quinta-feira, 28 de maio de 2020

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Odivelas na II Divisão B

Dez futebolistas que ficaram na história do Odivelas Futebol Clube
Fundado a 28 de maio de 1939 por um grupo de rapazes da localidade, o Odivelas Futebol Clube teve como primeiro nome “Odivelas Foot-Ball Os Gatinhos”, tendo adquirido a atual designação em julho de 1945.

Futebolisticamente a história dos rubro-negros iniciou em 1947. Quase duas décadas depois, o clube ascendeu pela primeira vez aos campeonatos nacionais, oscilando entre a II e a III Divisão até à viragem do milénio. A partir de então estabilizou na primeira metade da tabela classificativa na II Divisão B, marcando presença nesse patamar competitivo por 13 vezes, nove delas consecutivas, entre 2001 e 2010, tendo obtido como melhor classificação o quarto lugar em 2001-02 e 2006-07.


Ao longo dessas temporadas, o Odivelas Futebol Clube viveu alguns dos melhores momentos da sua história, tendo tido nas fileiras jogadores como Sílvio, Marco Silva, Andrade, Tiago Gomes, Dady ou Paulo Vida e treinadores como Paulo Fonseca ou Daúto Faquirá.

Vale por isso a pena recordar os dez que futebolistas com mais jogos pelo Odivelas na II Divisão B.


10. Pedro Pereira (89 jogos)

Pedro Pereira
Defesa central com selo da formação do Benfica, jogou nas camadas jovens das águias ao lado de José Soares, Rogério Matias, Bruno Caires, Kenedy, Dominguez, mas foi no Belenenses que se estreou no futebol sénior, em 1993-94.
Entretanto passou por Fanhões, Oriental, Nacional e Seixal até chegar pela primeira vez ao Odivelas no verão de 2002. Na primeira época no Arnaldo Dias disputou 32 jogos (29 a titular) e apontou oito golos. Já na temporada que se seguiu não foi além de 11 encontros (todos a titular).
Em 2004-05 começou a época ao serviço do Atlético, mas logo em novembro voltou a vestir de rubro-negro, a tempo de participar em 18 partidas, sempre a titular, tendo marcado um golo de cabeça numa eliminatória da Taça de Portugal renhida com o Sp. Braga no Arnaldo Dias, em que o Odivelas só foi derrotado no prolongamento.
Na temporada seguinte voltou a assumir um papel importante, disputando 28 encontros (27 a titular) e apontado dois golos, marcando presença numa eliminatória espetacular da Taça de Portugal diante do Marco, que terminou com vitória dos nortenhos por 6-4.
Em 2006-07 continuou no plantel, mas não efetuou um único jogo. Depois pendurou as botas, aos 33 anos.


9. Dady (93 jogos)

Dady
Um dos nomes mais sonantes que passou pelo Arnaldo Dias. Após uma formação dividida por Futebol Benfica, Sporting e Boavista ganhou embalagem no futebol sénior nos alentejanos do Aldenovense e no verão de 2002 reforçou o Odivelas.
Avançado luso-cabo-verdiano de elevada estatura (1,90 m), não foi propriamente um titular indiscutível na época de estreia, mas mostrou logo créditos, tendo apontado sete golos em 27 jogos (15 a titular). Em 2003-04 foi mais além, marcando por 11 vezes em 33 partidas (24 a titular).
Na terceira e última temporada em Odivelas manteve o nível, somando oito remates certeiros em 33 encontros (28 a titular) no campeonato, mas desta feita também brilhou na Taça de Portugal, marcando um dos golos que eliminou o primodivisionário Gil Vicente.
Entretanto deu o salto para o Estoril e depois para o Belenenses, clube pelo qual foi finalista da Taça de Portugal e o segundo melhor marcador da I Liga em 2006-07, numa época em que foi orientado por Jorge Jesus.
“O Odivelas é um clube que me marcou muito e onde tenho muitos amigos”, disse ao Record em fevereiro de 2007, aquando de um jogo para a Taça entre o Odivelas e o Belenenses.


8. Renato (94 jogos)

Renato
Defesa central/médio defensivo formado e catapultado para o futebol sénior pelo Oriental, também chegou ao Odivelas no verão de 2002, já depois de passagens pelos emblemas madeirenses Machico e Camacha.
Nas duas primeiras épocas foi bastante abalado por lesões, tendo disputado 17 jogos (15 a titular) em 2002-03 e 21 partidas (17 a titular) na época seguinte, na qual marcou dois golos no campeonato.
Em 2004-05 conseguiu ser titular de forma mais regular, tendo participado em 35 (29 a titular) dos 38 encontros do campeonato, além de ter contribuído para o tombo do primodivisionário Gil Vicente no Arnaldo Dias e de ter estado na eliminatória renhida com o Sp. Braga na Taça de Portugal.
Na temporada que se seguiu voltou a ter menos utilização, não indo além de 21 jogos (20 a titular). Ainda assim, marcou dois golos, frente ao Real SC e ao Oriental, tendo ainda participado na fantástica eliminatória da Taça diante do Marco.


7. Cláudio Oeiras (96 jogos)

Cláudio Oeiras
Nunca jogou na I Liga nem sequer na II Liga, mas é um nome sonante no futebol português, uma vez que marcou o golo com que o Torreense eliminou o FC Porto da Taça de Portugal em pleno Estádio das Antas em fevereiro de 1999. Entretanto passou também pelo Benfica B, por outros clubes da II Divisão B e pelo futebol alemão antes de reforçar o Odivelas no verão de 2004.
Na primeira época no Arnaldo Dias confirmou os créditos de goleador, ao somar 18 remates certeiros em 38 jogos (37 a titular) que fizeram dele o melhor marcador do campeonato na II Divisão B – Zona Sul, participando também na eliminação do primodivisionário Gil Vicente e na eliminatória renhida com o Sp. Braga de Jesualdo Ferreira na Taça de Portugal.
Na temporada seguinte voltou a superar a dezenas de golos, tendo apontado 12 em 28 partidas (27 a titular) no campeonato, brilhando na Taça com um hat trick ao Marco, então na II Liga, numa derrota por 4-6.
Em 2006 mudou-se para o Mafra, mas voltou a Odivelas no ano seguinte. Já trintão, apontou sete golos em 30 jogos (16 a titular), participando ainda numa eliminatória da Taça de Portugal em que os rubro-negros quase surpreenderam o Rio Ave em Vila do Conde, saindo apenas derrotados no desempate por grandes penalidades.
Depois continuou a jogar nas divisões secundárias ao serviço de Mafra, Torreense e Pêro Pinheiro, tendo passado pela II Liga de Chipre pelo meio.


6. Roque (106 jogos)

Roque
Médio de elevada estatura (1,90 m), chegou ao Odivelas no verão de 2002, proveniente do Vilafranquense, pelo qual tinha competido nas divisões secundárias ao longo de seis anos.
Logo na primeira época no Arnaldo Dias se impôs como titular, tendo participado em 36 jogos (27 a titular) e apontado nove golos. Depois foi perdendo influência: em 2003-04 marcou presença em 29 encontros (17 a titular) e faturou por duas vezes; na temporada seguinte disputou 26 partidas (12 a titular) e marcou quatro golos, tendo ainda marcado um dos golos que eliminou o Gil Vicente na Taça de Portugal; e em 2005-06 não foi além de 15 jogos (seis a titular) e um golo.
“Tínhamos uma grande equipa, com jogadores da seleção nacional e os resultados falaram por si. Foi lá que joguei com o Marco Silva. Tive muitos bons momentos, fui sempre aquele que ficou a arrasar para subir. Tive várias oportunidades para me tornar profissional, fui adiando e só com 29 anos é que fui para o Odivelas e tive ali quatro aninhos para perceber a diferença entre o futebol amador e profissional. Foi muito bom!”, afirmou ao Notícias ao Minuto em julho de 2018.
Após quatro anos no Odivelas, voltou em 2006 à zona de Vila Franca de Xira para as últimas aventuras da carreira, com as camisolas de Povoense, Santa Iria e Vialonga. Depois tornou-se treinador, tendo orientado várias equipas nos distritais da AF Lisboa.


5. Baião (106 jogos)

Baião
Disputou 106 jogos tal como Roque, mas esteve em campo durante mais 3590 minutos – 9283 contra 5693. Lateral direito de posição, reforçou o Odivelas quando o clube se encontrava na III Divisão, em 1992-93, proveniente do Águias Musgueira.
Logo nessa época contribuiu para a conquista do título nacional da III Divisão e para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal, ajudando os rubro negros a afastar o primodivisionário Salgueiros.
Seguiram-se três anos e meio na II Divisão B, sempre com grande utilização. Em 1993-94 disputou 32 jogos (todos a titular) e marcou três golos. Na temporada seguinte participou novamente em 32 encontros, desta vez sem faturar. Em 1995-96 esteve em 30 partidas, sempre a titular, e apontou quatro golos.
A época que se seguiu também foi iniciada no Arnaldo Dias, mas depois de 12 jogos (11 a titular) e três golos, mudou-se para o Samora Correia, ajudando o clube ribatejano a sagrar-se campeão distrital da AF Santarém.


4. José Carlos (107 jogos)

José Carlos
Defesa central que saltou dos juniores para os seniores do Odivelas em 1991, representou a equipa principal do clube durante oito anos.
Na primeira época esteve quase a descer da III Divisão aos distritais, mas na temporada seguinte sagrou-se campeão nacional da III Divisão e ajudou os rubro negros a chegarem aos oitavos de final da Taça de Portugal.
Seguiram-se quatro anos na II Divisão B no Arnaldo Dias, entre 1993 e 1997, tendo cumprindo 107 jogos (105 a titular) e marcado um golo, ao Louletano, em novembro de 1996, não evitando a descida de divisão nessa época.
Haveria de continuar no clube até 1999, despedindo-se com a despromoção aos campeonatos distritais da AF Lisboa.
Entretanto prosseguiu a carreira em clubes de Lisboa e arredores, como Águias Camarate, Olivais e Moscavide, Malveira, Loures, Pêro Pinheiro, Vialonga, Linda-a-Velha e Tojal.


3. Mourato (117 jogos)

Mourato
Lateral esquerdo que chegou ao Odivelas no verão de 2004, depois de ter representado Sintrense e Loures nas divisões secundárias do futebol português.
Na época de estreia no clube disputou 34 jogos (32 a titular) no campeonato e participou nos jogos da Taça de Portugal que levaram o Gil Vicente a cair no Arnaldo Dias e o Sp. Braga a necessitar do prolongamento para eliminar os rubro negros.
Em 2005-06 participou em 25 partidas (21 a titular) e na época seguinte em apenas duas, nas duas primeiras jornadas, contribuindo para a obtenção do quarto lugar, a melhor classificação de sempre dos odivelenses – a par de 2001-02.
Na temporada que se seguiu esteve em 27 encontros (22 a titular) e marcou um golo, marcando presença na eliminatória da Taça de Portugal em que Odivelas apenas caiu em Vila do Conde diante do Rio Ave em novembro de 2007.
Na quinta e última época no Arnaldo Dias, sob a orientação de Paulo Fonseca, disputou 29 jogos (27 a titular) e marcou um golo, ao Oriental.
Apesar de ter sido muito utilizado, prosseguiu a carreira nos campeonatos distritais ao serviço de clubes como Malveira, Loures e Murteirense. Em 2019-20, aos 40 anos, vestiu a camisola do Vila Franca do Rosário pelo sexto ano consecutivo.


2. Cabral (121 jogos)

Cabral
Médio que dividiu a formação entre Sporting, Tenente Valdez e Estrela da Amadora, reforçou o Odivelas em 1991-92, depois de se ter estreado no futebol sénior ao serviço do Amora.
As duas primeiras épocas foram passadas na III Divisão, sendo que a segunda ficou marcada pelo título de campeão nacional desse patamar competitivo e pela caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal, que incluiu a eliminação do primodivisionário Salgueiros.
Seguiram-se quatro anos na II Divisão B, entre 1993 e 1997, nos quais cumpriu 105 jogos (97 a titular), tendo descido de divisão em 1996-97.
Depois de três anos no Sintrense, voltou ao Arnaldo Dias em 2000 para reencontrar Daúto Faquirá, que o tinha orientado em Sintra, e juntos subiram da III à II Divisão B em 2001. Seguiu-se uma última temporada no Odivelas, na II B, tendo disputado 16 jogos (11 a titular), contribuindo para a obtenção do quarto lugar na Zona Centro.
Depois prosseguiu a carreira no Malveira, na III Divisão.


1. Semedo (170 jogos)

Semedo
Não só o futebolista com mais jogos pelo Odivelas como também o jogador com mais golos pelo clube na II Divisão B: 60. A ligação entre o avançado cabo-verdiano e os rubro negros foi iniciada em 2001-02, depois de o atacante ter despontado no Futebol Benfica.
Logo na época de estreia no Arnaldo Dias exibiu créditos, tendo contribuído com 12 golos em 27 jogos (16 a titular) para a obtenção do quarto lugar – logo na estreia apontou um hat trick ao Sp. Pombal.
Na temporada seguinte não foi além de cinco encontros (dois a titular), mas redimiu-se nos anos que se seguiram: oito golos em 24 jogos (18 a titular) em 2003-04, sete golos em 33 jogos (11 a titular) em 2004-05, sete golos em 27 jogos (16 a titular) em 2005-06, oito golos em 25 jogos (22 a titular) que contribuíram para mais um quarto lugar em 2006-07 e 18 golos em 29 jogos (27 a titular) em 2007-08, sagrando-se melhor marcador da Série D nesta última época.
Paralelamente, esteve em momentos bonitos da Taça de Portugal, como na eliminação do Gil Vicente e no jogo renhido de 120 minutos frente ao Sp. Braga em 2004-05, na caminhada até aos oitavos de final em 2006-07 e no encontro de Vila do Conde em que o Rio Ave só conseguiu bater o Odivelas através do desempate por grandes penalidades. Nesse jogo com os vila-condenses marcou um golo e, tal como Sílvio, convenceu o Rio Ave a contratá-lo no final da época.
“Antes de chegar o convite do Rio Ave, tinha decidido parar no final dessa época. No futebol não ganhava o suficiente para subsistir e decidirá acabar. Deve ter sido o destino que me fez continuar no futebol, não me obrigou a mudar de rumo e a partir dessa altura as coisas mudaram”, afirmou ao Record em novembro de 2015.
Entretanto passou pelos campeonatos de Chipre e Albânia, tendo voltado ao futebol português em 2014 pela porta do 1º Dezembro.


















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