Mostrar mensagens com a etiqueta Premier League. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Premier League. Mostrar todas as mensagens

sábado, 22 de outubro de 2011

Premier League | Liverpool 1-1 Norwich



Liverpool e Norwich empataram esta tarde a uma bola num jogo disputado em Anfield, a contar para a 9ª Jornada da Premier League.


Eis a constituição das equipas:

Liverpool



Ainda não vi nenhum jogo do Liverpool esta temporada, mas pelos relatos parecem estar alguns furos acima que na temporada anterior, em que não se qualificaram sequer para a Liga Europa.
Na semana passada ao que parece fizeram um excelente jogo frente ao Manchester United em Anfield, com alguns críticos a apontarem como injusto o empate com que a partida terminou.
O melhor marcador da equipa é o uruguaio Luis Suárez (4 golos).
Esta temporada os principais reforços são José Enrique (ex-Newcastle), Stewart Downing (ex-Aston Villa), Charlie Adam (ex-Blackpool) e Jordan Henderson (ex-Sunderland), habituais titulares na formação da cidade dos Beatles.
Actualmente ocupam a 5ª posição, com 14 pontos, fruto de quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, com um saldo de 11-9 em golos.


Norwich



Quanto ao Norwich, é uma equipa que já tinha visto em acção com o Manchester United, e que mostrou muita disciplina táctica.
Comandados por Paul Lambert, a principal estrela dos canários é mesmo o colectivo, que trabalha muito bem fruto da concentração, solidariedade e bom posicionamento que pelo menos demonstrou em campo frente aos “red devils”.
Actualmente ocupam o 9º lugar, com 11 pontos, uma posição tranquila na tabela classificativa, derivados de três vitórias, dois empates e três derrotas, e um “score” de 10-11 em golos.


O Liverpool entrou fortíssimo neste jogo! Logo aos 2’, na sequência de um pontapé de canto, Skrtel cabeceou forte direito á trave.
Três minutos depois, Luis Suárez tem uma excelente jogada individual na grande área do Norwich e rematou forte ao lado.
Aos 11’, Craig Bellamy tem um grande trabalho na esquerda e coloca a bola no avançado uruguaio dos “reds”, que enviou a bola ao ferro da baliza do Norwich, e na recarga Downing não teve a calma suficiente para fazer golo.

A partir daí, o jogo acalmou e o Norwich até conseguiu povoar o meio-campo adversário, com a sua principal oportunidade a ser um tiro fortíssimo de Hoolahan já dentro da grande área para uma grande defesa de Reina. De resto, algumas ocasiões que acabaram por ser inconsequentes.

Nos últimos 15 minutos, o Liverpool voltou à carga, talvez não intensamente como no começo do desafio, mas com um volume de jogo ofensivo que esteve diversas vezes à distância de um pequeno toque que desviasse a bola para a baliza.

Luis Suárez foi sempre o mais inconformado da equipa da casa, muitas vezes parecia mesmo ser ele e mais dez, e não era de estranhar que os seus colegas o procurassem para que ele com a sua incrível capacidade conseguisse desbloquear o empate, e foi mesmo numa bola longa enviada para o uruguaio que surgiu o golo do Liverpool, mesmo nos últimos segundos da primeira parte. A bola enviada para o ex-Ajax acabou por sobrar para Bellamy que entrou na área dos canários e atirou em jeito para o 1-0.


O inicio da segunda parte foi muito disputado, o Liverpool procurava o mais confortável 2-0 mas a equipa forasteira, sempre muito organizada, tinha de procurar o empate e colocou em campo Holt, um ponta-de-lança mais posicional, de grande porte físico, o que fazia prever algum jogo directo para a área dos “reds”.

Aos 51’, Suárez esteve perto de marcar. Quem mais poderia ser? Em mais um lance de classe ultrapassou dois adversários e atirou ao poste.

Á passagem da hora de jogo, o pior cenário para a formação penta-campeã europeia acabou por se tornar uma realidade. Um grande cruzamento de Pilkington na direita encontra a cabeça do recém-entrado Holt, que igualou a partida. Reina e Carragher ficaram muito mal batidos na tentativa de interceptar o lance.

Cerca de cinco minutos depois, novo cruzamento para o Norwich, desta vez pela esquerda, novamente para a cabeça de Holt, mas desta vez Pepe Reina respondeu com uma grande defesa.

Nesta fase o jogo estava muito partido, o Liverpool tinha a responsabilidade de vencer perante um adversário com outros objectivos e por isso avançou para o ataque, sempre com Suárez ao comando das operações. Mas a inconformidade do uruguaio não teve só efeitos positivos, porque também se traduziu em frustração, levando-o muitas vezes a reclamar intensamente com colegas e árbitro.

Perto dos 80’, finalmente Kenny Dalglish colocou Andy Carroll em campo, um ponta-de-lança posicional que na primeira metade da última temporada impressionou pelo Newcastle, e que já é internacional por Inglaterra. A sua altura seria um argumento diferente para tentar de levar de vencida os canários, no entanto, não teve muitas oportunidades, fruto também do pouco tempo que esteve em jogo. Devia ter entrado mais cedo no jogo, até porque algumas unidades do ataque do Liverpool não estavam a ter um grande rendimento, sobretudo Kuyt.

Apesar do “forcing” final, os “reds” não conseguiram o segundo golo, mesmo quando já se jogava para lá do tempo regulamentar e dos descontos dados pelo árbitro, que deu três minutos de compensação e aos 90+4’ Suárez num remate de primeira proporcionou uma grande defesa a Ruddy.

Com este empate, ambas as equipas ficaram praticamente na mesma da tabela classificativa, no entanto, com este jogo o Liverpool atrasa-se na corrida aos lugares que dão acesso às competições europeias, sobretudo à Liga dos Campeões.


Analisando as equipas, penso que este Liverpool não querendo exagerar foi Suárez e mais dez.
O uruguaio foi o único que esteve sempre inconformado, que procurou o golo, que passou o jogo a chatear a defesa adversária e que acusou a frustração por não conseguir marcar com algumas atitudes a quente, dignas de um sul-americano.
Bellamy também fez um bom trabalho no flanco esquerdo, Downing não foi tão explosivo como lhe competia, Kuyt esteve muito desaparecido e Gerrard está sem ritmo, muito distante da qualidade a que habitou os adeptos desta modalidade.
Defensivamente, apesar de alguns sustos, os “reds” não tiveram mal à excepção do golo em que Reina e Carragher foram muito mal batidos.

Quanto ao Norwich, pouco acrescento ao que tinha dito depois do jogo frente ao United.
É uma equipa pobre em qualidade técnica, no entanto, com muito coração, organização, bom posicionamento e solidariedade, que assumiu uma postura sempre bastante lúcida nos mais diversos momentos do jogo, ainda que tenha tido alguma sorte por não sair de Anfield com uma derrota.
Desta vez destaco dois jogadores: Ruddy, um guarda-redes que muitas vezes parecia ter asas, e Holt, que compreende-se não ter jogado de inicio pois procurava-se gente mais móvel no ataque, mas que para jogos do campeonato do Norwich deverá ser um ponta-de-lança muito útil.

sábado, 1 de outubro de 2011

Premier League | Manchester United 2-0 Norwich




O Manchester United venceu esta tarde o Norwich por 2-0, em Old Trafford, a contar para a 7ª Jornada da Premier League, num jogo complicadíssimo para a turma de Alex Ferguson.


Eis a constituição das equipas:

Manchester United



Destaque para a rotatividade dos “red devils”. Alguns titulares em outros jogos como De Gea, Ferdinand, Carrick e Giggs ficam no banco, dando lugar a atletas que não jogam tão regularmente de inicio como Lindegaard, Anderson e Park Ji-Sung. No entanto, já se sabe, estamos a falar do Manchester United, das melhores equipas do mundo, e rotatividade não significa perca de qualidade.
Ainda assim, o MU veio de dois jogos seguidos sem vencer, primeiro no último fim-de-semana, frente ao Stoke City, para a Premier League, e na terça-feira frente ao Basileia, empatando ambos os jogos.


Norwich



Do Norwich pouco ou nada conhecia. É uma equipa que subiu este ano à Premier League, e que há dois anos estava no terceiro escalão inglês, sendo promovida por duas vezes consecutivas.
Ainda assim, veio de duas vitórias consecutivas no principal escalão e ocupa uma posição para já tranquila a meio da tabela.


O jogo na primeira parte foi pobre em ocasiões de golo, apenas houve uma, num cabeceamento de Wayne Rooney por volta dos 35’.

O United parece não estar a atravessar um bom momento de forma, depois dos dois empates, entrou com pouca intensidade, imaginação e até mesmo garra, e ainda que se fizesse notar a sua claríssima superioridade em termos técnicos, não conseguiu transformá-la em situações perigosas. Nani, através de algumas diagonais, ainda tentou a sua sorte, mas sem grande perigo.

Já o Norwich, esteve sempre organizadíssimo durante o primeiro tempo, fechando bem o centro do terreno e obrigando os campeões ingleses a procurar o jogo directo, tipo de jogo que não os favorecia visto que no ataque jogava o não muito alto Rooney e sobretudo Chicharito. Se sem bola os canários estavam concentradíssimos, com bola mostraram que não têm estrelas nem de perto nem de longe, não houve um jogador que desse muitos nas vistas, no entanto, jogaram sempre pela certa, cada jogador tinha sempre uma linha de passe e a verdade é que conseguiram manter uma percentagem de posse de bola semelhante à do United. E se não contra-atacaram mais, não foi por apresentarem um futebol negativo, mas sim porque os “red devils” arriscaram muito pouco e a sua linha defensiva jogava bastante mais recuada que o habitual.
Mérito para os jogadores que estiveram sempre concentradíssimos, mas também para Paul Lambert, treinador do Norwich, que organizou muitíssimo bem a sua equipa.


Na segunda parte, o jogo foi muito mais intenso e partido, com o United a fazer subir as suas linhas, jogando mais perto da área do Norwich, mas ao mesmo tempo, sendo mais permeável lá atrás, e os canários lá iam aproveitando as situações de contra-ataque para criar perigo.
Basicamente, assistimos a um jogo “à inglesa” nos últimos 45 minutos, em que num minuto ambas as equipas têm oportunidades de chegar ao golo, tendo a situação mais evidente ocorrido aos 66’, em que Pilkington está pertíssimo de jogar e no mesmo minuto, após um canto de Giggs e uma série de cabeceamentos, primeiro de Jones, depois de Rooney e finalmente de Anderson, a bola entra na baliza e estava feito o 1-0 para a formação da casa, numa altura em que Nani já tinha sido substituído pelo galês e Chicharito por Welbeck.

Depois, o Norwich foi à procura do empate como lhe competia, sempre com muita concentração e garra de todos os jogadores, mas na hora de rematar à baliza, faltava sempre engenho e arte para empatar a partida. No entanto, o United não se livrou de alguns sustos, e neste capitulo falo em especial de um remate de Pilkington, desviado pelas costas de Anderson e que embateu no poste da baliza de Lindegaard. Estavam decorridos 75 minutos.

Após alguns minutos muito intensos em que parecia que tudo poderia acontecer, o MU fez o 2-0, através de uma excelente combinação entre Park e Welbeck, na qual o coreano assistiu o jovem avançado inglês para uma finalização à boca da baliza. Foi a estocada final.


Os campeões ingleses continuam assim na liderança da Premier League, com os mesmo pontos que o seu rival da mesma cidade, o Manchester City, que esta tarde também venceu, no terreno do Blackburn, por 4-0.
Ainda assim, a exibição dos homens de encarnado não foi muito convincente (também por culpa do adversário é verdade), com muito pouca intensidade, sobretudo na primeira parte, e pelo que vejo nas partidas que já assisti do United, parece-me que acima de tudo são eficazes, porque nem na Luz, nem com o Chelsea, nem esta tarde com o Norwich criaram muitos situações para marcar, mas tiveram sorte de concretizar as poucas que tiveram, apesar do pouco brilhantismo.
Devo dar uma palavra de apreço ao sector mais recuado, no qual Jones e Evans fizeram excelentes exibições, fizeram cortes fundamentais, dificultaram ao máximo a acção dos atacantes contrários, e dada a sua juventude, e como já é conhecido o gosto de Alex Ferguson em trabalhar com jovens, parece-me que esta época Ferdinand e Vidic vão-se sentar muitas vezes no banco, mesmo quando estiverem em plena forma. Estes dois têm grande futuro, tal como Smalling, que hoje não jogou devido a lesão, mas que tem feito boas exibições.
No meio-campo, Anderson que nem estava a fazer um grande jogo acabou por marcar o golo que rompeu com o empate, Fletcher esteve discreto como sempre, Nani esteve menos exuberante que habitual e Giggs foi bem mais útil à equipa. Park embora também não muito interventivo, trabalhou bem e participou na jogada do 2-0.
No ataque, já se sabe que Rooney não sabe jogar mal, Chicharito esteve apagado, até porque este tipo de jogo não o favoreceu, e Welbeck continua com a veia goleadora esta época, apesar do período em que esteve afastado da competição devido a lesão.

No Norwich é difícil destacar nomes, mais uma vez reforço a ideia de que é uma equipa sem estrelas mas com um colectivo muito forte, e tem como principais virtudes a concentração, a entreajuda e o bom posicionamento.
Morison, avançado galês, como homem mais adiantado dos canários foi talvez quem esteve mais vezes presente em situações de perigo, no entanto, não teve um desempenho superior ao dos colegas.
Por fim, deixo uma palavra de elogio ao seu treinador, Paul Lambert, que pelo sucesso que tem tido, não me admiro que se daqui a uns anos estiver num clube maior da Premier League.

domingo, 18 de setembro de 2011

Premier League | Manchester United 3-1 Chelsea



O Manchester United venceu hoje em Old Trafford o Chelsea por 3-1, num jogo a contar para a Premier League.


Eis a constituição das equipas:

Manchester United



Como se pode ver, o United apresentou-se muito diferente do que aquele que na quarta-feira jogou no Estádio da Luz, sobretudo no sector ofensivo.
Na zona defensivo, destaque para as entradas do guarda-redes De Gea para o lugar de Lindegaard e de Jones para ocupar a vaga de Fábio Da Silva. Ferdinand e Vidic mantêm-se indisponíveis.
Já no meio-campo e ataque, a equipa transformou-se do 4-3-3 que tinha jogado na Luz para um 4-4-2 que em determinados do jogo se transformava em 4-2-4.
Fletcher foi o único sobrevivente do meio-campo, que jogou no miolo desta vez apenas com a companhia de um homem, o brasileiro Anderson. Nas alas jogaram Ashley Young e Nani em detrimento de Valencia e Park, e no ataque Rooney teve a companhia de Chicharito.
O Manchester United é uma equipa com muitos recursos, com várias alternativas para cada posição, mas este «onze» aproximou-se muito mais de ser o melhor da equipa ao invés daquele que defrontou o Benfica.


Chelsea



Já o Chelsea, devo dizer que foi o primeiro jogo que vi da equipa este ano, e por isso, não tinha nenhuma ideia pré-definida.
Apenas tenho estado informado, e as informações que me têm chegado é a de um Lampard em baixo de forma, Torres que não marca mas que contribui e de que maneira para o jogo ofensivo da equipa (duas assistências frente ao Leverkusen), Bosingwa em boa forma, Mata a ser visto como um reforço muito útil e uma defesa sólida. No entanto, sem apresentar resultados com os mesmos números que as duas equipas de Manchester, por exemplo, têm apresentado.


O Chelsea entrou no jogo com “sinal +”, no entanto, foi o United a marcar bem cedo, aos 7’, por Smalling, após um livre marcado a meio do meio-campo londrino, no qual o jovem defesa dos “red devils” cabeceou muito à vontade para dentro da baliza do Chelsea. Aqui há que apontar duas situações: o marcador do golo (tal como outros dois colegas seus) estava em fora-de-jogo e Lampard que o estava a marcar mostrou completa passividade na abordagem do lance, uma negligência que foi fatal numa fase tão prematura do jogo.

Os “blues” não se mostraram afectados com o golo sofrido e rapidamente foram à procura da igualdade, no entanto, mostrando grande ineficácia na hora da decisão.
Ramires na minha opinião fez um grande jogo, defendeu bem e foi um dínamo na construção do jogo ofensivo da equipa, Sturridge era um extremo que desconhecia mas que mostrou dotes de craque, Raúl Meireles esteve bem na sua função, Torres mostrou-se muito lutador, e apesar da crise que atravessa por não marcar golos, mostrou-se psicologicamente forte, não foi egoísta como muitos no seu lugar teriam sido para finalmente “matar o borrego” e fez grandes passes que viriam a dar em situações de golo evidente, sendo a mais flagrante uma em que Ramires praticamente sozinho na pequena área permite uma grande defesa a De Gea, guarda-redes espanhol do United que neste jogo deve ter calado as criticas.
Naquela altura, para o Chelsea, estar a jogar com Lampard ou estar a jogar com dez era igual, não que este estivesse a errar, mas demonstrava uma falta de atitude muito grande e uma inutilidade muito grande, que a este nível e com a sua equipa a perder, ainda era maior.

Do outro lado, o United não estava a fazer um grande jogo, não rematava, e praticamente na segunda vez que o fez, Nani fez o 2-0, estavam decorridos 37 minutos. O português recebeu um grande passe pelo ar a uns bons 40 metros de distância, fez uma boa recepção, progrediu no terreno com alguma à vontade, e rematou forte naquele que foi um grande golo, no qual Cech não teve a mínima hipótese. Não querendo estar a bater na mesma tecla, jogando Lampard como médio-interior-esquerdo, talvez tivesse a obrigação de fechar melhor o flanco direito do United e não permitindo tanto espaço a Nani.

O Chelsea desmoralizou um pouco, no entanto, não desistiu, porque diga-se de passagem, estava a jogar bem, cometeu dois erros e sofreu dois golos, que noutra situação nem poderiam ter resultado em nada, e foram os dois (sobretudo o primeiro) do mesmo jogador, que ofensivamente não estava também a acrescentar nada. Não havia nada a apontar à equipa de Villas Boas, que durante a primeira parte rematou por doze vezes e teve um grande volume de jogo ofensivo. Ainda antes do intervalo, ao quarto remate (!), o Manchester United fez o 3-0, após um lance confuso na área, em que a defesa londrina mostrou alguma passividade, Rooney aparece em posição frontal e não perdoou.

Complicada a vida do ex-treinador do FC Porto, que apostou e bem naquela que acreditava ser a sua melhor equipa, que praticou um futebol de qualidade, mostrando falta de sorte na hora da concretização e algum azar nos golos que sofreu, visto que o United marcou três golos em quatro remates, mostrando 75% de eficácia.

Por esta altura, e por estar habituado a ver os jogos da Liga Portuguesa, pensaria que o jogo estaria resolvido e que a segunda parte iria ser algo aborrecida, com muita contenção de jogo por parte dos “red devils” e medo de sofrer mais golos por parte dos “blues”, mas felizmente este jogo é da Liga Inglesa, e Villas Boas tirou a “ovelha negra” (a.k.a. Frank Lampard) para colocar Anelka, e o resultado dessa alteração fez-se notar em apenas… 30 segundos. Sim, foi esse o tempo de jogo que o francês precisou de estar em campo para assistir Torres, que num remate de excelente execução, fez o 3-1.

Com a entrada de Anelka, pensei que o Chelsea fosse jogar com dois avançados, com Mata e Sturridge nas alas, no entanto, manteve o 4-3-3, apresentando Anelka na ala esquerda e recuou o espanhol para médio-interior-esquerdo. Provavelmente, o ex-Valência perdeu alguma liberdade que teria no flanco, no entanto, daria outra criatividade à zona central do meio-campo londrino.

Com o golo madrugador na segunda parte, o Chelsea foi à procura de reduzir a desvantagem sem receios, e o United começou a jogar em contra-ataque, o jogo tornou-se muito partido e viveram-se momentos de grande emoção.
Aos 55 minutos, Nani em mais um grande remate atirou à trave, e na sequência do lance, acabou derrubado por Bosingwa na grande área, com o árbitro a assinalar grande penalidade.
Na conversão, Rooney tropeçou e atirou ao lado. Oportunidade de luxo desperdiçada pelos “red devils”, que se tivessem marcado dariam contornos de goleada a este jogo e matavam por completo as possibilidades do Chelsea em poder, no mínimo, chegar ao empate.

O jogo manteve-se partido, o Chelsea nesta altura estava a ter mesmo muita posse de bola, no entanto, continuavam a falhar da concretização de forma incrível e algo injusta, sendo que a situação mais clarividente passou-se aos 81’, quando Torres surge isolado, consegue ultrapassar De Gea e de baliza escancarada atirou ao lado. Foi este o momento crítico do jogo, a partir daqui sentiu-se que já nada haveria a fazer, tal o falhanço incrível de “El Niño”.

Minutos depois, foi o United a desperdiçar nova oportunidade de fazer o 4-1, com Rooney a atirar ao poste, e na recarga, o remate de Berbatov permitiu um grande corte de Ashley Cole sobre a linha de golo.


Nada havia a fazer, vitória do United algo injusta, no entanto, há que dar mérito a quem marca e demérito a quem não concretiza as várias oportunidades. Em termos defensivos, os erros que o Chelsea cometeu na primeira parte resultaram em golos sofridos, no entanto, os “red devils”, com uma defesa muito jovem e algo imatura, também deram muito espaço aos atacantes londrinos, mas estes não conseguiram marcar. Talvez o resultado mais adequado fosse o 3-2 ou o 2-1, no entanto, o futebol é assim.

O United tem uma grande equipa e mostra atributos para jogar para ganhar contra quem quer que seja e para ambicionar conquistar todos os troféus que disputar, ainda que sem algum brilhantismo como apresentou hoje e no jogo da Luz.

Já o Chelsea, por muito esforçado que Torres seja e jogue bem, naquela zona pede-se golos e certamente que com o regresso de Drogba os londrinos possam melhorar nesse aspecto. No entanto, e ainda que as muito faladas vitórias morais não existem, Villas Boas pode estar orgulhoso do desempenho dos seus jogadores, ainda que, continuando a jogar desta forma, Lampard não pode fazer parte do «onze inicial».
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...