patamares nacionais, tendo
ficado integrado na Série F.
Após ter terminado a primeira
fase em sexto lugar, o que lhe valeu o direito de participar na fase de
promoção à edição inaugural do Campeonato
de Portugal, concluiu a derradeira etapa também na sexta posição, o que
ditou a queda nos distritais e a ausência na Taça
de Portugal na época seguinte.
Alguns anos depois, em 2018-19, o
Vasco
da Gama de Vidigueira voltou aos campeonatos nacionais para participar no Campeonato
de Portugal, mas voltou a cair nos distritais bejenses ao
fim de uma temporada, apesar de ter lutado pela permanência até a fim.
No total, 29 futebolistas jogaram
pelo emblema alentejano no
Campeonato
de Portugal. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais
vezes.
10. Luís Soudo (24 jogos)
Luís Soudo |
Médio natural de Cuba, dividiu a formação entre o Sp. Cuba e o Despertar,
tendo ainda passado pelos seniores de Castrense
e Desp.
Beja antes de ingressar pela primeira vez no Vasco
da Gama de Vidigueira em 2010-11.
Entretanto passou pelo Despertar, tendo regressado à Vidigueira em
2012-13 na estreia do clube nos patamares nacionais, na III Divisão,
mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Haveria de voltar a jogar pelos vidigueirenses
em 2015-16, após dois anos e meio no Sp. Cuba, e entre 2017 e 2019, depois de
aventuras no Sp.
Viana do Alentejo e no Mineiro
Aljustrelense.
Em 2017-18 sagrou-se campeão distrital e participou numa
eliminatória da Taça
de Portugal diante do Vitória
de Guimarães e na temporada
seguinte disputou 24 jogos (15 a titular) no Campeonato
de Portugal, mas sem conseguir impedir a descida de divisão.
Após a despromoção regressou uma vez mais ao Sp. Cuba.
9. Luís Tasquinha (25 jogos)
Luís Tasquinha |
Defesa central formado maioritariamente no Vasco
da Gama de Vidigueira, embora tenha jogado nos juniores de Desp.
Beja e Despertar, ingressou na equipa principal do clube precisamente na
primeira época de sénior, em 2007-08.
Entretanto foi estudar para
Coimbra e representou a Académica
– Secção de Futebol (equipa exclusivamente composta por estudantes) nos
distritais coimbrenses, mas voltou à Vidigueira para jogar pelos vascaínos
entre 2013 e 2015, período em que foi por duas vezes vice-campeão distrital da AF
Beja.
Em 2015-16 vestiu a camisola da União
da Serra nos distritais leirienses, mas na época que se seguiu regressou uma
vez mais aos vidigueirenses,
desta feita para se sagrar campeão distrital e para participar numa
eliminatória da Taça
de Portugal diante do Vitória
de Guimarães em 2017-18.
Na temporada seguinte atuou em 25
encontros (21 a titular) no Campeonato
de Portugal, mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Atualmente ainda se encontra no
clube, embora em 2020-21 tenha feito uma pausa na carreira.
8. Lucas Gomes Teixeira (25 jogos)
Defesa central brasileiro que entrou no futebol português pela porta dos
juniores do Torreense
em 2015-16, passou por Albufeira Futsal, FC Crato e Casa Corval antes de assinar
pelo Vasco
da Gama de Vidigueira no verão de 2018.
Na única temporada que passou nos vidigueirenses
foi titular nos 25 jogos que disputou e mostrou-se impotente para evitar a
descida aos distritais da AF
Beja.
Após a despromoção mudou-se para o Coutada, nos distritais da AF
Lisboa.
7. Luís Neves (26 jogos)
Luís Neves |
Lateral esquerdo natural de Moura
e formado no clube
da terra, pelo qual já tinha jogado no Campeonato
de Portugal, vinculou-se ao Vasco
da Gama de Vidigueira no verão de 2017.
Na primeira época nos vidigueirenses
participou numa eliminatória da Taça
de Portugal diante do Vitória
de Guimarães e sagrou-se campeão distrital da AF
Beja e alcançou a consequente promoção ao anteriormente designado por Campeonato
Nacional de Seniores, patamar em que em 2018-19 atuou em 26 partidas (todas
como titular), não conseguindo evitar a despromoção.
Após a descida de divisão voltou
ao Moura
para ficar novamente associado a nova subida de divisão, mas em 2020-21
regressou ao Vasco
da Gama de Vidigueira.
6. Gonçalo Perfeito (26 jogos)
Médio de características
defensivas natural de Safara, concelho de Moura, concluiu a formação e iniciou
o seu trajeto enquanto sénior no Moura,
tendo inclusivamente competido no então denominado Campeonato
Nacional de Seniores.
No verão de 2016 transferiu-se
para o Vasco
da Gama de Vidigueira e dois anos depois participou numa eliminatória da Taça
de Portugal diante do Vitória
de Guimarães, sagrou-se campeão da AF
Beja e alcançou a consequente promoção ao Campeonato
de Portugal, patamar em que disputou 26 jogos (todos a titular) e marcou um
golo ao Sp. Ideal, insuficiente para evitar a descida de divisão.
Após a despromoção continuou ao
serviço do clube. Em 2021-22 continua ao serviço dos vidigueirenses.
5. Adilson Silva (27 jogos)
Adilson Silva |
Avançado de elevada estatura (1,86 m) nascido em Évora, mas com raízes
angolanas, fez toda a formação e os primeiros anos de sénior no Juventude
Évora. Após passagens por Mafra
e Oleiros, ingressou no Vasco
da Gama de Vidigueira em setembro de 2018.
Na única temporada que passou no clube atuou em 27 jogos (21 a titular) e
apontou oito golos, diante de 1º Dezembro, Moura
(dois), Redondense, Amora,
Angrense (dois) e Sacavenense,
ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Leça.
4. Nico (29 jogos)
Nico |
Extremo de baixa estatura (1,64
m) nascido na Guiné-Bissau,
mas desde tenra idade radicado na margem
sul do Tejo, passou por emblemas como Desportivo Portugal, União
Banheirense, Sesimbra
e Cova
da Piedade antes de ingressar no Vasco
da Gama de Vidigueira no verão de 2018.
Na única temporada que passou no clube
alentejano participou em 29 encontros (19 a titular) e somou uma dezena de
remates certeiros, apontados frente a Ferreiras
(três), Casa
Pia (dois), Pinhalnovense,
Sacavenense,
Moura
(dois) e Redondense, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
transferiu-se para o Pinhalnovense.
3. Tiago Floreano (30 jogos)
Tiago Floreano |
Médio ofensivo/extremo nascido em Moura, fez toda a formação e os
primeiros anos enquanto sénior no Moura
Atlético Clube, tendo rumado ao Vasco
da Gama de Vidigueira em fevereiro de 2013.
Após não ter conseguido evitar a
descida da III Divisão aos distritais da AF
Beja na primeira época no clube, permaneceu nos vidigueirenses
durante mais dois anos, tendo regressado ao Moura
em 2015-16.
Já depois de nova passagem pela
Vidigueira (2016-17) e de uma época ao serviço do Amarelejense, esteve na
estreia dos vascaínos
no Campeonato
de Portugal em 2018-19, tendo atuado em 30 jogos (26 a titular) na prova e
marcado um golo ao Ferreiras,
insuficiente para impedir a despromoção.
A seguir à descida de divisão
continuou mais uma época no clube, rumando depois ao Serpa.
2. Diogo Sandes (30 jogos)
Médio brasileiro formado maioritariamente no Botafogo,
entrou no futebol português pela porta do Alcaçovense em 2015-16.
No verão de 2018 transferiu-se para o Vasco
da Gama de Vidigueira, tendo disputado 30 jogos (25 a titular) e marcado um
golo ao Olhanense
no Campeonato
de Portugal na única temporada que passou no clube, mostrando-se impotente
para evitar a despromoção aos distritais da AF
Beja.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Mineiro
Aljustrelense, clube pelo qual voltou a jogar no Campeonato
de Portugal.
1. João Pazinho (33 jogos)
João Pazinho |
Extremo natural de Cuba e com formação dividida entre Sp. Cuba e
Despertar, passou ainda por Castrense
e Mineiro
Aljustrelense antes de ingressar no Vasco
da Gama de Vidigueira no verão de 2016.
Em 2017-18 sagrou-se campeão
distrital da AF
Beja e participou numa eliminatória da Taça
de Portugal frente ao Vitória
de Guimarães e na época seguinte participou em 33 encontros (31 a titular)
e apontou 13 golos no Campeonato
de Portugal, frente a Oriental,
Armacenenses
(dois), Ferreiras
(dois), Moura
(dois), Redondense (dois), Angrense, Sp. Ideal, Amora
e Louletano,
registo que faz dele o melhor marcador de sempre do clube na competição.
Ainda assim, mostrou-se impotente
para evitar a descida de divisão. “Penso que houve vários fatores que
influenciaram esse arranque menos desejado. Nós vínhamos de um campeonato distrital
pouco competitivo, com níveis de intensidade muito inferiores ao Campeonato
de Portugal. Depois, talvez 80% do plantel trabalhasse, incluindo os
treinadores, ou seja, fazíamos quatro treinos por semana (quando conseguíamos),
sempre às 19 horas. Competíamos contra equipas praticamente profissionais, com
SAD’s, onde os jogadores apenas se têm de preocupar a jogar futebol, pois é ‘a
profissão deles’, e, para nós, é apenas o nosso hobby”, contou ao portal Conversas
Redondas, em jeito de balanço.
“Penso que precisávamos de uma
primeira volta para nos adaptarmos a este nível de competitividade. Na segunda
volta, o calendário era mais favorável, e mudámos mentalidades que coincidem
com a entrada do novo treinador. Como todos sabem, o mister Hugo Relíquias é
vendedor, faz do futebol um hobby, tal como muitos de nós, enquanto que o
mister João Daniel Rico ambiciona ser profissional de futebol, formou-se a
pensar nisso. É normal ter mais métodos, mais motivação, preparar melhor os
treinos e os jogos. Mas, para mim, o que fez essa mudança na segunda volta, foi
a mentalidade dos jogadores. Começámos a olhar para o jogo de maneira
diferente, a querer ganhar ainda mais e permanecer no campeonato. Mas já era
muito complicado, tínhamos muitos pontos pela frente e a equipa que estava mais
próxima de nós era o Louletano,
que, no início da época, talvez fosse apontado à subida. Ainda conseguimos
estar um jogo ou dois na zona de manutenção, à frente deles, mas não nos aguentámos,
por mérito deles também”, acrescentou.
Desde a despromoção que continua
no emblema
vidigueirense com o intuito de o fazer regressar aos patamares nacionais.
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