sábado, 15 de maio de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Caldas na II Divisão B

Caldas somou 17 presenças na antiga II Divisão B
Fundado a 15 de maio de 1916 por um grupo de caldenses, o Caldas Sport Clube viveu o ponto alto da sua história no final da década de 1950, quando participou por quatro vezes (consecutivas) na I Divisão.
 
Filiado e um dos fundadores da Associação de Futebol de Leiria, subiu ao primeiro escalão depois de uma goleada ao Boavista (4-1) no Estádio Municipal de Coimbra a 26 de junho de 1955. Após uma ascensão meteórica até ao patamar maior do futebol português, os pelicanos regressaram às divisões secundárias, mas estabilizaram nos campeonatos nacionais.
 
Desde 2013 a competir no Campeonato de Portugal, o emblema da região Oeste voltou recentemente a ser notícia pela magnífica campanha até às meias-finais da Taça de Portugal em 2017-18.
 
Nas décadas anteriores, o Caldas competiu por 17 vezes na II Divisão B, tendo como melhor classificação o 2.º lugar na Zona Centro em 1992-93. Por escassos três pontos, foi o Académico Viseu e não os caldenses a subir à II Liga.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Caldas na II Divisão B.
 
 

10. Rodrigo (158 jogos)

Rodrigo
Ponta de Lança formado maioritariamente no Caldas, ainda que tivesse jogado ao lado de Beto e Dani nos juvenis do Sporting em 1991-92, estreou-se na equipa principal em abril de 1994, quando tinha apenas 17 anos.
Nas épocas seguintes foi ganhando o seu espaço no plantel, tendo até ao final da temporada de 1999-00 amealhado 124 jogos (75 a titular) e 17 golos na II Divisão B, tendo contribuído para a obtenção de honrosos terceiros lugares em 1993-94 e 1994-95.
No verão de 2000 transferiu-se para o Beneditense, tendo ainda passado por Portomosense e Rio Maior antes de voltar ao Campo da Mata em 2003. No regresso aos pelicanos, disputou um total de 34 encontros (13 a titular) na II B em duas épocas, mostrando-se impotente para evitar a descida à III Divisão em 2005.
Depois voltou para o Beneditense.
 
 

9. Malagueta (160 jogos)

Malagueta
Marco Nobre de nascimento, ganhou a alcunha “Malagueta” por dizer muitas asneiras quando era mais novo.
Lateral esquerdo formado no Caldas, passou pelo Gaeirense antes de ingressar na equipa principal dos pelicanos em 1997-98.
Com impacto imediato no plantel caldense, rapidamente se tornou dono e senhor do lado canhoto da defesa, tendo atuado em 160 encontros (150 a titular) na II Divisão B entre 1997 e 2004, ajudando sempre a formação da região Oeste a alcançar a permanência.
No verão de 2004 transferiu-se para o Nazarenos.
 
 

8. Wagner (161 jogos)

Wagner
Extremo natural de Angola, mas radicado na região Oeste desde tenra idade, representou o Caldas nas camadas jovens, mas depois representou clubes como Alfeizerense, Nazarenos, Torres Novas e Marinhense antes de regressar ao Campo da Mata cerca de uma década depois, em 1997.
Entre 1997 e 2002 amealhou um total de 150 encontros (130 a titular) e onze golos ao serviço dos pelicanos na II Divisão B, ajudando, por exemplo, a alcançar um honroso 4.º lugar na Zona Centro em 1998-99.
Em 2002 mudou-se para o Beneditense, mas um ano depois regressou aos caldenses para atuar em 11 partidas (duas a titular) na II B em 2003-04.
Depois transferiu-se para o Caranguejeira.
Wagner é irmão mais novo de dois internacional angolanos que também brilharam no Caldas: Walter, avançado que representou o clube entre 1986 e 1990 e entre 1998 e 2000, além de assumir presentemente funções de treinador das equipas de sub-21 e sub-19; Wilson, central que vestiu a camisola dos pelicanos entre 1987 e 1990 e entre 1992 e 1994.
O seu filho, Gonçalo Estrela, integra atualmente a equipa B dos caldenses.
 
 

7. Adriano Vala (172 jogos)

Adriano Vala
Defesa que pertence a uma família com grandes ligações aos pelicanos, fez toda a carreira no clube, incluído o seu período formativo. No total, foram quase duas décadas a jogar no Caldas, o único emblema que representou.
Em 1984 subiu à equipa principal, tendo começado a competir na II Divisão Nacional. Em 1986-87 passou pela III Divisão e contribuiu para a obtenção do primeiro lugar na Série D.
Entretanto, com a reformulação dos quadros competitivos, jogou entre 1990 e 1997 na II Divisão B, patamar em que disputou um total de 172 jogos (167 a titular) e apontou três golos, tendo feito parte da equipa que em 1992-93 alcançou uma honrosa segunda posição na Zona Centro.
 
 

6. Pica (182 jogos)

Pica
Defesa central/médio defensivo natural das Caldas da Rainha, fez toda a formação no clube da terra, tendo transitado para a equipa principal em 1985-86.
Entre 1988 e 1990 esteve no Alto Minho a representar o Vianense, mas depois voltou ao Campo da Mata para jogar duas temporadas na recém-criada II Divisão B, patamar em que disputou 61 jogos (todos a titular) e apontou dois golos.
Valorizado, deu o salto para o Vitória de Setúbal, clube pelo qual se estreou na I Liga. Entretanto também passou por Famalicão e Peniche antes de voltar a casa em 1998 para mais cinco temporadas ao serviço dos caldenses.
Entre 1998 e 2003 amealhou 121 encontros (112 a titular) e oito golos na II B, ajudando a equipa a assegurar sempre a permanência.
 
 

5. Zé Simões (198 jogos)

Zé Simões
Médio ofensivo natural do Barreiro, chegou ao Caldas em 1992-93, numa altura em que o seu irmão mais velho, Paulo Simões, já se encontrava no clube (desde 1987, ainda que com uma passagem pela Académica em 1990-91).
Na temporada estreia nos pelicanos disputou 13 jogos (10 a titular) na II Divisão B, tendo contribuído para a obtenção do 2.º lugar na Zona Centro.
Na época seguinte representou os açorianos do Operário, mas entre 1994 e 2001 voltou a vestir a camisola caldense por 185 ocasiões (164 a titular) na II Divisão B, tendo somado um total de 25 remates certeiros.
No verão de 2001 transferiu-se para o Beneditense, mas uma década depois voltou a estar ligado ao Caldas, ainda que na condição de treinador, tendo orientado juvenis (2011-12 e 2013-14), juniores (2016-17) e equipa principal (2011-12 e 2012-13).
 
 

4. José Vala (240 jogos)

José Vala
Defesa central capaz de atuar como lateral direito e médio defensivo, natural das Caldas da Rainha e irmão mais novo de Adriano Vala, fez toda a formação no Caldas, tendo transitado para a equipa principal em 1990-91.
Nas duas primeiras temporadas no plantel dos pelicanos disputou um total de 15 jogos (13 a titular) na II Divisão B e marcou um golo à Oliveirense em fevereiro de 1992.
Entretanto passou cinco épocas no Beneditense, tendo voltado ao Campo da Mata no verão de 1997. Até 2004 amealhou 225 encontros (224 a titular) e 18 golos na II B, ajudando sempre os caldenses a assegurar a permanência. Em abril de 2001 chegou mesmo a orientar a equipa numa partida. “A minha primeira experiência como treinador, foi após a saída do mister Coentro Faria e durou apenas duas semanas de treino e um jogo. Os dois capitães de equipa, o Pica e eu, assumiram interinamente o cargo até à chegada do novo treinador, recordou ao portal Futebol Épico em outubro de 2019.
Em 2004-05, quando esteve ao serviço de Peniche e Nazarenos, o Caldas desceu à III Divisão após 15 anos na II B.
Haveria de voltar ao clube em 2009-10 para competir na III Divisão, antes de pendurar definitivamente as botas. “Fui sempre capitão de equipa em todos os escalões, vivia o clube, cada jogo, muitas vezes com intensidade a mais, o que proporcionava alguns comportamentos que recordo com um sentimento de reprovação”, revelou.
Entretanto tornou-se treinador, tendo sido adjunto dos seniores entre 2008 e 2012 e treinador principal em 2012-13 e desde 2016 até aos dias de hoje. “Quem me conhece sabe que estou na minha cadeira de sonho, sabe que estou a treinar o clube pelo qual dei e dou sempre tudo, com muita emoção e paixão. No entanto, não fazia sentido andar nisto e não ter outras ambições, é claro que eu também as tenho, é claro que gostava de um dia treinar exclusivamente um clube, ser profissional…, mas deixem-me pelo menos sonhar que isso um dia será possível no clube que joga na MATA ENCANTADA”, confessou.
“Costumo dizer que o Caldas é uma escola de vida e tenho grande orgulho de ter aprendido nesta escola e também ter contribuído e continuar a contribuir para que a mesma se mantenha viva. Não sei se é a minha segunda casa, é sim um clube onde me sinto muito bem, onde sou respeitado pela pessoa que sou e pelo trabalho que desenvolvo e tenho nos jogadores, direção, departamento médico e todos os elementos da estrutura do clube, grandes amigos que considero como família”, acrescentou, sobre o clube do coração.
 
 
 

3. Pedro Alberto (244 jogos)

Pedro Alberto
O melhor marcador de sempre do Caldas na II Divisão B, com 117 golos.
Mais um filho da terra e um produto da formação do clube, que saltou para a equipa principal em 1991-92.
Nas duas primeiras épocas de sénior amealhou 23 jogos (sete a titular) e apontou seis golos na II Divisão B, tendo contribuído para a obtenção do 3.º lugar em 1992-93.
No verão de 1993 mudou-se para os açorianos do Operário na companhia de João Mendes e Zé Simões, tendo regressado ao Caldas no ano seguinte para mais duas épocas na II B, nas quais disputou um total de 36 encontros (25 a titular) e apontou dez golos, ajudando a alcançar o 3.º tanto em 1994-95 como em 1995-96.
Em 1996-97 esteve ao serviço do Beneditense, mas logo a seguir voltou ao Campo da Mata para mais três temporadas nos caldenses, nas quais totalizou 88 partidas (87 a titular) e 61 golos na II B. Em 1998-99 foi o melhor marcador do campeonato (incluindo as outras duas zonas), com 27 golos. Nas outras duas épocas terminou sempre no pódio dos goleadores da Zona Centro.
No verão de 2000 transferiu-se para o Torreense, mas um ano depois regressou uma vez mais ao Caldas. Entre 2001 e 2004 disputou um total de 96 jogos (76 a titular) e apontou 40 golos na II Divisão B, ajudando sempre os pelicanos a assegurar a permanência.
Entretanto passou por Portomosense e Ginásio de Alcobaça, regressando a casa em 2007-08 para disputar um único jogo na II B, mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
 
 

2. Pina (268 jogos)

Pina
Mais um jogador natural das Caldas da Rainha e formado no clube da terra, neste caso um defesa central/médio defensivo que transitou para a equipa principal em 1991-92.
Nas duas primeiras épocas nos seniores pelicanos amealhou 44 jogos (34 a titular) e um golo (ao Fátima, em fevereiro de 1993) na II Divisão B, contribuindo para a obtenção do honroso 2.º lugar em 1992-93.
No verão de 1993 mudou-se para o Beneditense na companhia de Amorim e Bené, regressando ao Campo da Mata no ano seguinte para mais cinco temporadas a competir na II B. Nesse período, entre 1994 e 1999, disputou um total de 119 encontros (118 a titular) e apontou dez golos no campeonato, ajudando a manter quase sempre os caldenses a alcançar uma posição na primeira metade da tabela classificativa da Zona Centro.
Entre 1999 e 2001 representou o Rio Maior, mas depois voltou uma vez mais ao Caldas. Entre 2001 e 2003 acumulou 84 partidas (80 a titular) e três golos na II Divisão B, contribuindo para que a equipa alcançasse a permanência nessas épocas.
Entretanto passou pelo Portomosense e novamente pelo Rio Maior, regressando aos pelicanos em 2007-08 para atuar em 21 encontros (18 a titular) no campeonato, não conseguindo evitar a descida à III Divisão.
 
 

1. Hermes (469 jogos)

Hermes
Defesa central cabo-verdiano, entrou no futebol português pela porta do Vianense em 1989, mas no ano seguinte transferiu-se para o Caldas, iniciando um ciclo de 17 temporadas consecutivas no clube, as 15 primeiras na II Divisão B.
Entre 1990 e 2005 amealhou um total de 469 jogos (452 a titular) e 75 golos na II B, contribuindo para honrosas posições como o 2.º lugar em 1992-93 e a 3.ª posição em 1990-91, 1993-94 e 1994-95. Por outro lado, mostrou-se impotente para evitar a descida à III Divisão em 2005.
Entre 2005 e 2007 competiu na III Divisão, ajudando os pelicanos a vencer a Série D e a alcançar a consequente promoção à II B na época de despedida.
Depois transferiu-se para o Gaeirense, clube em que encerrou a carreira.










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